Um dos dados mais relevantes do 10º Estudo Anual de Confiança Edelman, relativo a 2009, constata que a confiança das pessoas nas empresas aumentou no Brasil, diferentemente do que ocorreu em boa parte do mundo, sobretudo nos EUA. Passou de 61%, na edição 2008 do estudo, para 67% em 2009. Assim, as companhias passaram a ocupar o primeiro lugar entre as instituições na preferência dos brasileiros - o bom momento econômico vivido pelo País até a eclosão da crise explica o desempenho.
Mas como o mundo corporativo pode se beneficiar dessa elevação de credibilidade? Há alguma estratégia de comunicação que possa ser desenvolvida para capitalizar em cima dessa avaliação?
Essa foi das questões surgidas durante evento promovido ontem, em São Paulo, pela Gazeta Mercantil e a Edelman para discutir os resultados da pesquisa. Com mediação de Marcello D’Angelo, diretor-geral da Gazeta Mercantil, o debate contou com a presença de Gail Becker, presidente da Edelman para a região oeste dos EUA e chairwoman para Canadá e América Latina, que analisou os dados gerais do estudo, abordado em suplemento encartado na edição de ontem do jornal. Charles Krieck, sócio de consultoria e serviços da Consultoria de Riscos KPMG; Sílvio Laban, professor dos programas de marketing, tecnologia e varejo da FVG-EAESP e Ibmec São Paulo; e Ronald Mincheff, presidente da Edelman Brasil, também fizeram parte da mesa debatedora.
Foi o próprio Mincheff quem conjeturou sobre o que as empresas devem fazer com o aumento da credibilidade. "As companhias devem ser responsáveis, fazer alianças, ter uma comunicação transparente e se preocupar com a sociedade", diz, referindo-se aos anseios das pessoas verificado no estudo.
As parcerias se devem ao fato de que as pessoas veem as empresas como responsáveis por muitos dos problemas da sociedade.
"No Brasil, porém, confia-se mais nas empresas americanas e inglesas do que até mesmo os próprios anglo-saxões em relação às companhias daqueles países", reforça Gail.
Laban, por sua vez, destaca o fato, verificado na pesquisa, de que as pessoas buscam diversas fontes informativas para formarem uma opinião, por exemplo, sobre a crise. "Isso se deve à rapidez das mudanças, o que dificulta a compreensão. E os avanços da tecnologia permitem o uso da inteligência coletiva na construção do entendimento", afirma Laban, referindo-se ao fortalecimento da web como fonte de informação, especialmente entre os jovens. "Antes, empresas se comunicavam por meio de relatórios. Hoje, o relacionamento mudou e inclui muitos públicos, como a mídia, órgãos reguladores e a sociedade", analisou Krieck, da KPMG.
Fonte: Por Clayton Melo, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 8
Mas como o mundo corporativo pode se beneficiar dessa elevação de credibilidade? Há alguma estratégia de comunicação que possa ser desenvolvida para capitalizar em cima dessa avaliação?
Essa foi das questões surgidas durante evento promovido ontem, em São Paulo, pela Gazeta Mercantil e a Edelman para discutir os resultados da pesquisa. Com mediação de Marcello D’Angelo, diretor-geral da Gazeta Mercantil, o debate contou com a presença de Gail Becker, presidente da Edelman para a região oeste dos EUA e chairwoman para Canadá e América Latina, que analisou os dados gerais do estudo, abordado em suplemento encartado na edição de ontem do jornal. Charles Krieck, sócio de consultoria e serviços da Consultoria de Riscos KPMG; Sílvio Laban, professor dos programas de marketing, tecnologia e varejo da FVG-EAESP e Ibmec São Paulo; e Ronald Mincheff, presidente da Edelman Brasil, também fizeram parte da mesa debatedora.
Foi o próprio Mincheff quem conjeturou sobre o que as empresas devem fazer com o aumento da credibilidade. "As companhias devem ser responsáveis, fazer alianças, ter uma comunicação transparente e se preocupar com a sociedade", diz, referindo-se aos anseios das pessoas verificado no estudo.
As parcerias se devem ao fato de que as pessoas veem as empresas como responsáveis por muitos dos problemas da sociedade.
"No Brasil, porém, confia-se mais nas empresas americanas e inglesas do que até mesmo os próprios anglo-saxões em relação às companhias daqueles países", reforça Gail.
Laban, por sua vez, destaca o fato, verificado na pesquisa, de que as pessoas buscam diversas fontes informativas para formarem uma opinião, por exemplo, sobre a crise. "Isso se deve à rapidez das mudanças, o que dificulta a compreensão. E os avanços da tecnologia permitem o uso da inteligência coletiva na construção do entendimento", afirma Laban, referindo-se ao fortalecimento da web como fonte de informação, especialmente entre os jovens. "Antes, empresas se comunicavam por meio de relatórios. Hoje, o relacionamento mudou e inclui muitos públicos, como a mídia, órgãos reguladores e a sociedade", analisou Krieck, da KPMG.
Fonte: Por Clayton Melo, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 8
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