As regras do jogo mudaram. E se mudança não é algo novo, qual seria a novidade? A velocidade nas mudanças, intimamente ligada ao desenvolvimento dos transportes, das telecomunicações, das tecnologias e, mais recentemente, das novas tecnologias de comunicação. Fomentadores do processo de globalização, esses fatores contribuem para a criação de um novo ambiente corporativo e profissional. A velocidade e as novas formas de se fazer as coisas antigas são as responsáveis por causar impacto nas mudanças ocorridas nas empresas e no perfil do profissional deste milênio.
Parece que a regra é se adaptar ou morrer. O darwinismo que provou que era melhor ser adaptável do que forte, nunca esteve tão presente. Para os profissionais, sabemos que é fundamental hoje o aprendizado contínuo, a chamada reinvenção. E um processo de reinvenção depende, primeiramente, de uma sincera investigação sobre o que "se é". E isso só é possível mediante uma reflexão profunda, afinal, não se pode mudar aquilo que não se conhece. Identificar-se é seguramente o primeiro passo.
Antigamente, principalmente numa época em que havia uma grande oferta de trabalho, os empregos eram mantidos pela obediência. Hoje, tem emprego garantido aquele que renova suas competências específicas, que se adapta à metamorfose permanente do setor produtivo, que providencia novas bases de conhecimento para o desenvolvimento da carreira. Hoje não basta você ser bom naquilo que faz, é importante mostrar que esses talentos e habilidades ainda serão úteis em novas e diferentes conjunturas.
O primeiro ponto a ser entendido é que essa globalização não é um efeito tão recente assim. Ao contrário, desde que o homem começou a trocar mercadorias - puro escambo - quando não havia moedas, essas trocas começaram a ocorrer entre povos de lugares diferentes, de culturas diferentes. Mas verifiquemos o efeito mais recente dessa globalização: um alto índice de desemprego. Você deve estar pensando: Como fica o meu emprego? O que fazer para reagir a esse mundo globalizado? É possível parar o mundo para que eu possa descer? Definitivamente não.
Hoje o que se vê é um cenário com urgência e velocidade, que nos cobra mudanças nos parâmetros, nas atitudes e nas metas. O que vejo é que hoje o mercado tem apostado nos profissionais que se mostram dispostos a aprender e a colocar em prática seus novos conhecimentos. Essa competição acirrada entre as empresas exige profissionais que se requalifiquem rapidamente. E é aí que vem a importância da reinvenção da carreira. Dessa forma, a educação formal, escolar, é somente um start para o processo contínuo de atualização.
Os indivíduos bem capacitados tendem a tirar melhor proveito do treinamento profissional. Logicamente que o período de aprendizagem é importantíssimo, porque serve de alicerce para sustentar todo o enorme edifício do conhecimento. É importante deixar claro que não adianta matricular-se freneticamente em um curso atrás do outro. A única receita para vencer com eficácia o gigantesco desafio do conhecimento é mudar a forma de aprendizagem.
Na verdade, o que a velocidade das mudanças está clamando é que a concorrência imposta pela economia globalizada não acontece somente no âmbito dos países, mas sobretudo das empresas, atingindo o profissional. A competição está no plano das pessoas, pois seus talentos são considerados o grande ativo das companhias. Então qual seria o novo perfil do profissional?
O mercado procura alguém com visão estratégica. Antes havia quem planejasse e quem executasse, mas hoje a dinâmica das empresas exige que essas atividades sejam desempenhadas simultaneamente. Creio que essa nova habilitação profissional dependa, sim, da disposição para rever o mundo exterior, captar a natureza das suas transformações e compreender seus mecanismos cada vez mais complexos. Mas a reinvenção permanente funda-se também nesse olhar para dentro de si, nessa investigação atenta das próprias qualidades e fragilidades.
