O Prêmio Aberje, em sua 32ª edição, realizou a proeza de analisar mais de mil projetos para escolher apenas os melhores dos melhores. Contou com a ajuda
de duzentos e cinquenta profissionais da área – escolhidos pelo notório saber e currículos já recheados de iniciativas semelhantes – para analisar e avaliar as ações em todas as regiões do Brasil. O resultado é um vasto panorama do que de mais moderno está ocorrendo no setor, inclusive no mundo, uma vez que várias multinacionais foram contempladas.
Seria temerário fazer um resumo das tendências da comunicação apenas com base na
excelência dos empreendimentos retratados neste anuário. Todavia, seria igualmente temerário não fazer, uma vez que não há material mais rico no País – e tão sistematicamente estudado – quanto os trabalhos inscritos no Prêmio Aberje. Este prêmio é um verdadeiro “observatório” do que acontece nos bastidores das organizações-modelo em relacionamento com públicos estratégicos. Portanto, vamos a alguns sinais inequívocos do que será o futuro.
Em primeiro lugar, sem dúvida, chegamos à era da Comunicação 2.0, ou seja, tal qual à
WEB 2.0, iniciou-se o tempo que será impossível estruturar programas e ações na área sem a participação ativa dos públicos-alvo. Algo que não envolve apenas a mídia digital. Os melhores exemplos de mídia impressa, por exemplo, são aqueles nos quais os leitores participam efetivamente na criação e produção de boletins, jornais e revistas.
Em segundo lugar, percebe-se a primazia da marca e da reputação. Seja a mais simples
newsletter por e-mail ou o mais sofisticado vídeo empresarial – prenhe
de recursos gráficos e apresentadores renomados –, cada ferramenta
tem de ser um item da construção dos valores organizacionais.
Em quaisquer das categorias do Prêmio Aberje, é possível verificar como os instrumentos estão encaixados em uma lógica de política e de planejamento que ultrapassa de longe as fronteiras da própria ação em si. Isso é também um sinal contundente de que a área ganhou definitivamente uma dimensão estratégica, ultrapassando os limites táticos aos quais foi submetida por décadas.
Por fim – e longe de ser o menos importante, muito pelo contrário –, em quarto lugar,
é possível reconhecer que o meio digital será a plataforma de integração e consubstanciação da filosofia e programas de ação do ecossistema de comunicação das organizações.
Apesar de a maior parte dos projetos ainda ser realizados no plano real, todo o impulso inicial e o registro final das iniciativas estão destinados a ficar na esfera virtual. Isso implica um novo modelo de planejamento e uma nova maneira de pensar os fluxos da área. Um futuro que já começou agora, pois da era da conexão, definitivamente, ninguém poderá escapar.
Fonte: Por Paulo Nassar, in Revista Comunicação Empresarial, Ano 17 - Nº 62 - Especial sobre o Prêmio ABERJE 2006
de duzentos e cinquenta profissionais da área – escolhidos pelo notório saber e currículos já recheados de iniciativas semelhantes – para analisar e avaliar as ações em todas as regiões do Brasil. O resultado é um vasto panorama do que de mais moderno está ocorrendo no setor, inclusive no mundo, uma vez que várias multinacionais foram contempladas.
Seria temerário fazer um resumo das tendências da comunicação apenas com base na
excelência dos empreendimentos retratados neste anuário. Todavia, seria igualmente temerário não fazer, uma vez que não há material mais rico no País – e tão sistematicamente estudado – quanto os trabalhos inscritos no Prêmio Aberje. Este prêmio é um verdadeiro “observatório” do que acontece nos bastidores das organizações-modelo em relacionamento com públicos estratégicos. Portanto, vamos a alguns sinais inequívocos do que será o futuro.
Em primeiro lugar, sem dúvida, chegamos à era da Comunicação 2.0, ou seja, tal qual à
WEB 2.0, iniciou-se o tempo que será impossível estruturar programas e ações na área sem a participação ativa dos públicos-alvo. Algo que não envolve apenas a mídia digital. Os melhores exemplos de mídia impressa, por exemplo, são aqueles nos quais os leitores participam efetivamente na criação e produção de boletins, jornais e revistas.
Em segundo lugar, percebe-se a primazia da marca e da reputação. Seja a mais simples
newsletter por e-mail ou o mais sofisticado vídeo empresarial – prenhe
de recursos gráficos e apresentadores renomados –, cada ferramenta
tem de ser um item da construção dos valores organizacionais.
Em quaisquer das categorias do Prêmio Aberje, é possível verificar como os instrumentos estão encaixados em uma lógica de política e de planejamento que ultrapassa de longe as fronteiras da própria ação em si. Isso é também um sinal contundente de que a área ganhou definitivamente uma dimensão estratégica, ultrapassando os limites táticos aos quais foi submetida por décadas.
Por fim – e longe de ser o menos importante, muito pelo contrário –, em quarto lugar,
é possível reconhecer que o meio digital será a plataforma de integração e consubstanciação da filosofia e programas de ação do ecossistema de comunicação das organizações.
Apesar de a maior parte dos projetos ainda ser realizados no plano real, todo o impulso inicial e o registro final das iniciativas estão destinados a ficar na esfera virtual. Isso implica um novo modelo de planejamento e uma nova maneira de pensar os fluxos da área. Um futuro que já começou agora, pois da era da conexão, definitivamente, ninguém poderá escapar.
Fonte: Por Paulo Nassar, in Revista Comunicação Empresarial, Ano 17 - Nº 62 - Especial sobre o Prêmio ABERJE 2006
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