Sempre que inicio um planejamento de comunicação, a pergunta que não me sai da cabeça é a mesma: com quem nós vamos falar? E nada sai enquanto não consigo pelo menos um caminho para esta pergunta. Parece simples?
Complicadíssimo… É impossível hoje basear um planejamento considerando um simples “mulher - 25 a 35 anos – classe B”. Afinal, quem é esta mulher ? Os critérios que definem a que classe econômica o brasileiro pertence mudaram. O CCEB, ou “Critério Brasil”, precisava mesmo sofrer uma revisão. As transformações no perfil de compra do brasileiro nos últimos anos, com a perda de importância de determinados bens e com outros ganhando espaço, mostraram que era necessária uma revisão ou um “refinamento” do modelo. Mas só isto não basta. Precisamos saber quem é, como vive, o que faz este consumidor feliz. E a sua classe social, na maioria das vezes, não define comportamento de vida. Uma pessoa considerada classe B pode ter, por exemplo, hábitos de vida considerados classe A. E aí? Como conversar com este cara? Hoje, sem entender o que move o consumidor – e aqui falo de emoção mesmo – a consumir determinada marca, é bem provável que qualquer ação esteja fadada ao fracasso.
Em dois recentes trabalhos de planejamento aqui na Exit para clientes distintos estudei muito a respeito do público adolescente e do público adulto. E é interessante perceber uma tendência de comportamento: o adolescente cada vez mais adulto e o adulto cada vez mais adolescente. Ou melhor, praticamente não sabemos onde começa um e onde termina o outro.
Para os adultos, anda muito difícil envelhecer… Cada vez mais pessoas “crescidas” teimam em continuar vivendo como adolescentes e já não existem referências claras sobre o que é ser adulto e se comportar como tal. O cara só usa bermudão e camiseta tipo skatista, fala gíria e masca chiclete sem parar, mora com os pais, se nega a assumir o relacionamento com a “ficante” oficial há mais de um ano, e, para completar, acha que previdência não é assunto que lhe deva despertar interesse. Há alguns anos, tal descrição certamente seria referente a um rapaz de 18 anos. Acontece que as fronteiras etárias se tornaram nebulosas: atualmente o perfil acima também corresponde a muitos homens de 35 ou 40 anos. Eles fazem parte de uma turma que anda com uma certa dificuldade – para não dizer aversão – de encarar a vida adulta.
E quando este “adultescente” tem filhos? Aí temos vários perfis: aqueles pais que escutam as mesmas músicas dos filhos, se vestem da mesma forma e que são ainda mais agitados do que as crianças. Ou ainda aqueles que disputam com eles o chocolate, o controle remoto da televisão, o videogame, o tempo na internet, a minissaia.
Em décadas passadas, a relação entre pais e filhos era uma via de mão única. O papel de transmitir conhecimento cabia aos adultos. Hoje, pode-se dizer que os jovens assumiram, em muitos casos, um papel que vai além disso. Mais bem informados que os adolescentes de qualquer geração anterior, eles se tornaram agentes de mudanças comportamentais para a família e para a sociedade. Ainda bem, muitas delas, positivas. São eles os grandes introdutores – ou, no mínimo, incentivadores – de práticas politicamente corretas dentro dos lares, como a reciclagem de lixo e as dietas saudáveis. Ou até mais que isso: algumas vezes, eles contribuem para a formação cultural dos familiares.
O público adolescente tem tanta relevância nos estudos de marketing porque está mudando toda uma história de consumo. Em recente pesquisa encomendada pelo Núcleo Jovem da Editora Abril, foram definidas 10 tendências de consumo da nova geração. É o consumidor do futuro. E as marcas – voltadas para qualquer faixa etária – devem ficar atentas a estas tendências.
Fonte: Por Evelyn Campos, in www.exitcomunicacao.com.br
Complicadíssimo… É impossível hoje basear um planejamento considerando um simples “mulher - 25 a 35 anos – classe B”. Afinal, quem é esta mulher ? Os critérios que definem a que classe econômica o brasileiro pertence mudaram. O CCEB, ou “Critério Brasil”, precisava mesmo sofrer uma revisão. As transformações no perfil de compra do brasileiro nos últimos anos, com a perda de importância de determinados bens e com outros ganhando espaço, mostraram que era necessária uma revisão ou um “refinamento” do modelo. Mas só isto não basta. Precisamos saber quem é, como vive, o que faz este consumidor feliz. E a sua classe social, na maioria das vezes, não define comportamento de vida. Uma pessoa considerada classe B pode ter, por exemplo, hábitos de vida considerados classe A. E aí? Como conversar com este cara? Hoje, sem entender o que move o consumidor – e aqui falo de emoção mesmo – a consumir determinada marca, é bem provável que qualquer ação esteja fadada ao fracasso.
Em dois recentes trabalhos de planejamento aqui na Exit para clientes distintos estudei muito a respeito do público adolescente e do público adulto. E é interessante perceber uma tendência de comportamento: o adolescente cada vez mais adulto e o adulto cada vez mais adolescente. Ou melhor, praticamente não sabemos onde começa um e onde termina o outro.
Para os adultos, anda muito difícil envelhecer… Cada vez mais pessoas “crescidas” teimam em continuar vivendo como adolescentes e já não existem referências claras sobre o que é ser adulto e se comportar como tal. O cara só usa bermudão e camiseta tipo skatista, fala gíria e masca chiclete sem parar, mora com os pais, se nega a assumir o relacionamento com a “ficante” oficial há mais de um ano, e, para completar, acha que previdência não é assunto que lhe deva despertar interesse. Há alguns anos, tal descrição certamente seria referente a um rapaz de 18 anos. Acontece que as fronteiras etárias se tornaram nebulosas: atualmente o perfil acima também corresponde a muitos homens de 35 ou 40 anos. Eles fazem parte de uma turma que anda com uma certa dificuldade – para não dizer aversão – de encarar a vida adulta.
E quando este “adultescente” tem filhos? Aí temos vários perfis: aqueles pais que escutam as mesmas músicas dos filhos, se vestem da mesma forma e que são ainda mais agitados do que as crianças. Ou ainda aqueles que disputam com eles o chocolate, o controle remoto da televisão, o videogame, o tempo na internet, a minissaia.
Em décadas passadas, a relação entre pais e filhos era uma via de mão única. O papel de transmitir conhecimento cabia aos adultos. Hoje, pode-se dizer que os jovens assumiram, em muitos casos, um papel que vai além disso. Mais bem informados que os adolescentes de qualquer geração anterior, eles se tornaram agentes de mudanças comportamentais para a família e para a sociedade. Ainda bem, muitas delas, positivas. São eles os grandes introdutores – ou, no mínimo, incentivadores – de práticas politicamente corretas dentro dos lares, como a reciclagem de lixo e as dietas saudáveis. Ou até mais que isso: algumas vezes, eles contribuem para a formação cultural dos familiares.
O público adolescente tem tanta relevância nos estudos de marketing porque está mudando toda uma história de consumo. Em recente pesquisa encomendada pelo Núcleo Jovem da Editora Abril, foram definidas 10 tendências de consumo da nova geração. É o consumidor do futuro. E as marcas – voltadas para qualquer faixa etária – devem ficar atentas a estas tendências.
Fonte: Por Evelyn Campos, in www.exitcomunicacao.com.br
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