Se o networking é, para as relações profissionais, uma prática necessária e fundamental para a construção de redes de contato, o cartão de visita, seus modos, etiqueta e funcionalidade, torna-se o objeto mais tangível dessa prática. É preciso saber seus significados e sua utilização correta no dia-a-dia. Afinal, materialmente o cartão é o que se entrega e o que se recebe num primeiro contato. Influencia e reforça as opiniões, além de deixar disponíveis informações para abordagens posteriores.
Há várias histórias sobre sua origem, uma delas conta que o cartão de visita surgiu durante o século XIX. Era utilizado pelas senhoras da sociedade vitoriana em suas visitas para que fossem apresentadas pelos condutores de suas carruagens às pessoas de uma determinada casa. O condutor apresentava um cartão com o nome e título da senhora, que aguardava na carruagem e, se a dona da casa desejasse sua visita, o condutor abriria a porta da carruagem. Caso contrário, a carruagem iria embora, sem expor sua passageira a uma situação constrangedora.
O cartão de visita, portanto, surgiu como peça identificadora e ele ainda carrega esse significado: diz quem a pessoa é, de onde vem e como pode ser localizada. Além disso, todo seu ritual de entrega também transmite significados. Então, o cartão de visita profissional é, para a prática do networking, parte importante que merece atenção especial. Sobre isso, alguns cuidados:
• Ritual da entrega: é costume trocar cartões no início da conversa. Não espere a pessoa entregar o dela, entregue o seu e, se a pessoa não sugerir que irá entregar o dela, peça objetivamente. Não há constrangimento nisso. Se a pessoa não tiver um cartão, tome a iniciativa, pegue uma caneta e anote os dados dela. Isso demonstrará seu interesse em manter a relação e valorizará a pessoa.
• Leia e faça comentário: ao receber um cartão, leia-o. Fique quatro, cinco segundos lendo o cartão - isso demonstrará sua atenção com quem a pessoa é - e busque, nas informações, um assunto para dar continuidade a conversa.
• Mantenha o cartão à mão: não pegue o cartão da pessoa e guarde. Fique com ele, segure junto com o seu porta-cartão. Isso, além de valorizar o cartão da pessoa, ajudará você a memorizar os dados dela e buscar mais facilmente, caso esqueça.
• Estabeleça um gancho: busque sempre levar o diálogo para que possa fazer um contato posterior, por e-mail, prometendo enviar alguma informação para a pessoa. Aí entra a capacidade de buscar ajudar, que é a força motriz do bom networking – “ajudando nos tornamos relevantes, lembrados e queridos”.
• Após o contato, anote: escreva no verso do cartão de cada pessoa palavras-chaves que irão te ajudar a reconhecê-la posteriormente. Num evento ou mesmo numa reunião de trabalho, é possível fazer vários contatos e, também, confundi-los.
• Dê feedback em 48 horas: prometa o acertado em, no máximo, 48 horas. Se, por exemplo, prometeu enviar uma matéria sobre um assunto do interesse da pessoa, faça isso dentro desse prazo. Isso demonstrará sua atenção, ajudará para que seja lembrado e firmará um contato mais relevante entre as partes. Lembre-se que a pessoa também pode ter conhecido outras pessoas no mesmo evento. É preciso, portanto, diferenciar-se para se manter lembrado.
• Registre as informações: o último passo é deixar registrado, numa base única, como o MS Excel, as informações dos cartões. É incrível, mas temos dados espalhados em diversos “bancos”: agenda, Outlook, webmail, Palm, celular, cadernos etc. Isso é problemático, pois dificulta nossa busca e facilita a perda de dados. Pois isso, concentre numa única base: isso ajudará a visualizar quem você conhece.
• Classifique e pratique networking: por fim, para manter seus contatos ativos, é fundamental buscar classificá-los e agrupá-los por semelhança. Além disso, é bom compreender quem são seus contatos mais importantes conforme seus objetivos junto ao networking, que podem ser empresariais - como conquistar novos clientes e estabelecer novas parcerias - ou ligados à empregabilidade - como conseguir promoções internas e novos empregos.
Por tudo isso, dê mais atenção ao cartão de visita. Evite seu uso com displicência e transforme-o numa ferramenta de trabalho. Se contato é tudo na vida, precisamos trabalhá-lo com disciplina, mas também com harmonia, empatia e boas intenções. Afinal, pessoas, antes de tudo e de qualquer interesse, são pessoas. E como foi afirmado, é ajudando que somos ajudados. Então, mobilize-se para as pessoas.
