As mudanças vividas pela sociedade repercutem nas firmas, que precisam gerir um quadro heterogêneo de funcionários. Uma boa administração produz sinergias que os anglo-saxões sabem aproveitar muito bem. Uma política de diversidade reforça a competitividade no longo prazo.
A imigração, a incorporação da mulher no mercado de trabalho, a aceitação de todas as opções sexuais, o aumento das atividades dirigidas aos funcionários deficientes físicos. A Espanha deixou de ser uma sociedade homogênea e se equipara à mescla que enriquece outros países. A empresa não deve permanecer alheia a tal realidade. Por isso, a Escola de Negócios da Universidade de Navarra, na Espanha (Iese), a Sagardoy Abogados e a Creade Adecco Human Capital Solutions apresentaram o Livro Branco sobre a Gestão da Diversidade nas Empresas Espanholas.
A gestão da diversidade é um dos aspectos mais difíceis de quantificar. O livro assinala que enquanto 41% das empresas européias implantam políticas sobre o meio ambiente, apenas 13% fazem o mesmo a respeito da diversidade. Mas Pilar García Lombardía, pesquisadora associada da IESE e coordenadora do livro, enfatiza que muitas firmas - como o Grupo Vips - são pioneiras na aplicação de determinadas políticas, embora não tenham programas específicos de diversidade. O Vips prefere se fixar diretamente na pessoa. Outras empresas que participaram do livro - Repsol, Hewlett-Packard, IBM e NH - implantam políticas concretas.
Outro aspecto complexo é estabelecer o beneficio da aplicação de políticas de diversidade. Para começar, diz Lombardía, os benefícios abrangem "determinados parâmetros intangíveis". O livro divulga um estudo realizado pelo Center for Strategy and Evaluations (CSES) em 2003, que conclui que as políticas de diversidade reforçam a competitividade no longo; médio e curto prazo. Os benefícios mais importantes são, por ordem, a consolidação dos valores culturais, a melhora da reputação e a maior capacidade para atrair e reter pessoal qualificado, entre outros.
Porém, a pesquisadora da Iese incita a distinguir entre a realidade anglo-saxã e a européia continental. "Nos Estados Unidos se cometem muitas selvagerias porque existe um menor número de normas. Entretanto, às vezes, predomina a gestão da diversidade com pragmatismo e experiência, e como um fator de criação de sinergias e obtenção de resultados." Segundo Lombardía, "nós aqui tendemos mais a pesquisar o que fazer com a norma que diz que devemos manter 2% de funcionários deficientes no quadro, ou um mínimo considerado filantrópico."
No mercado dos Estados Unidos são comuns as ofertas de trabalho orientadas para a diversidade, já que existem muitos estudos que explicam como devem ser formadas as equipe, por exemplo. Além disso, acrescenta a pesquisadora, "a diversidade pela diversidade pode ser perigosa", portanto, é necessário implantar "políticas de gestão da diversidade."
Entre as conclusões do livro, há a insistência em que a aceitação da diversidade é muito influenciada pela posição sócio- econômica dos envolvidos. Diante de um dos aspectos mais controvertidos, a discriminação positiva, Lombardía explica que as mais recentes tendências nas empresas norte-americanas visam os profissionais mais competitivos.
Fonte: Por Expansión, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
A imigração, a incorporação da mulher no mercado de trabalho, a aceitação de todas as opções sexuais, o aumento das atividades dirigidas aos funcionários deficientes físicos. A Espanha deixou de ser uma sociedade homogênea e se equipara à mescla que enriquece outros países. A empresa não deve permanecer alheia a tal realidade. Por isso, a Escola de Negócios da Universidade de Navarra, na Espanha (Iese), a Sagardoy Abogados e a Creade Adecco Human Capital Solutions apresentaram o Livro Branco sobre a Gestão da Diversidade nas Empresas Espanholas.
A gestão da diversidade é um dos aspectos mais difíceis de quantificar. O livro assinala que enquanto 41% das empresas européias implantam políticas sobre o meio ambiente, apenas 13% fazem o mesmo a respeito da diversidade. Mas Pilar García Lombardía, pesquisadora associada da IESE e coordenadora do livro, enfatiza que muitas firmas - como o Grupo Vips - são pioneiras na aplicação de determinadas políticas, embora não tenham programas específicos de diversidade. O Vips prefere se fixar diretamente na pessoa. Outras empresas que participaram do livro - Repsol, Hewlett-Packard, IBM e NH - implantam políticas concretas.
Outro aspecto complexo é estabelecer o beneficio da aplicação de políticas de diversidade. Para começar, diz Lombardía, os benefícios abrangem "determinados parâmetros intangíveis". O livro divulga um estudo realizado pelo Center for Strategy and Evaluations (CSES) em 2003, que conclui que as políticas de diversidade reforçam a competitividade no longo; médio e curto prazo. Os benefícios mais importantes são, por ordem, a consolidação dos valores culturais, a melhora da reputação e a maior capacidade para atrair e reter pessoal qualificado, entre outros.
Porém, a pesquisadora da Iese incita a distinguir entre a realidade anglo-saxã e a européia continental. "Nos Estados Unidos se cometem muitas selvagerias porque existe um menor número de normas. Entretanto, às vezes, predomina a gestão da diversidade com pragmatismo e experiência, e como um fator de criação de sinergias e obtenção de resultados." Segundo Lombardía, "nós aqui tendemos mais a pesquisar o que fazer com a norma que diz que devemos manter 2% de funcionários deficientes no quadro, ou um mínimo considerado filantrópico."
No mercado dos Estados Unidos são comuns as ofertas de trabalho orientadas para a diversidade, já que existem muitos estudos que explicam como devem ser formadas as equipe, por exemplo. Além disso, acrescenta a pesquisadora, "a diversidade pela diversidade pode ser perigosa", portanto, é necessário implantar "políticas de gestão da diversidade."
Entre as conclusões do livro, há a insistência em que a aceitação da diversidade é muito influenciada pela posição sócio- econômica dos envolvidos. Diante de um dos aspectos mais controvertidos, a discriminação positiva, Lombardía explica que as mais recentes tendências nas empresas norte-americanas visam os profissionais mais competitivos.
Fonte: Por Expansión, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
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