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Unilever: marketing social que gera benefícios

Como sintonizar sua empresa à necessidade de práticas sustentáveis sem comprometer resultados? Simon Clift, chief marketing officer da Unilever, demonstrou essa manhã no painel de abertura da WFA/ABA Global Advertiser Week como a multinacional tem adotado tais práticas de forma bem sucedida em suas diversas linhas de produto. No case que mais cativou a platéia, Clift contou sobre um programa adotado na Índia pela marca de sabonete Life Buoy que em cinco anos visitou 44 mil vilarejos no interior do país ensinando as comunidades os benefícios de se lavar as mãos com o produto antes das refeições e após uso de sanitários. Mais de 100 milhões de pessoas, sem acesso à mídia eletrônica, foram diretamente beneficiadas pelo programa reduzindo em 32% a mortalidade causada pela diarréia, que poderia na maioria dos casos ser prevenida com o simples ato de lavar as mãos.

Clift contou que William Lever, um dos fundadores da corporação, fez uma iniciativa semelhante na Inglaterra vitoriana em 1895 onde começou a incentivar o uso do sabonete que sua empresa fabricava para evitar a diarréia entre outros problemas e estimular a higiene. "Aquela Inglaterra não era muito diferente de partes da Índia que encontramos hoje. Isso mostra que esse comprometimento da Unilever com o bem estar social sempre foi um dos componentes do marketing da empresa desde seus primórdios", disse Clift, que revelou à platéia ter adotado um adolescente brasileiro em sua passagem no Brasil nos anos 90. Com a marca Dove, a linha seguiu a valorização da beleza real chamado "Self Esteem Fund" que foca sua comunicação na insegurança de adolescentes e jovens mulheres com sua própria beleza.

Na área de alimentação, programas de incentivo à alimentação saudável também estão na pauta como uma série de 13 programetes de cinco minutos produzidos em parceria com a Discovery Kids que os veicula em alguns países. Clift também contou sobre as políticas de incentivos da Unilever aos plantadores de chá que fornecem suas folhas para a produção da marca Lipton, destacando em seus pontos de venda que a compra do produto ajuda trabalhadores em países africanos e asiáticos. "Compramos hoje 4% da produção mundial dessa matéria prima", afirmou.


Fonte: Por Robert Galbraith, in www.meioemensagem.com.br

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