Ray Krock, fundador da rede McDonald´s, constantemente aplicava o conceito "kiss" aos seus comandados. Nada relacionado com beijo (significado de “kiss”) mas com "keep it simple, stupid", algo como “mantenha simples, seu idiota”.
Ray aplicaria este conceito para muitas das franquias em operação no Brasil que perdem ou não possuem nenhum padrão operacional, adotando o famoso “jeitinho brasileiro” como procedimento. É por isso que muitas destas franquias exigem que o candidato tenha experiência, ou seja, cada franqueado leva a sua experiência pois o franqueador não possui nenhuma ou muito pouco.
Se franquia significa um negócio testado, de sucesso comprovado que pode ser instalado em diferentes locais mantendo o mesmo padrão, que franquias são estas? Operar com padrões não apenas significa reproduzir o mesmo sabor de um sanduíche ou até mesmo a forma e expor um sapato, mas tudo aquilo que determina o “front office” (frente do negócio) mas também o “back office (atrás do balcão). Isto implica em conhecer com profundidade como abrir e fechar a loja, como contratar e demitir, treinar, orientar, remunerar, decorar, expor, compor, comprar, vender, atender, satisfazer, estocar, cobrar, financiar, enfim como ganhar dinheiro, tudo em detalhes.
Muitas vezes a falta de padrão é percebida na hora de instalar o negócio onde pontos comerciais e mercados são selecionados sem nenhum critério, quando muito é passado o olho e: “está aprovado!”. Não seria adequado avaliar dados demográficos e de consumo localizado, definindo qual a melhor localização e instalação, aferir se o shopping está maturado, se o andar é o correto de acordo com o fluxo de pessoas.
E aquelas franquias de diferentes tamanhos (geralmente são negócios onde o franqueador é também o principal fornecedor e o que importa é o franqueado comprar produtos, vender...nem sempre!) que são adequadas ao gosto do freguês: loja grande, pequena ou quiosque. Ao mudar o tamanho, tudo muda: projeto, instalações, estoque, mobiliário, atendimento, equipamentos e o mais importante o número de clientes, a forma de atender, alterando completamente o negócio e sua operação, perdendo padrões e ganho de escala.
Em franquias verifique se há consumidores suficientes no local desejado para instalar o negócio no padrão ou então não vá! Não adapte seu negócio ao mercado existente, pois vai perder o padrão e não terá escala. O consumidor encontrará diferentes negócios debaixo de uma mesma marca perderá a identificação com o conceito e com o mix de produtos e serviços.
Muitos franqueadores contestam (a maioria já desaparecidos ou em situação bem difícil) pois dizem ter uma operação flexível que se adapta a situações exigidas pelo mercado. Cuidado com franqueadores flexíveis, é o primeiro e forte indício de que não há padrão e a cada novo negócio instalado há uma alteração em nome da flexibilidade. Numa rede profissional de franquias não há espaço para “flexibilidade”; o “jeitinho brasileiro” ajuda a aumentar as taxas de mortalidade.
Bom, mas você diria que Ray Kroc não conseguiu aplicar o seu conceito adequadamente no McDonald´s pois há lojas grandes e pequenas. Eu lhe proponho, como eles fizeram, vamos instalar pelo menos umas cinco mil lojas exatamente iguais e depois, mas só depois, aceitaria algumas pequenas mudanças, mas sempre muito pequenas.
Fonte: Por Marcus Vinicius Althoff Rizzo, in Portal HSM On-line
Ray aplicaria este conceito para muitas das franquias em operação no Brasil que perdem ou não possuem nenhum padrão operacional, adotando o famoso “jeitinho brasileiro” como procedimento. É por isso que muitas destas franquias exigem que o candidato tenha experiência, ou seja, cada franqueado leva a sua experiência pois o franqueador não possui nenhuma ou muito pouco.
Se franquia significa um negócio testado, de sucesso comprovado que pode ser instalado em diferentes locais mantendo o mesmo padrão, que franquias são estas? Operar com padrões não apenas significa reproduzir o mesmo sabor de um sanduíche ou até mesmo a forma e expor um sapato, mas tudo aquilo que determina o “front office” (frente do negócio) mas também o “back office (atrás do balcão). Isto implica em conhecer com profundidade como abrir e fechar a loja, como contratar e demitir, treinar, orientar, remunerar, decorar, expor, compor, comprar, vender, atender, satisfazer, estocar, cobrar, financiar, enfim como ganhar dinheiro, tudo em detalhes.
Muitas vezes a falta de padrão é percebida na hora de instalar o negócio onde pontos comerciais e mercados são selecionados sem nenhum critério, quando muito é passado o olho e: “está aprovado!”. Não seria adequado avaliar dados demográficos e de consumo localizado, definindo qual a melhor localização e instalação, aferir se o shopping está maturado, se o andar é o correto de acordo com o fluxo de pessoas.
E aquelas franquias de diferentes tamanhos (geralmente são negócios onde o franqueador é também o principal fornecedor e o que importa é o franqueado comprar produtos, vender...nem sempre!) que são adequadas ao gosto do freguês: loja grande, pequena ou quiosque. Ao mudar o tamanho, tudo muda: projeto, instalações, estoque, mobiliário, atendimento, equipamentos e o mais importante o número de clientes, a forma de atender, alterando completamente o negócio e sua operação, perdendo padrões e ganho de escala.
Em franquias verifique se há consumidores suficientes no local desejado para instalar o negócio no padrão ou então não vá! Não adapte seu negócio ao mercado existente, pois vai perder o padrão e não terá escala. O consumidor encontrará diferentes negócios debaixo de uma mesma marca perderá a identificação com o conceito e com o mix de produtos e serviços.
Muitos franqueadores contestam (a maioria já desaparecidos ou em situação bem difícil) pois dizem ter uma operação flexível que se adapta a situações exigidas pelo mercado. Cuidado com franqueadores flexíveis, é o primeiro e forte indício de que não há padrão e a cada novo negócio instalado há uma alteração em nome da flexibilidade. Numa rede profissional de franquias não há espaço para “flexibilidade”; o “jeitinho brasileiro” ajuda a aumentar as taxas de mortalidade.
Bom, mas você diria que Ray Kroc não conseguiu aplicar o seu conceito adequadamente no McDonald´s pois há lojas grandes e pequenas. Eu lhe proponho, como eles fizeram, vamos instalar pelo menos umas cinco mil lojas exatamente iguais e depois, mas só depois, aceitaria algumas pequenas mudanças, mas sempre muito pequenas.
Fonte: Por Marcus Vinicius Althoff Rizzo, in Portal HSM On-line
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