Três empresas do sistema financeiro ocupam as primeiras colocações no Ranking Interbrand das Marcas Mais Valiosas do Brasil. Depois dos bancos, o setor siderúrgico é o que apresenta posição mais marcante.
A pesquisa, que está em sua quarta edição, é realizada pela Interbrand, consultoria internacional de avaliação de marcas. Em primeiro lugar, está o Banco Itaú, cujo valor da marca é de 8,076 bilhões de reais, seguido do Bradesco, com 7,922 bilhões de reais e do Banco do Brasil, com 7,772 bilhões de reais. As três primeiras colocações obedecem à mesma ordem das apresentadas na última edição da pesquisa, em 2005.
De acordo com Alexandre Zogbi, diretor de avaliação de marcas da Interbrand (ouça a entrevista), entre os fatores que mais contribuíram para a valorização da marca Itaú destacam-se os seus resultados financeiros crescentes e consistentes, a consolidação progressiva das suas operações como um banco múltiplo, a bem-sucedida incorporação das operações do BankBoston às do Personnalité, aumentando a participação do banco nos segmentos de média e alta renda, a expansão das operações no Chile, Uruguai e Argentina e a atuação do banco em ações ligadas à sustentabilidade.
"A forte presença do segmento financeiro no ranking advém, entre outros fatores, da confiança necessária para que os clientes depositem o seu dinheiro. Some-se a isto o fato de que o valor da marca deriva dos resultados financeiros deste segmento, que tem constantemente batido recordes", aponta Zogbi.
Depois de ocupar a sexta colocação no ranking de 2005, a Petrobras subiu duas posições, passando ao quarto lugar, com 5,738 bilhões de reais. Além de seus expressivos resultados operacionais, a estratégia de internacionalização tem ampliado consistentemente a presença da marca em novos mercados. Esta presença é reforçada no Brasil com a obtenção da auto-suficiência em petróleo, anunciada em abril.
A única empresa de bens de consumo a integrar o ranking é a Natura, que, nesta edição, desceu duas posições, com um valor de marca de 4,338 bilhões de reais. "Mantido o atual ritmo de IPOs no Brasil, teremos mais chances de ver novos nomes de empresas de bens de consumo ou serviços nos rankings dos próximos anos", prevê Zogbi.
A estabilidade crescente do cenário macro-econômico é também responsável pelo aumento do valor das marcas, garante Zogbi. O executivo explica que esta estabilidade assegura os investimentos no País e permite que as taxas de juros sejam reduzidas, liberando assim mais capital para as indústrias de bens e de serviços. "Como o valor das marcas é calculado com um horizonte de longo prazo, esse quadro macro-econômico positivo vem sendo recentemente incorporado ao nosso modelo e confere às marcas nacionais relações de valor de marca/capital investido bem mais próximas do que se vê no cenário mundial", analisa.
Como prova de que a valoração de uma marca não depende exclusivamente de seus resultados financeiros, a TAM, mesmo depois do acidente com o vôo 3054, consegui subir no ranking, passando da décima colocação em 2005, para a oitava, em 2007 (com valor de marca de R$ 881 milhões), desbancando a Gol, que em 2005 ocupava a oitava colocação, mas que, neste ano, sequer está entre as dez mais valiosas. A TAM é também a única companhia aérea entre as dez mais valiosas.
Na análise da Interbrand, para se impulsionar uma marca é necessário uma combinação de itens e uma execução de sucesso. Itaú e Natura, por exemplo, se destacam pelo trabalho de gestão da marca, "colocam a marca no coração da empresa", diz relatório da consultoria. Natura e Banco do Brasil são exemplos de marca que criam demanda, ou seja, impulsionam o desejo do cliente pela marca, tornar a marca atraente. Já Petrobrás e Itaú conseguem modelar contingências, simulam cenários futuros ideais que acabam se tornando oportunidades para a marca, perseguindo-os com determinação.
A ferro e aço
Este ano, o setor de siderurgia, que antes não integrava o ranking, teve forte presença, com duas siderúrgicas e uma mineradora entre as dez mais valiosas. A Companhia Vale do Rio Doce, agora simplesmente Vale, depois da mudança de marca, ocupa a sétima colocação, com R$ 2,871 bilhões.
Líder do mercado transoceânico mundial de minério de ferro e maior mineradora diversificada das Américas, além de maior prestadora de serviços de logística do Brasil, a empresa insere-se no cenário mundial com governança corporativa clara e transparente, compromisso com a causa ambiental e com o investimento no desenvolvimento social das comunidades do entorno das regiões onde atua. "Esta visibilidade transcende a sua área de atuação, refletindo-se na valorização de sua marca. Apesar de suas transações serem quase exclusivamente business to business (B2B), onde a marca tem pouca influência, a qualidade do minério de ferro da Vale é referência mundial, o que acaba estabelecendo os preços internacionais da commodity. Estas conquistas são refletidas no valor alcançado pela marca", justifica Zogbi.
RANKING INTERBRAND DAS MARCAS MAIS VALIOSAS DO BRASIL – 2007
Marca Segmento Valor da Marca (R$ milhões)
1 Itaú Financeiro 8.076
2 Bradesco Financeiro 7.922
3 Banco do Brasil Financeiro 7.772
4 Petrobras Energia 5.738
5 Unibanco Financeiro 4.341
6 Natura Bens de consumo 3.338
7 Vale Mineração 2.871
8 TAM Transportes 881
9 Gerdau Siderurgia 681
10 Usiminas Siderurgia 626
Para constar da pesquisa é necessário: ser empresa com capital majoritariamente brasileiro, ser listada em bolsa ou ter publicação regular de suas informações financeiras ao mercado, interagir com o consumidor final e apresentar resultados financeiros positivos.
