O caos aéreo afeta a rotina das grandes empresas, que buscam alternativas para escapar do estrangulamento do principal meio de transporte de seus executivos. Braskem e Philips estão entre as que intensificaram o uso de tele e videoconferências. O atraso nos vôos trouxe novos custos para as companhias, obrigadas a embarcar os funcionários na véspera para garantir o cumprimento dos encontros agendados.
A Petrobras diminuiu em 6% o número de viagens de funcionários com destino a São Paulo desde o acidente com o avião da TAM no aeroporto de Congonhas, no último dia 17. Nos demais Estados, a queda foi de 3%. Segundo a direção da empresa, a suspensão de viagens foi decidida pelos departamentos, que têm autonomia nesse campo.
"Desde que começou a crise aérea, as viagens se tornaram um foco de tensão para os funcionários, que precisam viajar com um dia de antecedência para os encontros com os clientes", afirma o presidente do Conselho de Administração da Nokia Siemens, Aluizio Byrro.
Ele próprio enfrentou cinco horas de espera para viajar de São Paulo para Belo Horizonte, na última sexta-feira. Na volta para São Paulo, foram mais três horas de espera.
A Nokia Siemens perdeu três funcionários no acidente da TAM em São Paulo. Segundo Byrro, a empresa orientou as chefias a cancelar as viagens programadas quando o funcionário se sentir inseguro ou desconfortável. Nesses casos, segundo ele, as reuniões seriam feitas por teleconferência ou videoconferência.
O executivo diz que a longa duração da crise aérea já preocupa a matriz do grupo, na Fin- lândia. ""Desde o final do ano passado, percebemos insegurança e receio do pessoal que vem de fora. Agora, os executivos pensarão duas vezes antes de vir ao Brasil", afirma.
A empresa cogita alugar um jato durante a visita do presidente mundial do grupo ao Brasil, prevista para as próximas semanas. O receio é que os atrasos nos aeroportos inviabilizem sua agenda. O aluguel de aeronave seria uma medida excepcional, uma vez que o grupo tem por norma interna transportar seus executivos em aviões de carreira.
Ônibus
Com um contrato urgente a ser cumprido com a Oi Telemar, a NEC do Brasil despachou técnicos por ônibus para o Rio de Janeiro e para a região Norte, na última segunda-feira. ""Temos funcionários fora de São Paulo que não conseguem retornar. Aumentaram nossos gastos com hospedagem e com alimentação de funcionários em trânsito, mas o pior é a insegurança física do nosso pessoal e o receio de não cumprir compromissos assumidos", afirma o presidente da companhia, Paulo Castelo Branco.
Várias grandes empresas sediadas em São Paulo decidiram não embarcar funcionários por Congonhas. No caso da Philips, a medida foi pedida pelos próprios empregados.
Vale
A Companhia Vale do Rio Doce deixou de usar os aviões comerciais no transporte de seus funcionários entre Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. No ano passado, assim que começaram os problemas aéreos, a empresa comprou um avião Brasília, da Embraer, com capacidade para 30 passageiros.
O aparelho custou US$ 7 milhões e foi apelidado de Aerovale. A aeronave faz seis viagens diárias e transporta 3.000 funcionários por mês. A companhia diz que a economia com táxi e hospedagem já compensou o investimento feito.
A Vale cogita comprar outro avião Brasília para transportar os funcionários baseados na região Norte do país, que estão sendo afetados pelo colapso aéreo. Os altos executivos usam dois jatos: um Legacy, fabricado pela Embraer, e um Global, comprado da canadense Bombardier.
Fonte: Por Elvira Lobato, in Jornal Fola de São Paulo
A Petrobras diminuiu em 6% o número de viagens de funcionários com destino a São Paulo desde o acidente com o avião da TAM no aeroporto de Congonhas, no último dia 17. Nos demais Estados, a queda foi de 3%. Segundo a direção da empresa, a suspensão de viagens foi decidida pelos departamentos, que têm autonomia nesse campo.
"Desde que começou a crise aérea, as viagens se tornaram um foco de tensão para os funcionários, que precisam viajar com um dia de antecedência para os encontros com os clientes", afirma o presidente do Conselho de Administração da Nokia Siemens, Aluizio Byrro.
Ele próprio enfrentou cinco horas de espera para viajar de São Paulo para Belo Horizonte, na última sexta-feira. Na volta para São Paulo, foram mais três horas de espera.
A Nokia Siemens perdeu três funcionários no acidente da TAM em São Paulo. Segundo Byrro, a empresa orientou as chefias a cancelar as viagens programadas quando o funcionário se sentir inseguro ou desconfortável. Nesses casos, segundo ele, as reuniões seriam feitas por teleconferência ou videoconferência.
O executivo diz que a longa duração da crise aérea já preocupa a matriz do grupo, na Fin- lândia. ""Desde o final do ano passado, percebemos insegurança e receio do pessoal que vem de fora. Agora, os executivos pensarão duas vezes antes de vir ao Brasil", afirma.
A empresa cogita alugar um jato durante a visita do presidente mundial do grupo ao Brasil, prevista para as próximas semanas. O receio é que os atrasos nos aeroportos inviabilizem sua agenda. O aluguel de aeronave seria uma medida excepcional, uma vez que o grupo tem por norma interna transportar seus executivos em aviões de carreira.
Ônibus
Com um contrato urgente a ser cumprido com a Oi Telemar, a NEC do Brasil despachou técnicos por ônibus para o Rio de Janeiro e para a região Norte, na última segunda-feira. ""Temos funcionários fora de São Paulo que não conseguem retornar. Aumentaram nossos gastos com hospedagem e com alimentação de funcionários em trânsito, mas o pior é a insegurança física do nosso pessoal e o receio de não cumprir compromissos assumidos", afirma o presidente da companhia, Paulo Castelo Branco.
Várias grandes empresas sediadas em São Paulo decidiram não embarcar funcionários por Congonhas. No caso da Philips, a medida foi pedida pelos próprios empregados.
Vale
A Companhia Vale do Rio Doce deixou de usar os aviões comerciais no transporte de seus funcionários entre Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. No ano passado, assim que começaram os problemas aéreos, a empresa comprou um avião Brasília, da Embraer, com capacidade para 30 passageiros.
O aparelho custou US$ 7 milhões e foi apelidado de Aerovale. A aeronave faz seis viagens diárias e transporta 3.000 funcionários por mês. A companhia diz que a economia com táxi e hospedagem já compensou o investimento feito.
A Vale cogita comprar outro avião Brasília para transportar os funcionários baseados na região Norte do país, que estão sendo afetados pelo colapso aéreo. Os altos executivos usam dois jatos: um Legacy, fabricado pela Embraer, e um Global, comprado da canadense Bombardier.
Fonte: Por Elvira Lobato, in Jornal Fola de São Paulo
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