Uma pesquisa realizada pela McCann Erickson, em parceria com o instituto Data Popular, mostra que a classe C mudou: não aspira mais ter e sim, ter o melhor. Diante desta mudança de paradigma, os executivos da agência começam a reformular a comunicação para esta "nova classe emergente". A classe média é o foco de uma unidade de negócios da agência: a Bairro - que já existe em países como México, Chile, Colômbia e Panamá.
"Houve uma mudança de comportamento: eles (classe C) não vão abrir mão das conquistas adquiridas e isso traz implicações comercias, sem dúvida, de comunicação, mas também política, principalmente em um momento de crise", diz Fernando Mazzarolo, presidente da McCann Erickson no Brasil.
O levantamento durou dois anos e foi concluído em janeiro - e apresentado ontem. No Brasil foram mil questionários, em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Goiânia, com casais de 20 a 50 anos, e renda mensal de R$ 1 mil a R$ 2 mil. Entre as conclusões, o estudo mostrou que 44% apontam para o financiamento em 36 meses como forma para a compra de carro, enquanto o cartão de crédito ainda é pouco usado: 67% dizem que o usam de forma moderada, em poucas compras. Mazzarolo diz que este tipo de informação - e outras levantadas - é importante para os clientes da agência e, por isso, a McCann Erickson está apresentando a eles a pesquisa, de forma setorizada, para que seja feito um plano de ações a partir dela. Segundo ele, alguns clientes já estão na fase do desenvolvimento e aprofundamento do plano de ações.
De acordo com o levantamento, a tecnologia tem o papel que os eletrodomésticos tiveram um dia: o computador e o DVD fazem parte do entretenimento da família, com 58% e 57% das respostas, respectivamente. Entre os entrevistados, 80% dizem que acham o computador fundamental e que "não dá para viver sem ele". Mazzarolo ressalta que a importância dada ao computador e ao meio digital mostra uma mudança comportamental que afeta profundamente a comunicação, "Temos trabalhado de forma significativa no on-line. Tem toda uma geração que está ingressando no mundo digital, e em até quatro anos estaremos consolidando esta revolução", acredita. Entre os itens tecnológicos mais desejados figuram a TV de plasma (68%) e o celular com câmera (66%).
O levantamento também ouviu a opinião dos entrevistados sobre a comunicação para eles. Segundo a pesquisa, a classe C quer mais informação na propaganda. Temas variados como nutrição, tecnologia, cartão de crédito e dicas de como falar ou se vestir são atrativos para a amostra. Artistas de origem modesta, no estilo "gente como a gente", causam identificação, mas o discurso deve ter humor, preferido em relação às usuais lições de vida. Eles preferem ver gente de bem com a vida em vez de gente batalhadora (42%) e o comercial que vende sonho do que aquele que mostra a realidade (34%).
Outro dado importante apresentado é que 46% dos entrevistados afirmam que uma propaganda de oferta não necessita de música e nem história; 44% também dizem que um comercial bom não conta história, mas só mostra o produto.
Para os pesquisados, as marcas renomadas são fundamentais para a comida das crianças (71%); eletrodomésticos (70%); alimentos de casa (65%); carro (63%) e produtos de beleza (60%).
Fonte: Por Neila Baldi, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 10
"Houve uma mudança de comportamento: eles (classe C) não vão abrir mão das conquistas adquiridas e isso traz implicações comercias, sem dúvida, de comunicação, mas também política, principalmente em um momento de crise", diz Fernando Mazzarolo, presidente da McCann Erickson no Brasil.
O levantamento durou dois anos e foi concluído em janeiro - e apresentado ontem. No Brasil foram mil questionários, em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Goiânia, com casais de 20 a 50 anos, e renda mensal de R$ 1 mil a R$ 2 mil. Entre as conclusões, o estudo mostrou que 44% apontam para o financiamento em 36 meses como forma para a compra de carro, enquanto o cartão de crédito ainda é pouco usado: 67% dizem que o usam de forma moderada, em poucas compras. Mazzarolo diz que este tipo de informação - e outras levantadas - é importante para os clientes da agência e, por isso, a McCann Erickson está apresentando a eles a pesquisa, de forma setorizada, para que seja feito um plano de ações a partir dela. Segundo ele, alguns clientes já estão na fase do desenvolvimento e aprofundamento do plano de ações.
De acordo com o levantamento, a tecnologia tem o papel que os eletrodomésticos tiveram um dia: o computador e o DVD fazem parte do entretenimento da família, com 58% e 57% das respostas, respectivamente. Entre os entrevistados, 80% dizem que acham o computador fundamental e que "não dá para viver sem ele". Mazzarolo ressalta que a importância dada ao computador e ao meio digital mostra uma mudança comportamental que afeta profundamente a comunicação, "Temos trabalhado de forma significativa no on-line. Tem toda uma geração que está ingressando no mundo digital, e em até quatro anos estaremos consolidando esta revolução", acredita. Entre os itens tecnológicos mais desejados figuram a TV de plasma (68%) e o celular com câmera (66%).
O levantamento também ouviu a opinião dos entrevistados sobre a comunicação para eles. Segundo a pesquisa, a classe C quer mais informação na propaganda. Temas variados como nutrição, tecnologia, cartão de crédito e dicas de como falar ou se vestir são atrativos para a amostra. Artistas de origem modesta, no estilo "gente como a gente", causam identificação, mas o discurso deve ter humor, preferido em relação às usuais lições de vida. Eles preferem ver gente de bem com a vida em vez de gente batalhadora (42%) e o comercial que vende sonho do que aquele que mostra a realidade (34%).
Outro dado importante apresentado é que 46% dos entrevistados afirmam que uma propaganda de oferta não necessita de música e nem história; 44% também dizem que um comercial bom não conta história, mas só mostra o produto.
Para os pesquisados, as marcas renomadas são fundamentais para a comida das crianças (71%); eletrodomésticos (70%); alimentos de casa (65%); carro (63%) e produtos de beleza (60%).
Fonte: Por Neila Baldi, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 10
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