Quase sempre, quando uma nova mídia surge, quase instantaneamente surgem também discussões que apregoam o fim das mídias tradicionais em substituição à novidade que se apresenta. Assim aconteceu, por exemplo, quando o fim do rádio foi dado como certo após a popularização da televisão, e, mais recentemente, quando muitos afirmaram que a internet substituiria a mídia impressa e também boa parte da mídia eletrônica convencional. De minha parte, arrisco a nadar contra a maré ao defender que as novas mídias fortalecem as mídias convencionais, à medida que assumem o desafio de incorporar as características positivas daquelas e se reinventam, oferecendo às pessoas a sua reconhecida credibilidade agregada a novidades como a interatividade.
Em outras palavras, o que quero dizer é que nem a televisão, nem jornais ou revistas, nem o rádio serão substituídos pela e-mídia, mobile-mídia ou qualquer nova xpto-mídia. Ao contrário. Todas elas coexistirão. A era do “ou televisão”, “ou rádio”, “ou telefone” acabou. Estamos na era da “televisão e rádio e internet e smartphones e mais um monte de coisas”. É como falava aquela música dos Titãs já no início dos anos 90: “Tudo ao mesmo tempo agora”. Exemplos tenho inclusive dentro de casa. Certa noite, quando cheguei a minha casa encontrei minha ilha assistindo à televisão, navegando em um laptop no colo enquanto conversava ao telefone. Convenhamos que essa cena já não é rara em diversos lugares.
O interesse das pessoas por informação, entretenimento e interação sempre existiu e ganhou ares mais complexos com a diversificação das mídias. Esse comportamento forçou as estruturas dominantes, como TV, rádios, jornais e revistas, a aprenderem rapidamente a importância dessa nova relação com a audiência e a incorporarem múltiplas plataformas de relacionamento com as pessoas. Para sair da teoria, resgato um case da CNN. Durante a transmissão ao vivo da posse do presidente norte-americano Barack Obama em seu site, a rede de televisão fazia a página do internauta no Facebook aparecer na tela do computador que ficava dividida e permitia ao internauta usar sua página na rede social para comentar a transmissão e até escolher câmeras diferentes com ângulos de transmissão que poderiam ser selecionados conforme a vontade de cada um.
As opções, tanto de conteúdo como na quantidade de plataformas tecnológicas, aumentaram exponencialmente, e todo esse movimento alterou a forma com que as pessoas se relacionam com a mídia. Mas, apesar de essas relações terem ficado muito mais complexas, a credibilidade e o poder de atratividade da mídia convencional continuam fortíssimos. E tendem a aumentar à medida que incorporem a interação e as novas tecnologias em seu modus operandi. Importante ressaltar um detalhe para não deixar margem para ruídos. Essa robustez dos meios convencionais não acontece só no Brasil, como alguns podem supor por ter o País dimensões continentais e uma boa parte da população com acesso restrito às novas tecnologias. Acontece também nos Estados Unidos.
Uma recente pesquisa realizada pelo Advertising Research Foundation envolvendo mais de 380 cases mostrou que a televisão não só está mais forte do que nunca, como mantém um grande potencial de crescimento em estratégias de comunicação que visem aumento de vendas. Isso acontece pelo seu alto poder impactante, pela relação custo/benefício e pela capacidade de consolidar marcas e produtos na lembrança do consumidor.
Os prazeres de assistir a um bom programa de TV, série imperdível ou uma partida com o time de coração continuam mais fortes do que nunca, tanto na capacidade de atrair as pessoas, como na capacidade de influenciá-las. Essa é a beleza do sistema de mídia, em que o astro é o consumidor, e o foco é prestar-lhe um serviço relevante, de informação ou entretenimento. Os meios tradicionais aprenderão e evoluirão com os novos meios, um modificará o outro e um convergirá para o outro. Estamos construindo uma rica teia de mídias que permitem às pessoas navegar livremente de um conteúdo para outro experimentando multiplataformas que lhes possibilitarão experiências profundas de relacionamento, influência e interação com pessoas e marcas. Todos aqueles que enxergarem os benefícios do novo e se permitirem alçar vôos pela experimentação responsável sem perder o foco em resultados participarão de uma história fascinante que irá provar o que já dissemos aqui: estamos em uma era de adição em que o meio é a mensagem.