Como vemos, há saídas, há um convite à ação, à chamada da modernidade e você tem uma escolha a fazer. Muitos ficarão pelo caminho, não entenderão que precisam mudar, se profissionalizar. Poucos entenderão que a globalização é mais um elemento de depuração do mercado e ficarão pelo caminho, pode apostar. E você, que caminho vai escolher?
Fonte: Por Carlos Alberto Júlio, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
Parece que a regra é se adaptar ou morrer. O darwinismo que provou que era melhor ser adaptável do que forte, nunca esteve tão presente. Para os profissionais, sabemos que é fundamental hoje o aprendizado contínuo, a chamada reinvenção. E um processo de reinvenção depende, primeiramente, de uma sincera investigação sobre o que "se é". E isso só é possível mediante uma reflexão profunda, afinal, não se pode mudar aquilo que não se conhece. Identificar-se é seguramente o primeiro passo.
Antigamente, principalmente numa época em que havia uma grande oferta de trabalho, os empregos eram mantidos pela obediência. Hoje, tem emprego garantido aquele que renova suas competências específicas, que se adapta à metamorfose permanente do setor produtivo, que providencia novas bases de conhecimento para o desenvolvimento da carreira. Hoje não basta você ser bom naquilo que faz, é importante mostrar que esses talentos e habilidades ainda serão úteis em novas e diferentes conjunturas.
O primeiro ponto a ser entendido é que essa globalização não é um efeito tão recente assim. Ao contrário, desde que o homem começou a trocar mercadorias - puro escambo - quando não havia moedas, essas trocas começaram a ocorrer entre povos de lugares diferentes, de culturas diferentes. Mas verifiquemos o efeito mais recente dessa globalização: um alto índice de desemprego. Você deve estar pensando: Como fica o meu emprego? O que fazer para reagir a esse mundo globalizado? É possível parar o mundo para que eu possa descer? Definitivamente não.
Hoje o que se vê é um cenário com urgência e velocidade, que nos cobra mudanças nos parâmetros, nas atitudes e nas metas. O que vejo é que hoje o mercado tem apostado nos profissionais que se mostram dispostos a aprender e a colocar em prática seus novos conhecimentos. Essa competição acirrada entre as empresas exige profissionais que se requalifiquem rapidamente. E é aí que vem a importância da reinvenção da carreira. Dessa forma, a educação formal, escolar, é somente um start para o processo contínuo de atualização.
Os indivíduos bem capacitados tendem a tirar melhor proveito do treinamento profissional. Logicamente que o período de aprendizagem é importantíssimo, porque serve de alicerce para sustentar todo o enorme edifício do conhecimento. É importante deixar claro que não adianta matricular-se freneticamente em um curso atrás do outro. A única receita para vencer com eficácia o gigantesco desafio do conhecimento é mudar a forma de aprendizagem.
Na verdade, o que a velocidade das mudanças está clamando é que a concorrência imposta pela economia globalizada não acontece somente no âmbito dos países, mas sobretudo das empresas, atingindo o profissional. A competição está no plano das pessoas, pois seus talentos são considerados o grande ativo das companhias. Então qual seria o novo perfil do profissional?
O mercado procura alguém com visão estratégica. Antes havia quem planejasse e quem executasse, mas hoje a dinâmica das empresas exige que essas atividades sejam desempenhadas simultaneamente. Creio que essa nova habilitação profissional dependa, sim, da disposição para rever o mundo exterior, captar a natureza das suas transformações e compreender seus mecanismos cada vez mais complexos. Mas a reinvenção permanente funda-se também nesse olhar para dentro de si, nessa investigação atenta das próprias qualidades e fragilidades.
Como vemos, há saídas, há um convite à ação, à chamada da modernidade e você tem uma escolha a fazer. Muitos ficarão pelo caminho, não entenderão que precisam mudar, se profissionalizar. Poucos entenderão que a globalização é mais um elemento de depuração do mercado e ficarão pelo caminho, pode apostar. E você, que caminho vai escolher?
Fonte: Por Carlos Alberto Júlio, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
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