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BoP 3.0: Sustainable Innovations at the Base of the Pyramid

A discussão em Helsinque não foi piada. O que é BoP 3.0? No começo as relações com a população BoP era assim. O rico dizia: "Vai lá, pega essa grana, não é preciso ter vergonha, vai lhe ajudar, um pouquinho pra você tomar um café ali na esquina...".

Para ser simples, direto e objetivo, os países ricos e as multinacionais davam esmolas. Aliás, faziam filantropia, essa é a palavra politicamente correta. Depois chegou o BoP 2.0. "Vamos lhe ajudar, mas você tem que dar algo em troca. Vamos ajudar a sua comunidade, mas vai uma ONG aí para te ajudar em tudo. Vai salvar a comunidade, ensinar a ser cidadão, lhe dar um curso profissionalizante para uma profissão que você nunca vai exercer", enfim...

Agora chegou o BoP 3.0. "Tem uma grana sim, você precisa me apresentar um plano de negócios, se tornar um ser participante do sistema financeiro, do sistema legal, precisa existir, e ser participante (cidadão). Não é mais uma relação de assistencialista, mas sim de mútua confiança".

Como a minha sócia Carol Escorel fala sabiamente: "Porra!!! Isso é capitalismo inclusivo".

Para encerrar, quero esclarecer que este foi um seminário cujo objetivo não era a discussão sobre comunicação e/ou marketing para a Base da Pirâmide. Mas que todos, absolutamente todos, incluíram em suas palestras em suas palestras a necessidade de um design específico para os países emergentes (o nosso!).

Um design de produto, de serviço, de marketing, de comunicação.Pois é, para mim o grande resumo disso tudo, o que parece que vai realmente ajudar as grandes massas de gente do mundo felizmente ou infelizmente ­não são as idéias de esquerda, de direita, da política, mas sim, a economia.Como falava o marqueteiro político do Bill Clinton: "It's the economy, stupidy".


Fonte: Por André Torreta, in www.meioemensagem.com.br

Comentários

Vanildo disse…
Sua explicação simplifica demais a discussão Fábio. Te aconselho ler o artigo BoP protocol de Simanis & Hart (2008)para entender melhor a passagem de 1.0 para 2.0,, ou seja através da co-creation and deep dialogue, não através de ONGs, mas diretamente com a comunidade.
No mais, concordo que a maioria das iniciativas BoP até agora têm sido exatamente o que sua amiga Carol afirma. Tentando resolver os problemas do capitalismos com mais capitalismo ou como se fala no meio, através da conquista da última fronteira do capitalismo. Estaríamos desviando atenção das causas, atacando os sintomas???
Independente de linha política, dá uma olhada no que se fala de tecnologias sociais no Brasil, acho muito mais apropriado do que o BoP. Apesar de ter muita gente boa por trás dos estudos BoP.
Abraço
Caro Vanildo, obrigado pela sua participação no blog. Apenas uma ressalva: o texto não é de minha autoria, mas sim do André Torreta, que escreveu ele no portal meio e mensagem.

Abraço!

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