Foi-se o tempo que, de graça, as pessoas queriam pegar até ônibus errado e navio afundando. Essa realidade não existe mais. A promoção, assim como qualquer atividade de comunicação, deve ser medida e avaliada antes de ser colocada em prática. Foi-se o tempo em que o consumidor se satisfazia com qualquer bônus, brinde ou vantagem. Foi-se também o tempo em que o cliente não sabia fazer contas e comprava o que lhe ofereciam, sem avaliar as melhores opções disponíveis. Não existe mais o consumidor que não conhece seus direitos e todos eles já sabem tirar o melhor proveito em suas transações comerciais.
No rastro da estupidez de antigamente, podemos encontrar algumas jóias dignas de destaque, com as constantes e repetitivas promoções de bônus em valor, concedidos na compra de automóveis. “Compre agora mesmo seu carro com um bônus no valor de tantos reais”. O consumidor, claro, faz imediatamente as contas, diminui do preço do carro o bônus ofertado e usa o novo valor como ponto de partida, para então promover a comparação com outras ofertas. Resultado, um simples desconto que, ao invés de negociado ao pé do ouvido como fator decisivo da compra, é alardeado abertamente, para que o concorrente possa suplantá-lo, desta vez em particular. Qual é a percepção que essa situação gera para o consumidor?
Ao invés de vantagem competitiva, o consumidor entende que o preço do carro é o final, com a aplicação do bônus, ou seja, do ponto de vista promocional, absolutamente inócuo. Outro ponto que chama a atenção é a falta de criatividade. Voltando ao mercado de automóveis, haja feirão. Por que será que todo mundo quer aproveitar a mesma idéia? Ninguém consegue pensar algo diferente, capaz de diferenciar apenas o seu negócio dos demais?
As cópias se tornaram tão comuns que, mesmo as empresas de telecomunicações, líderes em tecnologia, apresentam para seus clientes planos e promoções idênticas às de seus concorrentes. Contudo, tudo isso causa um mal menor do que as promoções que vendem uma idéia falsa, a de que o consumidor estará ganhando algo, que na realidade acaba por ter um valor percebido muito baixo, ou mesmo nenhum.
Foi o que aconteceu comigo dia destes, num grande hipermercado, que alardeava como vantagem promocional o fato de que as compras realizadas geravam créditos em dinheiro para compras futuras. Verdade? Sim, mas numa compra no valor de R$ 500 foram creditados R$ 0,25.
Então, questiono se a percepção da falta de valor é só minha, ou se será que algum consumidor se sentiria motivado a voltar à loja, para aproveitar uma “vantagem” dessas? Sinceramente, temos de respeitar um pouco mais a inteligência e capacidade do consumidor, ou estaremos gastando tempo, dinheiro e a paciência dos outros à toa.
Fonte: Por Sidney Porto, in www.mundodomarketing.com.br
No rastro da estupidez de antigamente, podemos encontrar algumas jóias dignas de destaque, com as constantes e repetitivas promoções de bônus em valor, concedidos na compra de automóveis. “Compre agora mesmo seu carro com um bônus no valor de tantos reais”. O consumidor, claro, faz imediatamente as contas, diminui do preço do carro o bônus ofertado e usa o novo valor como ponto de partida, para então promover a comparação com outras ofertas. Resultado, um simples desconto que, ao invés de negociado ao pé do ouvido como fator decisivo da compra, é alardeado abertamente, para que o concorrente possa suplantá-lo, desta vez em particular. Qual é a percepção que essa situação gera para o consumidor?
Ao invés de vantagem competitiva, o consumidor entende que o preço do carro é o final, com a aplicação do bônus, ou seja, do ponto de vista promocional, absolutamente inócuo. Outro ponto que chama a atenção é a falta de criatividade. Voltando ao mercado de automóveis, haja feirão. Por que será que todo mundo quer aproveitar a mesma idéia? Ninguém consegue pensar algo diferente, capaz de diferenciar apenas o seu negócio dos demais?
As cópias se tornaram tão comuns que, mesmo as empresas de telecomunicações, líderes em tecnologia, apresentam para seus clientes planos e promoções idênticas às de seus concorrentes. Contudo, tudo isso causa um mal menor do que as promoções que vendem uma idéia falsa, a de que o consumidor estará ganhando algo, que na realidade acaba por ter um valor percebido muito baixo, ou mesmo nenhum.
Foi o que aconteceu comigo dia destes, num grande hipermercado, que alardeava como vantagem promocional o fato de que as compras realizadas geravam créditos em dinheiro para compras futuras. Verdade? Sim, mas numa compra no valor de R$ 500 foram creditados R$ 0,25.
Então, questiono se a percepção da falta de valor é só minha, ou se será que algum consumidor se sentiria motivado a voltar à loja, para aproveitar uma “vantagem” dessas? Sinceramente, temos de respeitar um pouco mais a inteligência e capacidade do consumidor, ou estaremos gastando tempo, dinheiro e a paciência dos outros à toa.
Fonte: Por Sidney Porto, in www.mundodomarketing.com.br
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