A pouco mais de 60 dias de sua realização, o carnaval de Salvador já tem as suas principais cotas de patrocínio vendidas. Itaú, Vivo, Ponto Frio e Nova Schin (Grupo Schincariol) são as marcas oficiais da festa baiana, que ainda contará com a Petrobras e o Guaraná Antarctica (AmBev) em outras ações de marketing. Dizer que sempre foi assim não é dizer verdade. O histórico da comercialização dos espaços publicitários é de as negociações se arrastarem até as vésperas do evento festivo.
Durante cinco dias, o carnaval de Salvador atrai 2 milhões de pessoas de todas as partes do mundo às ruas da capital baiana, com geração de negócios na ordem de R$ 500 milhões. Mesmo com todo esse apelo, não era certeza de final para a venda dos patrocínios, ficando a prefeitura e o governo do estado com a responsabilidade de cobrir a receita que não chegou da publicidade.
Caixa de R$ 8,7 milhões
Agora, o caixa para a organização do carnaval de 2008 está perto de atingir a meta de R$ 8,7 milhões em patrocínios. Restam apenas quatro cotas do Carnaval Cidadão, que é a festa realizada em bairros populares da cidade, fora do circuito oficial. Ao todo são seis cotas e cada uma tem o valor de R$ 150 mil. Mas a data para fechar essas contas está prevista para até esta semana, segundo o empresário e publicitário Nizan Guanaes.
Nizan aceitou o desafio de profissionalizar o carnaval de Salvador. Por meio de sua empresa Tudo, é no momento o responsável pela comercialização da festa baiana este ano. A Tudo - uma das empresas de eventos e promoções do Grupo ABC -, em parceria com a baiana OCP, ganhou a licitação, promovida pela prefeitura de Salvador, para a comercialização dos espaços publicitários durante a festa carnavalesca por dois anos, com direito a 20% do que for arrecadado.
Participando ativamente de uma expansão da rede de agências de comunicação do Grupo ABC, numa estrutura recém-apresentada ao mercado, Nizan se dedica especialmente aos negócios na área de conteúdo. O Grupo ABC mudou de nome (era Ypy) e ganhou um novo acionista, o fundo Gávea Investimentos. Agora, Nizan não poupa esforços em Salvador, onde há 15 dias se instalou no hotel mais sofisticado da cidade, a Pousada Convento do Carmo, e também não tem economizado sola de sapato em busca dos parceiros comerciais para o Carnaval.
Para Nizan, o Carnaval de Salvador enfrenta desafios por ser uma festa aberta, que não tem a mesma disciplina de um evento fechado. "O carnaval baiano tem uma amplitude inigualável. São milhões de pessoas nas ruas", lembra. Segundo Nizan, o grande desafio para 2008, é mostrar aos patrocinadores ser possível, "no meio de um mar de marcas, destacá-los e dar retorno para eles".
Ativação de mídia
Além da presença exclusiva em centenas de banners e painéis distribuídos nas áreas dos três circuitos oficiais do carnaval, Nizan pretende desenvolver ações de ativação e mídia. "Fomos rápidos na comercialização das cotas para ampliar o espaço de exposição dos patrocinadores", detalha. Já começou a ser veiculado nas rádios de Salvador um jingle, que é a adaptação da música "We Are The World Of Carnaval", de autoria do próprio publicitário.
Nizan cantarola: "Ah, que bom você chegou, Itaú/bem-vindo a Salvador, Itaú, coração do Brasil/porque é graças a vocês, Nova Schin, Vivo e Ponto Frio, que a gente faz o maior carnaval do Brasil". Segundo o publicitário, depois do Natal entra uma campanha na televisão e também jornal. O investimento em mídia vai corresponder a 30% do valor arrecadado com as cotas.
O publicitário, presidente da Africa e um dos sócios do Grupo ABC, considera que, no carnaval da Bahia, a festa é muito boa, mas o negócio carnaval estava sendo feito de uma maneira amadora. "Por um motivo muito simples: o governo. Nenhum governo, nem esse, nem o próximo, nem o anterior, nem o futuro é especialista em comercialização. Nenhum governo vai ficar como eu até, sei lá, uma hora da manhã insistindo que ele comprasse uma cota."
Sensibilizar o empresariado
Nizan não está satisfeito ainda com os valores das atuais cotas, embora tenham, segundo ele, atingido uma valorização de 50% com relação as do ano passado. "O momento é de recuperação do valor dos patrocínios. No ano que vem, o resultado será superior", afirma o especialista em marketing.
