O crescimento da complexidade de variáveis e as mudanças diárias dos rumos dos negócios fazem com que tomar decisões seja fator de grande preocupação das organizações. Executivos se vêem diante da multiplicação de opções e dados que exigem análise, enquanto o tempo para tal análise encolhe.
As organizações investem milhões de dólares para tentar preparar e atualizar seus executivos, tornando-os aptos a decisões rápidas e precisas. Gestores de grandes corporações preferem profissionais que tomem posições com agilidade. Acreditam que um executivo que acerte em mais de 70% das decisões é de grande valia para o processo das ambiciosas metas estratégicas do negócio.
A intuição, ferramenta que pode auxiliar muito na decisão, parece ser alternativa atraente e razoavelmente confiável no custoso processo de coleta e análise de fatos. Altos executivos e empreendedores sentem que, diante de opções complexas, uma boa alternativa seria confiar no próprio faro. Acreditar na intuição é compreensível. Ao nos deparamos com a complexidade da vida, temos a tendência de depositar as crenças em nós mesmos. O problema é que excesso de confiança pode ser perigoso, se não estivermos relativamente preparados.
A intuição não substitui completamente a razão. E quanto mais dados tivermos para ponderar, mais devemos confiar na análise racional e menos na intuição. Mas a intuição é algo que o ser humano tem, usa e não pode ser desprezada, deve sim, ser treinada para nos auxiliar. Desprezá-la seria praticamente impossível, pois continuaríamos tendendo a usá-la, como também, em alguns casos seria um desperdício.
Aos 12 anos, Luiz Seabra, da Natura, conversando com sua irmã, ouviu dela o sonho de se tornar esteticista. Luiz teve uma intuição: "Vou produzir estes produtos". Salim Mattar, fundador da Localiza, locadora de veículos, fundou sua empresa em meio à crise do petróleo, de1974. Todos o taxavam de louco. Quatro anos depois, com um bom sucesso, na segunda crise do petróleo, decidiu que estava na hora de duplicar os negócios.
Se acreditarmos que nossa intuição é constituída principalmente de vivências, podemos crer que a intuição poderia ser educada para a tomada de decisões relativas a nossas vidas e negócio com mais rapidez e confiança. O que não podemos é nos deixar seduzir pelo desejo de acreditar na sabedoria da intuição e ficarmos cegos à realidade menos romântica dos processos decisórios empresariais. Intuição não é sorte!
Definição interessante de intuição foi dada em 1977 por Bruce Henderson: integração subconsciente de todas as experiências, condicionamentos e conhecimentos de uma vida, incluídos aí vieses culturais e emocionais". Se medir características assim pode ser complexo, as corporações devem aprender a desenvolver nos profissionais que tomam diretamente decisões a capacidade de educar e usar a intuição, baseada na estruturação sistêmica das experiências técnicas e vivências do dia-a-dia do seu negócio.
Fonte: Por Luís Wever, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 7
As organizações investem milhões de dólares para tentar preparar e atualizar seus executivos, tornando-os aptos a decisões rápidas e precisas. Gestores de grandes corporações preferem profissionais que tomem posições com agilidade. Acreditam que um executivo que acerte em mais de 70% das decisões é de grande valia para o processo das ambiciosas metas estratégicas do negócio.
A intuição, ferramenta que pode auxiliar muito na decisão, parece ser alternativa atraente e razoavelmente confiável no custoso processo de coleta e análise de fatos. Altos executivos e empreendedores sentem que, diante de opções complexas, uma boa alternativa seria confiar no próprio faro. Acreditar na intuição é compreensível. Ao nos deparamos com a complexidade da vida, temos a tendência de depositar as crenças em nós mesmos. O problema é que excesso de confiança pode ser perigoso, se não estivermos relativamente preparados.
A intuição não substitui completamente a razão. E quanto mais dados tivermos para ponderar, mais devemos confiar na análise racional e menos na intuição. Mas a intuição é algo que o ser humano tem, usa e não pode ser desprezada, deve sim, ser treinada para nos auxiliar. Desprezá-la seria praticamente impossível, pois continuaríamos tendendo a usá-la, como também, em alguns casos seria um desperdício.
Aos 12 anos, Luiz Seabra, da Natura, conversando com sua irmã, ouviu dela o sonho de se tornar esteticista. Luiz teve uma intuição: "Vou produzir estes produtos". Salim Mattar, fundador da Localiza, locadora de veículos, fundou sua empresa em meio à crise do petróleo, de1974. Todos o taxavam de louco. Quatro anos depois, com um bom sucesso, na segunda crise do petróleo, decidiu que estava na hora de duplicar os negócios.
Se acreditarmos que nossa intuição é constituída principalmente de vivências, podemos crer que a intuição poderia ser educada para a tomada de decisões relativas a nossas vidas e negócio com mais rapidez e confiança. O que não podemos é nos deixar seduzir pelo desejo de acreditar na sabedoria da intuição e ficarmos cegos à realidade menos romântica dos processos decisórios empresariais. Intuição não é sorte!
Definição interessante de intuição foi dada em 1977 por Bruce Henderson: integração subconsciente de todas as experiências, condicionamentos e conhecimentos de uma vida, incluídos aí vieses culturais e emocionais". Se medir características assim pode ser complexo, as corporações devem aprender a desenvolver nos profissionais que tomam diretamente decisões a capacidade de educar e usar a intuição, baseada na estruturação sistêmica das experiências técnicas e vivências do dia-a-dia do seu negócio.
Fonte: Por Luís Wever, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 7
Comentários