Uma das figuras mais importantes para o desempenho administrativo e operacional de qualquer empresa é o gerente. Por isso, uma reflexão aprofundada sobre as competências fundamentais para o exercício da função é sempre oportuna. E é isso o que ocorre em "Gerência em Sete Passos", terceiro livro de Jan Wiegerinck, lançado esta semana.
Segundo Wiegerinck, o gestor competente precisa ter conhecimento e domínio das capacidades e ferramentas essenciais para a atividade. Tal afirmação tem como base uma experiência de mais de quatro décadas de dedicação à administração de talentos humanos. Mas mesmo com tanto conhecimento, Wiegerinck não tira o pés do chão. Para ele, gerenciar significa, acima de tudo, ser responsável pelo desempenho de outras pessoas, conhecê-las e saber se relacionar com elas.
Segundo ele, o gerente que desejar melhorar a eficácia do seu trabalho precisa seguir sete passos básicos, que formam uma espécie de sistema que conduz ao aumento da objetividade no trabalho. "Acho muito importante que o profissional trabalhe com metas. Ele tem que ser disciplinado. Isso é fundamental." adverte. "Os sete passos precisam ser seguidos em seqüência. Não adiante fazer o quinto passo antes do primeiro, pois não vai funcionar. E eles formam um círculo. Após o último, deve-se retornar ao primeiro. O processo nunca termina", explica.
Passo a passo para o sucesso
O primeiro dos mandamentos, de acordo com Wiegerinck, é determinar objetivos. "Primeiro, o gerente precisa saber o que quer", afirma. Na seqüência, vem o planejamento. Essas etapas iniciais dão suporte ao terceiro passo do processo, que é a organização.
De acordo com o autor, essa não é uma tarefa simples, mas a falta dela gera anarquia. Ao mesmo tempo, uma preocupação exagerada com a organização conduz à burocracia, ao desperdício e à ineficácia. Por isso, o gerente deve sempre estar atento à necessidade de simplificar, reduzir controles e ampliar a obrigação de prestar contas.
A etapa seguinte é a estruturação do próprio trabalho. Após os quatro passos iniciais, chega-se ao momento mais difícil do roteiro, na opinião de Wiegerinck, que é a transformação de pessoas em equipe. "Fazer com que todos se entendam, colaborem e tenham capacidades complementares: isso é um verdadeiro desafio", assinala o especialista.
Para Wiegerinck, o gestor que pretende ultrapassar essa barreira precisa, em primeiro lugar, manter a humildade. "Além disso, é necessário saber escutar, já que formar uma verdadeira equipe não tem nada a ver com distribuir ordens."
Segundo ele, ser competente também é fundamental para quem deseja se tornar um líder de equipe. Afinal, nenhum gerente que cometa erros excessivos é respeitado por seus subordinados.
O fato do quinto passo ser um desafio e tanto não o torna mais importante que os demais. "Todas as etapas são importantes. Sem uma delas, o gerente não será eficaz. É como um carro: o carburador é mais importante que o freio? Claro que não. O carro até anda sem freio, mas se torna perigoso", brinca.
O sexto mandamento para que o gestor se torne eficaz é a avaliação de desempenho (da empresa, de si mesmo, da equipe e de cada um dos colaboradores). Porém, muitas vezes, os profissionais se esquivam da tarefa. "Há um certa preguiça em mensurar. Os gerentes não são sistemáticos, não colocam o preto no branco. Mas mensurar é importantíssimo", afirma, lembrando que a finalidade dessa etapa é verificar se os objetivos inicialmente definidos foram concretizados e se o planejamento foi cumprido, o que permite compreender as causas dos êxitos e dos fracassos.
O último passo do círculo do processo gerencial elaborado por Wiegerinck é a mudança. Ela, por sua vez, reconduz o gerente ao início do sistema, pois produz a reformulação dos objetivos. "Mudar é importante porque tudo muda: a profissão, a tecnologia, as necessidades do clientes, o cenário econômico, etc", observa. "Na verdade, trata-se de uma adaptação a uma realidade diferente."
As qualidades do gerente
No seu novo livro, Wiegerinck também relaciona as qualidades que todo gerente deve ter. Elas incluem coragem, confiabilidade e credibilidade, diligência e dinamismo, entusiamo, franqueza, humildade, integridade, justiça e honestidade, parcimônia, perseverança, pontualidade e responsabilidade. Segundo o livro, tais qualidades estão presentes de maneira latente nas atitudes de todas as pessoas, mas podem ser alimentadas e desenvolvidas ou reduzidas e até eliminadas.
Wiegerinck é presidente da Gelre, uma das maiores empresa de relações humanas do País, com 102 escritórios nas capitais e principais cidades brasileiras. Desde sua fundação, em 1963, a empresa já empregou mais de 3,5 milhões de pessoas. Hoje, conta com 22 mil trabalhadores na folha de pagamento mensal.
