Em 2007, um suposto cliente começou a espalhar na web informações falsas sobre a Porto Seguro, companhia de seguros e consórcio. Incluiu até informações incorretas sobre a empresa no Wikipedia. Pronto, foi o pontapé que faltava para a empresa começar a buscar conhecimento sobre sua atuação na web e a descobrir como era vista por lá. Para isso, firmou parceria com a E-Life, empresa de monitoração de blogs e redes sociais, e já em 2007 começou uma série de ações na web. “Procuramos formas de melhor posicionar a empresa na web, nos aproximarmos do cotidiano do consumidor e participar do diálogo”, disse Rafael Caetano, gerente de canais eletrônicos da Porto Seguro, durante o E-Life Day, evento que discutiu estratégias de relacionamento em mídias sociais, recentemente em São Paulo.
O Twitter vem sendo um canal muito usado pela empresa. Lá, a empresa mantém a página “Carros Usados”, com 298 seguidores, onde abre espaço para classificados de veículos usados particulares; e a “Atitude positiva”, uma campanha de sustentabilidade da seguradora com outros 394 seguidores. “O que impressiona no Twitter é a velocidade com que as coisas ocorrem e a qualificação das pessoas que estão lá”, ressalta Caetano. Essa velocidade foi sentida no último dia 08 de março quando a seguradora subiu uma campanha na home do site: um pop up trazia a pergunta “Quem dirige melhor?”, e duas opções: o homem, ou a mulher. Só que se o mouse corresse para apertar a opção “homem” uma mãozinha feminina batia no cursor e o forçava a clicar em “mulher”. Uma jornalista gostou da brincadeira e postou o link no seu twitter. Resultado: o site da Porto Seguro passou a receber um número maior do que o normal de visitas. “A partir dessa ação, passamos a imaginar outros desdobramentos e formas de interação”, revela Caetano.
A Tecnisa foi outro case do E-Life Day. Gustavo Reis, gerente de mídia online contou um pouco sobre a trajetória dessa construtora de 32 anos que conquistou o título de vanguardista em relacionamento na web. Tudo começou em 2001, quando foi implantada a área de web, totalmente autônoma e desvinculada de outras áreas tradicionais como marketing, tecnologia ou comercial. “Até então a comunicação do setor se resumia à boa e velha página dupla de jornal”, relembra Reis. A área alcançou brilho próprio: hoje, as vendas online representam 26% do faturamento da empresa. Muitas vezes, o consumidor compra o imóvel sem nem ir ao stand ou conhecer o corretor, é tudo via vídeo-atendimento, telefone e chat”, conta. Um feito e tanto, afinal um imóvel desses chega a custar R$ 500 mil – quantos deixam de comprar um simples cd na web?
O grande trunfo da área está em seu posicionamento agressivo em vendas, sem que isso apareça claramente para o consumidor. Pelo contrário, a abordagem está baseada na transparência e relacionamento. Em também parceria com E-Life, a construtora monitorou o comportamento na web para entender como se dá o processo de escolha, e saber quais atributos entram no processo decisório, para dar o tiro certeiro, afinal não estamos falando aqui de uma compra por impulso. “Queríamos também reforçar a marca já que o consumidor não consegue ver claramente a diferença entre as marcas em construção civil. Sabemos que reputação vende”. Uma das atitudes para facilitar a venda foi é disponibilizar, no próprio site, o máximo de informações possível, como valor do imóvel, condições de pagamento, mapas da região, plantas com metragem e datas de entrega. “Saímos do modelo tradicional de comunicação na web. Não é só banner”.
A construtora também mantém há três anos seu tão divulgado blog corporativo, um dos primeiros do Brasil. Lá estão informações referentes à empresa e ao setor (dúvidas sobre FGTS, dicas de decoração etc), e comentários dos consumidores. Reclamações também são aceitas. “Preferimos receber estas reclamações no nosso espaço do que ver ela pulverizada pela web. Gostamos da expressão ‘roupa suja se lava em casa´”, diz o gerente. No blog, links para outras comunidades mantidas pela empresa, como a do Flickr, onde posta fotos dos empreendimentos; e no You Tube, com vídeos de divulgação de lançamentos. Um deles já foi visto mais de 2.200 vezes. A Tecnisa também está no Twitter, com 212 seguidores. “A intenção é abrir frentes e criar o estímulo da compra”, revela Reis.