Durante a busca dos patrocinadores, Nizan tem se apresentado até em programas populares no rádio e na tevê baiana para sensibilizar o empresariado, principalmente com relação às cotas para o carnaval nos bairros populares. Uma das que vendeu foi para a JHSF, empresa do segmento imobiliário, que está chegando ao mercado de Salvador.
Fonte: Por José Pacheco Maia Filho, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 4
Durante cinco dias, o carnaval de Salvador atrai 2 milhões de pessoas de todas as partes do mundo às ruas da capital baiana, com geração de negócios na ordem de R$ 500 milhões. Mesmo com todo esse apelo, não era certeza de final para a venda dos patrocínios, ficando a prefeitura e o governo do estado com a responsabilidade de cobrir a receita que não chegou da publicidade.
Caixa de R$ 8,7 milhões
Agora, o caixa para a organização do carnaval de 2008 está perto de atingir a meta de R$ 8,7 milhões em patrocínios. Restam apenas quatro cotas do Carnaval Cidadão, que é a festa realizada em bairros populares da cidade, fora do circuito oficial. Ao todo são seis cotas e cada uma tem o valor de R$ 150 mil. Mas a data para fechar essas contas está prevista para até esta semana, segundo o empresário e publicitário Nizan Guanaes.
Nizan aceitou o desafio de profissionalizar o carnaval de Salvador. Por meio de sua empresa Tudo, é no momento o responsável pela comercialização da festa baiana este ano. A Tudo - uma das empresas de eventos e promoções do Grupo ABC -, em parceria com a baiana OCP, ganhou a licitação, promovida pela prefeitura de Salvador, para a comercialização dos espaços publicitários durante a festa carnavalesca por dois anos, com direito a 20% do que for arrecadado.
Participando ativamente de uma expansão da rede de agências de comunicação do Grupo ABC, numa estrutura recém-apresentada ao mercado, Nizan se dedica especialmente aos negócios na área de conteúdo. O Grupo ABC mudou de nome (era Ypy) e ganhou um novo acionista, o fundo Gávea Investimentos. Agora, Nizan não poupa esforços em Salvador, onde há 15 dias se instalou no hotel mais sofisticado da cidade, a Pousada Convento do Carmo, e também não tem economizado sola de sapato em busca dos parceiros comerciais para o Carnaval.
Para Nizan, o Carnaval de Salvador enfrenta desafios por ser uma festa aberta, que não tem a mesma disciplina de um evento fechado. "O carnaval baiano tem uma amplitude inigualável. São milhões de pessoas nas ruas", lembra. Segundo Nizan, o grande desafio para 2008, é mostrar aos patrocinadores ser possível, "no meio de um mar de marcas, destacá-los e dar retorno para eles".
Ativação de mídia
Além da presença exclusiva em centenas de banners e painéis distribuídos nas áreas dos três circuitos oficiais do carnaval, Nizan pretende desenvolver ações de ativação e mídia. "Fomos rápidos na comercialização das cotas para ampliar o espaço de exposição dos patrocinadores", detalha. Já começou a ser veiculado nas rádios de Salvador um jingle, que é a adaptação da música "We Are The World Of Carnaval", de autoria do próprio publicitário.
Nizan cantarola: "Ah, que bom você chegou, Itaú/bem-vindo a Salvador, Itaú, coração do Brasil/porque é graças a vocês, Nova Schin, Vivo e Ponto Frio, que a gente faz o maior carnaval do Brasil". Segundo o publicitário, depois do Natal entra uma campanha na televisão e também jornal. O investimento em mídia vai corresponder a 30% do valor arrecadado com as cotas.
O publicitário, presidente da Africa e um dos sócios do Grupo ABC, considera que, no carnaval da Bahia, a festa é muito boa, mas o negócio carnaval estava sendo feito de uma maneira amadora. "Por um motivo muito simples: o governo. Nenhum governo, nem esse, nem o próximo, nem o anterior, nem o futuro é especialista em comercialização. Nenhum governo vai ficar como eu até, sei lá, uma hora da manhã insistindo que ele comprasse uma cota."
Sensibilizar o empresariado
Nizan não está satisfeito ainda com os valores das atuais cotas, embora tenham, segundo ele, atingido uma valorização de 50% com relação as do ano passado. "O momento é de recuperação do valor dos patrocínios. No ano que vem, o resultado será superior", afirma o especialista em marketing.
Durante a busca dos patrocinadores, Nizan tem se apresentado até em programas populares no rádio e na tevê baiana para sensibilizar o empresariado, principalmente com relação às cotas para o carnaval nos bairros populares. Uma das que vendeu foi para a JHSF, empresa do segmento imobiliário, que está chegando ao mercado de Salvador.
Fonte: Por José Pacheco Maia Filho, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 4
Comentários