Fonte: Por João Paulo Freitas, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 8
Segundo Wiegerinck, o gestor competente precisa ter conhecimento e domínio das capacidades e ferramentas essenciais para a atividade. Tal afirmação tem como base uma experiência de mais de quatro décadas de dedicação à administração de talentos humanos. Mas mesmo com tanto conhecimento, Wiegerinck não tira o pés do chão. Para ele, gerenciar significa, acima de tudo, ser responsável pelo desempenho de outras pessoas, conhecê-las e saber se relacionar com elas.
Segundo ele, o gerente que desejar melhorar a eficácia do seu trabalho precisa seguir sete passos básicos, que formam uma espécie de sistema que conduz ao aumento da objetividade no trabalho. "Acho muito importante que o profissional trabalhe com metas. Ele tem que ser disciplinado. Isso é fundamental." adverte. "Os sete passos precisam ser seguidos em seqüência. Não adiante fazer o quinto passo antes do primeiro, pois não vai funcionar. E eles formam um círculo. Após o último, deve-se retornar ao primeiro. O processo nunca termina", explica.
Passo a passo para o sucesso
O primeiro dos mandamentos, de acordo com Wiegerinck, é determinar objetivos. "Primeiro, o gerente precisa saber o que quer", afirma. Na seqüência, vem o planejamento. Essas etapas iniciais dão suporte ao terceiro passo do processo, que é a organização.
De acordo com o autor, essa não é uma tarefa simples, mas a falta dela gera anarquia. Ao mesmo tempo, uma preocupação exagerada com a organização conduz à burocracia, ao desperdício e à ineficácia. Por isso, o gerente deve sempre estar atento à necessidade de simplificar, reduzir controles e ampliar a obrigação de prestar contas.
A etapa seguinte é a estruturação do próprio trabalho. Após os quatro passos iniciais, chega-se ao momento mais difícil do roteiro, na opinião de Wiegerinck, que é a transformação de pessoas em equipe. "Fazer com que todos se entendam, colaborem e tenham capacidades complementares: isso é um verdadeiro desafio", assinala o especialista.
Para Wiegerinck, o gestor que pretende ultrapassar essa barreira precisa, em primeiro lugar, manter a humildade. "Além disso, é necessário saber escutar, já que formar uma verdadeira equipe não tem nada a ver com distribuir ordens."
Segundo ele, ser competente também é fundamental para quem deseja se tornar um líder de equipe. Afinal, nenhum gerente que cometa erros excessivos é respeitado por seus subordinados.
O fato do quinto passo ser um desafio e tanto não o torna mais importante que os demais. "Todas as etapas são importantes. Sem uma delas, o gerente não será eficaz. É como um carro: o carburador é mais importante que o freio? Claro que não. O carro até anda sem freio, mas se torna perigoso", brinca.
O sexto mandamento para que o gestor se torne eficaz é a avaliação de desempenho (da empresa, de si mesmo, da equipe e de cada um dos colaboradores). Porém, muitas vezes, os profissionais se esquivam da tarefa. "Há um certa preguiça em mensurar. Os gerentes não são sistemáticos, não colocam o preto no branco. Mas mensurar é importantíssimo", afirma, lembrando que a finalidade dessa etapa é verificar se os objetivos inicialmente definidos foram concretizados e se o planejamento foi cumprido, o que permite compreender as causas dos êxitos e dos fracassos.
O último passo do círculo do processo gerencial elaborado por Wiegerinck é a mudança. Ela, por sua vez, reconduz o gerente ao início do sistema, pois produz a reformulação dos objetivos. "Mudar é importante porque tudo muda: a profissão, a tecnologia, as necessidades do clientes, o cenário econômico, etc", observa. "Na verdade, trata-se de uma adaptação a uma realidade diferente."
As qualidades do gerente
No seu novo livro, Wiegerinck também relaciona as qualidades que todo gerente deve ter. Elas incluem coragem, confiabilidade e credibilidade, diligência e dinamismo, entusiamo, franqueza, humildade, integridade, justiça e honestidade, parcimônia, perseverança, pontualidade e responsabilidade. Segundo o livro, tais qualidades estão presentes de maneira latente nas atitudes de todas as pessoas, mas podem ser alimentadas e desenvolvidas ou reduzidas e até eliminadas.
Wiegerinck é presidente da Gelre, uma das maiores empresa de relações humanas do País, com 102 escritórios nas capitais e principais cidades brasileiras. Desde sua fundação, em 1963, a empresa já empregou mais de 3,5 milhões de pessoas. Hoje, conta com 22 mil trabalhadores na folha de pagamento mensal.
Fonte: Por João Paulo Freitas, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 8
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