Pensando em ir além, a construtora quer aumentar o engajamento deste internauta. Não quer que ele apenas a siga em redes sociais. “Estamos recebendo, via Facebook, idéias para serem implantadas em um projeto de moradia para a terceira idade. Se gostarmos da ideia vamos premiar o autor com R$ 1.500”. Imagine o quanto essa premiação não vai viralizar pela web... Ou ainda, quantos não vão postar a novidade no seu twitter?
Fonte: Por Ticiana Werneck, in www.consumidormoderno.com.br
O Twitter vem sendo um canal muito usado pela empresa. Lá, a empresa mantém a página “Carros Usados”, com 298 seguidores, onde abre espaço para classificados de veículos usados particulares; e a “Atitude positiva”, uma campanha de sustentabilidade da seguradora com outros 394 seguidores. “O que impressiona no Twitter é a velocidade com que as coisas ocorrem e a qualificação das pessoas que estão lá”, ressalta Caetano. Essa velocidade foi sentida no último dia 08 de março quando a seguradora subiu uma campanha na home do site: um pop up trazia a pergunta “Quem dirige melhor?”, e duas opções: o homem, ou a mulher. Só que se o mouse corresse para apertar a opção “homem” uma mãozinha feminina batia no cursor e o forçava a clicar em “mulher”. Uma jornalista gostou da brincadeira e postou o link no seu twitter. Resultado: o site da Porto Seguro passou a receber um número maior do que o normal de visitas. “A partir dessa ação, passamos a imaginar outros desdobramentos e formas de interação”, revela Caetano.
A Tecnisa foi outro case do E-Life Day. Gustavo Reis, gerente de mídia online contou um pouco sobre a trajetória dessa construtora de 32 anos que conquistou o título de vanguardista em relacionamento na web. Tudo começou em 2001, quando foi implantada a área de web, totalmente autônoma e desvinculada de outras áreas tradicionais como marketing, tecnologia ou comercial. “Até então a comunicação do setor se resumia à boa e velha página dupla de jornal”, relembra Reis. A área alcançou brilho próprio: hoje, as vendas online representam 26% do faturamento da empresa. Muitas vezes, o consumidor compra o imóvel sem nem ir ao stand ou conhecer o corretor, é tudo via vídeo-atendimento, telefone e chat”, conta. Um feito e tanto, afinal um imóvel desses chega a custar R$ 500 mil – quantos deixam de comprar um simples cd na web?
O grande trunfo da área está em seu posicionamento agressivo em vendas, sem que isso apareça claramente para o consumidor. Pelo contrário, a abordagem está baseada na transparência e relacionamento. Em também parceria com E-Life, a construtora monitorou o comportamento na web para entender como se dá o processo de escolha, e saber quais atributos entram no processo decisório, para dar o tiro certeiro, afinal não estamos falando aqui de uma compra por impulso. “Queríamos também reforçar a marca já que o consumidor não consegue ver claramente a diferença entre as marcas em construção civil. Sabemos que reputação vende”. Uma das atitudes para facilitar a venda foi é disponibilizar, no próprio site, o máximo de informações possível, como valor do imóvel, condições de pagamento, mapas da região, plantas com metragem e datas de entrega. “Saímos do modelo tradicional de comunicação na web. Não é só banner”.
A construtora também mantém há três anos seu tão divulgado blog corporativo, um dos primeiros do Brasil. Lá estão informações referentes à empresa e ao setor (dúvidas sobre FGTS, dicas de decoração etc), e comentários dos consumidores. Reclamações também são aceitas. “Preferimos receber estas reclamações no nosso espaço do que ver ela pulverizada pela web. Gostamos da expressão ‘roupa suja se lava em casa´”, diz o gerente. No blog, links para outras comunidades mantidas pela empresa, como a do Flickr, onde posta fotos dos empreendimentos; e no You Tube, com vídeos de divulgação de lançamentos. Um deles já foi visto mais de 2.200 vezes. A Tecnisa também está no Twitter, com 212 seguidores. “A intenção é abrir frentes e criar o estímulo da compra”, revela Reis.
Pensando em ir além, a construtora quer aumentar o engajamento deste internauta. Não quer que ele apenas a siga em redes sociais. “Estamos recebendo, via Facebook, idéias para serem implantadas em um projeto de moradia para a terceira idade. Se gostarmos da ideia vamos premiar o autor com R$ 1.500”. Imagine o quanto essa premiação não vai viralizar pela web... Ou ainda, quantos não vão postar a novidade no seu twitter?
Fonte: Por Ticiana Werneck, in www.consumidormoderno.com.br
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