O mercado virtual originou muitas mudanças no marketing e na comunicação. Prova disso é que pouco tempo atrás era mais fácil atingir e influenciar o consumidor, enquanto esta comunicação começou a ser muito segmentada. O domínio das mídias tradicionais eram mais eficazes e hoje são milhares de canais de comunicação.
O cenário para as empresas mudou e é cada vez menos comum os canais tradicionais obterem a maior parte dos investimentos de mídia de um anunciante. “Hoje as empresas buscam o melhor canal e caminho para atingir o consumidor”, aponta Flavio Salles, sócio-diretor da Sun-MRM.
O executivo ressalta a mudança no comportamento das lojas em relação ao domínio das mídias por parte de usuários, que hoje podem comprar produtos em lojas que ficam abertas 24h. Para eles não existe mais o horário nobre já que estão em constante movimento e não são mais espectadores passivos como antes. Hoje eles querem saber mais, interagir e participar. Esta, aliás, é a palavra-chave. Participação. “Ele quer dialogar seja pela Internet ou por outros meios. Há uma mudança radical do mundo convencional”, afirma Salles, durante o III Seminário Marketing 360º.
Jornais e músicas transformados em bits
É cada vez mais comum ver as empresas transformando seus átomos em bits. No ano passado, pela primeira vez a Internet ultrapassou as vendas tradicionais de reservas para viagens nos Estados Unidos. Outro dado sobre o avanço da Internet como mídia e como canal de vendas é que no Reino Unido o setor de seguros obteve 39% de compras pela web. Neste mesmo país, os investimentos em mídias on-line neste ano serão superiores que na TV, já que a audiência virtual é maior que na tradicional televisão naquele país.
Talvez a música seja o mercado que teve mais transformações com a chegada da Internet. De acordo com Flavio Salles há uma demora na reinvenção do setor, mas é fato que cresce de forma alucinante a troca de arquivos na Intermet. A mais inovadora ação de uma banda a favor da Internet foi feita recentemente pelo RadioHead. A banda lançou um álbum através do site onde o usuário contribuía com a quantia que ele achasse pertinente. “Ao todo foram 1,2 milhão de álbuns vendidos ao preço medio de U$ 8,00”, diz Salles.
O jornalismo tradicional também está sofrendo o efeito Internet. Não é raro achar blogs sobre informações de assuntos do dia-a-dia. Segundo Salles, hoje a nova CNN são os blogs e explica que o motivo quase sempre é a maior rapidez da web em relação às emissoras. Se podemos confiar ou não, só o tempo vai dizer. Até para desenvolver produtos e serviços, as empresas hoje podem contar com a ajuda dos futuros consumidores. As sugestões são estudadas e se as que forem escolhidas funcionarem, os consumidores ganham dinheiro.
Bem X Mal
A revolução da comunicação com a era digital como principal combustível atingiu o mercado de ações e até a política nos Estados Unidos. “O Youtube promoveu debates e veiculou campanhas políticas. O site recebeu perguntas dos usuários para os candidatos. As mais pertinentes entravam na pauta”, explica o sócio-diretor da Sun-MRM.
O diálogo entre empresa e consumidor é o futuro, baseado no relacionamento com o cliente através de meios digitais. Uma campanha que antes levava sessenta dias para conseguir mensurar, hoje a Internet já mostra resultados uma hora depois do lançamento.
Mas nem tudo são flores para as empresas com a chegada da Internet. Além de facilitar a comunicação com os clientes, a Internet pode destruir uma marca ou produto em questão de segundos. Os blog e sites de relacionamento são uma ferramenta potente tanto para falar bem quanto para falar mal de um serviço, produto ou empresa.
Desde comerciais de automóvel com foco na poluição que ele traz para o planeta até uma página na Internet com a associação de uma companhia de computadores com o inferno. “Dell virou Hell e tem filmes que mostram como abrir um cadeado com uma caneta”, conta Salles. E o executivo completa: “Se informação é poder e a Internet está distribuindo informação, então a Internet está distribuindo poder”. O III Seminário Marketing 360º é patrocinado pela Sun MRM Worldwide, Copernicus Marketing Consulting, Dinamize e TNS Inerscience.