Fonte: Por Ticiana Werneck, in www.consumidormoderno.com.br
A pesquisa, que está em sua quarta edição, é realizada pela Interbrand, consultoria internacional de avaliação de marcas. Em primeiro lugar, está o Banco Itaú, cujo valor da marca é de 8,076 bilhões de reais, seguido do Bradesco, com 7,922 bilhões de reais e do Banco do Brasil, com 7,772 bilhões de reais. As três primeiras colocações obedecem à mesma ordem das apresentadas na última edição da pesquisa, em 2005.
De acordo com Alexandre Zogbi, diretor de avaliação de marcas da Interbrand (ouça a entrevista), entre os fatores que mais contribuíram para a valorização da marca Itaú destacam-se os seus resultados financeiros crescentes e consistentes, a consolidação progressiva das suas operações como um banco múltiplo, a bem-sucedida incorporação das operações do BankBoston às do Personnalité, aumentando a participação do banco nos segmentos de média e alta renda, a expansão das operações no Chile, Uruguai e Argentina e a atuação do banco em ações ligadas à sustentabilidade.
"A forte presença do segmento financeiro no ranking advém, entre outros fatores, da confiança necessária para que os clientes depositem o seu dinheiro. Some-se a isto o fato de que o valor da marca deriva dos resultados financeiros deste segmento, que tem constantemente batido recordes", aponta Zogbi.
Depois de ocupar a sexta colocação no ranking de 2005, a Petrobras subiu duas posições, passando ao quarto lugar, com 5,738 bilhões de reais. Além de seus expressivos resultados operacionais, a estratégia de internacionalização tem ampliado consistentemente a presença da marca em novos mercados. Esta presença é reforçada no Brasil com a obtenção da auto-suficiência em petróleo, anunciada em abril.
A única empresa de bens de consumo a integrar o ranking é a Natura, que, nesta edição, desceu duas posições, com um valor de marca de 4,338 bilhões de reais. "Mantido o atual ritmo de IPOs no Brasil, teremos mais chances de ver novos nomes de empresas de bens de consumo ou serviços nos rankings dos próximos anos", prevê Zogbi.
A estabilidade crescente do cenário macro-econômico é também responsável pelo aumento do valor das marcas, garante Zogbi. O executivo explica que esta estabilidade assegura os investimentos no País e permite que as taxas de juros sejam reduzidas, liberando assim mais capital para as indústrias de bens e de serviços. "Como o valor das marcas é calculado com um horizonte de longo prazo, esse quadro macro-econômico positivo vem sendo recentemente incorporado ao nosso modelo e confere às marcas nacionais relações de valor de marca/capital investido bem mais próximas do que se vê no cenário mundial", analisa.
Como prova de que a valoração de uma marca não depende exclusivamente de seus resultados financeiros, a TAM, mesmo depois do acidente com o vôo 3054, consegui subir no ranking, passando da décima colocação em 2005, para a oitava, em 2007 (com valor de marca de R$ 881 milhões), desbancando a Gol, que em 2005 ocupava a oitava colocação, mas que, neste ano, sequer está entre as dez mais valiosas. A TAM é também a única companhia aérea entre as dez mais valiosas.
Na análise da Interbrand, para se impulsionar uma marca é necessário uma combinação de itens e uma execução de sucesso. Itaú e Natura, por exemplo, se destacam pelo trabalho de gestão da marca, "colocam a marca no coração da empresa", diz relatório da consultoria. Natura e Banco do Brasil são exemplos de marca que criam demanda, ou seja, impulsionam o desejo do cliente pela marca, tornar a marca atraente. Já Petrobrás e Itaú conseguem modelar contingências, simulam cenários futuros ideais que acabam se tornando oportunidades para a marca, perseguindo-os com determinação.
A ferro e aço
Este ano, o setor de siderurgia, que antes não integrava o ranking, teve forte presença, com duas siderúrgicas e uma mineradora entre as dez mais valiosas. A Companhia Vale do Rio Doce, agora simplesmente Vale, depois da mudança de marca, ocupa a sétima colocação, com R$ 2,871 bilhões.
Líder do mercado transoceânico mundial de minério de ferro e maior mineradora diversificada das Américas, além de maior prestadora de serviços de logística do Brasil, a empresa insere-se no cenário mundial com governança corporativa clara e transparente, compromisso com a causa ambiental e com o investimento no desenvolvimento social das comunidades do entorno das regiões onde atua. "Esta visibilidade transcende a sua área de atuação, refletindo-se na valorização de sua marca. Apesar de suas transações serem quase exclusivamente business to business (B2B), onde a marca tem pouca influência, a qualidade do minério de ferro da Vale é referência mundial, o que acaba estabelecendo os preços internacionais da commodity. Estas conquistas são refletidas no valor alcançado pela marca", justifica Zogbi.
RANKING INTERBRAND DAS MARCAS MAIS VALIOSAS DO BRASIL – 2007
Marca Segmento Valor da Marca (R$ milhões)
1 Itaú Financeiro 8.076
2 Bradesco Financeiro 7.922
3 Banco do Brasil Financeiro 7.772
4 Petrobras Energia 5.738
5 Unibanco Financeiro 4.341
6 Natura Bens de consumo 3.338
7 Vale Mineração 2.871
8 TAM Transportes 881
9 Gerdau Siderurgia 681
10 Usiminas Siderurgia 626
Para constar da pesquisa é necessário: ser empresa com capital majoritariamente brasileiro, ser listada em bolsa ou ter publicação regular de suas informações financeiras ao mercado, interagir com o consumidor final e apresentar resultados financeiros positivos.
Fonte: Por Ticiana Werneck, in www.consumidormoderno.com.br
Comentários