Fonte: Por Paulo Cesar Queiroz - Vice-presidente executivo da DM9DDB, in www.meioemensagem.com.br
Em outras palavras, o que quero dizer é que nem a televisão, nem jornais ou revistas, nem o rádio serão substituídos pela e-mídia, mobile-mídia ou qualquer nova xpto-mídia. Ao contrário. Todas elas coexistirão. A era do “ou televisão”, “ou rádio”, “ou telefone” acabou. Estamos na era da “televisão e rádio e internet e smartphones e mais um monte de coisas”. É como falava aquela música dos Titãs já no início dos anos 90: “Tudo ao mesmo tempo agora”. Exemplos tenho inclusive dentro de casa. Certa noite, quando cheguei a minha casa encontrei minha ilha assistindo à televisão, navegando em um laptop no colo enquanto conversava ao telefone. Convenhamos que essa cena já não é rara em diversos lugares.
O interesse das pessoas por informação, entretenimento e interação sempre existiu e ganhou ares mais complexos com a diversificação das mídias. Esse comportamento forçou as estruturas dominantes, como TV, rádios, jornais e revistas, a aprenderem rapidamente a importância dessa nova relação com a audiência e a incorporarem múltiplas plataformas de relacionamento com as pessoas. Para sair da teoria, resgato um case da CNN. Durante a transmissão ao vivo da posse do presidente norte-americano Barack Obama em seu site, a rede de televisão fazia a página do internauta no Facebook aparecer na tela do computador que ficava dividida e permitia ao internauta usar sua página na rede social para comentar a transmissão e até escolher câmeras diferentes com ângulos de transmissão que poderiam ser selecionados conforme a vontade de cada um.
As opções, tanto de conteúdo como na quantidade de plataformas tecnológicas, aumentaram exponencialmente, e todo esse movimento alterou a forma com que as pessoas se relacionam com a mídia. Mas, apesar de essas relações terem ficado muito mais complexas, a credibilidade e o poder de atratividade da mídia convencional continuam fortíssimos. E tendem a aumentar à medida que incorporem a interação e as novas tecnologias em seu modus operandi. Importante ressaltar um detalhe para não deixar margem para ruídos. Essa robustez dos meios convencionais não acontece só no Brasil, como alguns podem supor por ter o País dimensões continentais e uma boa parte da população com acesso restrito às novas tecnologias. Acontece também nos Estados Unidos.
Uma recente pesquisa realizada pelo Advertising Research Foundation envolvendo mais de 380 cases mostrou que a televisão não só está mais forte do que nunca, como mantém um grande potencial de crescimento em estratégias de comunicação que visem aumento de vendas. Isso acontece pelo seu alto poder impactante, pela relação custo/benefício e pela capacidade de consolidar marcas e produtos na lembrança do consumidor.
Os prazeres de assistir a um bom programa de TV, série imperdível ou uma partida com o time de coração continuam mais fortes do que nunca, tanto na capacidade de atrair as pessoas, como na capacidade de influenciá-las. Essa é a beleza do sistema de mídia, em que o astro é o consumidor, e o foco é prestar-lhe um serviço relevante, de informação ou entretenimento. Os meios tradicionais aprenderão e evoluirão com os novos meios, um modificará o outro e um convergirá para o outro. Estamos construindo uma rica teia de mídias que permitem às pessoas navegar livremente de um conteúdo para outro experimentando multiplataformas que lhes possibilitarão experiências profundas de relacionamento, influência e interação com pessoas e marcas. Todos aqueles que enxergarem os benefícios do novo e se permitirem alçar vôos pela experimentação responsável sem perder o foco em resultados participarão de uma história fascinante que irá provar o que já dissemos aqui: estamos em uma era de adição em que o meio é a mensagem.
Fonte: Por Paulo Cesar Queiroz - Vice-presidente executivo da DM9DDB, in www.meioemensagem.com.br
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