Fonte: Por Thiago Terra, in www.mundodomarketing.com.br
O cenário para as empresas mudou e é cada vez menos comum os canais tradicionais obterem a maior parte dos investimentos de mídia de um anunciante. “Hoje as empresas buscam o melhor canal e caminho para atingir o consumidor”, aponta Flavio Salles, sócio-diretor da Sun-MRM.
O executivo ressalta a mudança no comportamento das lojas em relação ao domínio das mídias por parte de usuários, que hoje podem comprar produtos em lojas que ficam abertas 24h. Para eles não existe mais o horário nobre já que estão em constante movimento e não são mais espectadores passivos como antes. Hoje eles querem saber mais, interagir e participar. Esta, aliás, é a palavra-chave. Participação. “Ele quer dialogar seja pela Internet ou por outros meios. Há uma mudança radical do mundo convencional”, afirma Salles, durante o III Seminário Marketing 360º.
Jornais e músicas transformados em bits
É cada vez mais comum ver as empresas transformando seus átomos em bits. No ano passado, pela primeira vez a Internet ultrapassou as vendas tradicionais de reservas para viagens nos Estados Unidos. Outro dado sobre o avanço da Internet como mídia e como canal de vendas é que no Reino Unido o setor de seguros obteve 39% de compras pela web. Neste mesmo país, os investimentos em mídias on-line neste ano serão superiores que na TV, já que a audiência virtual é maior que na tradicional televisão naquele país.
Talvez a música seja o mercado que teve mais transformações com a chegada da Internet. De acordo com Flavio Salles há uma demora na reinvenção do setor, mas é fato que cresce de forma alucinante a troca de arquivos na Intermet. A mais inovadora ação de uma banda a favor da Internet foi feita recentemente pelo RadioHead. A banda lançou um álbum através do site onde o usuário contribuía com a quantia que ele achasse pertinente. “Ao todo foram 1,2 milhão de álbuns vendidos ao preço medio de U$ 8,00”, diz Salles.
O jornalismo tradicional também está sofrendo o efeito Internet. Não é raro achar blogs sobre informações de assuntos do dia-a-dia. Segundo Salles, hoje a nova CNN são os blogs e explica que o motivo quase sempre é a maior rapidez da web em relação às emissoras. Se podemos confiar ou não, só o tempo vai dizer. Até para desenvolver produtos e serviços, as empresas hoje podem contar com a ajuda dos futuros consumidores. As sugestões são estudadas e se as que forem escolhidas funcionarem, os consumidores ganham dinheiro.
Bem X Mal
A revolução da comunicação com a era digital como principal combustível atingiu o mercado de ações e até a política nos Estados Unidos. “O Youtube promoveu debates e veiculou campanhas políticas. O site recebeu perguntas dos usuários para os candidatos. As mais pertinentes entravam na pauta”, explica o sócio-diretor da Sun-MRM.
O diálogo entre empresa e consumidor é o futuro, baseado no relacionamento com o cliente através de meios digitais. Uma campanha que antes levava sessenta dias para conseguir mensurar, hoje a Internet já mostra resultados uma hora depois do lançamento.
Mas nem tudo são flores para as empresas com a chegada da Internet. Além de facilitar a comunicação com os clientes, a Internet pode destruir uma marca ou produto em questão de segundos. Os blog e sites de relacionamento são uma ferramenta potente tanto para falar bem quanto para falar mal de um serviço, produto ou empresa.
Desde comerciais de automóvel com foco na poluição que ele traz para o planeta até uma página na Internet com a associação de uma companhia de computadores com o inferno. “Dell virou Hell e tem filmes que mostram como abrir um cadeado com uma caneta”, conta Salles. E o executivo completa: “Se informação é poder e a Internet está distribuindo informação, então a Internet está distribuindo poder”. O III Seminário Marketing 360º é patrocinado pela Sun MRM Worldwide, Copernicus Marketing Consulting, Dinamize e TNS Inerscience.
Fonte: Por Thiago Terra, in www.mundodomarketing.com.br
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