Fonte: Por Marcelo Miyashita, in www.mundodomarketing.com.br
Há várias histórias sobre sua origem, uma delas conta que o cartão de visita surgiu durante o século XIX. Era utilizado pelas senhoras da sociedade vitoriana em suas visitas para que fossem apresentadas pelos condutores de suas carruagens às pessoas de uma determinada casa. O condutor apresentava um cartão com o nome e título da senhora, que aguardava na carruagem e, se a dona da casa desejasse sua visita, o condutor abriria a porta da carruagem. Caso contrário, a carruagem iria embora, sem expor sua passageira a uma situação constrangedora.
O cartão de visita, portanto, surgiu como peça identificadora e ele ainda carrega esse significado: diz quem a pessoa é, de onde vem e como pode ser localizada. Além disso, todo seu ritual de entrega também transmite significados. Então, o cartão de visita profissional é, para a prática do networking, parte importante que merece atenção especial. Sobre isso, alguns cuidados:
• Ritual da entrega: é costume trocar cartões no início da conversa. Não espere a pessoa entregar o dela, entregue o seu e, se a pessoa não sugerir que irá entregar o dela, peça objetivamente. Não há constrangimento nisso. Se a pessoa não tiver um cartão, tome a iniciativa, pegue uma caneta e anote os dados dela. Isso demonstrará seu interesse em manter a relação e valorizará a pessoa.
• Leia e faça comentário: ao receber um cartão, leia-o. Fique quatro, cinco segundos lendo o cartão - isso demonstrará sua atenção com quem a pessoa é - e busque, nas informações, um assunto para dar continuidade a conversa.
• Mantenha o cartão à mão: não pegue o cartão da pessoa e guarde. Fique com ele, segure junto com o seu porta-cartão. Isso, além de valorizar o cartão da pessoa, ajudará você a memorizar os dados dela e buscar mais facilmente, caso esqueça.
• Estabeleça um gancho: busque sempre levar o diálogo para que possa fazer um contato posterior, por e-mail, prometendo enviar alguma informação para a pessoa. Aí entra a capacidade de buscar ajudar, que é a força motriz do bom networking – “ajudando nos tornamos relevantes, lembrados e queridos”.
• Após o contato, anote: escreva no verso do cartão de cada pessoa palavras-chaves que irão te ajudar a reconhecê-la posteriormente. Num evento ou mesmo numa reunião de trabalho, é possível fazer vários contatos e, também, confundi-los.
• Dê feedback em 48 horas: prometa o acertado em, no máximo, 48 horas. Se, por exemplo, prometeu enviar uma matéria sobre um assunto do interesse da pessoa, faça isso dentro desse prazo. Isso demonstrará sua atenção, ajudará para que seja lembrado e firmará um contato mais relevante entre as partes. Lembre-se que a pessoa também pode ter conhecido outras pessoas no mesmo evento. É preciso, portanto, diferenciar-se para se manter lembrado.
• Registre as informações: o último passo é deixar registrado, numa base única, como o MS Excel, as informações dos cartões. É incrível, mas temos dados espalhados em diversos “bancos”: agenda, Outlook, webmail, Palm, celular, cadernos etc. Isso é problemático, pois dificulta nossa busca e facilita a perda de dados. Pois isso, concentre numa única base: isso ajudará a visualizar quem você conhece.
• Classifique e pratique networking: por fim, para manter seus contatos ativos, é fundamental buscar classificá-los e agrupá-los por semelhança. Além disso, é bom compreender quem são seus contatos mais importantes conforme seus objetivos junto ao networking, que podem ser empresariais - como conquistar novos clientes e estabelecer novas parcerias - ou ligados à empregabilidade - como conseguir promoções internas e novos empregos.
Por tudo isso, dê mais atenção ao cartão de visita. Evite seu uso com displicência e transforme-o numa ferramenta de trabalho. Se contato é tudo na vida, precisamos trabalhá-lo com disciplina, mas também com harmonia, empatia e boas intenções. Afinal, pessoas, antes de tudo e de qualquer interesse, são pessoas. E como foi afirmado, é ajudando que somos ajudados. Então, mobilize-se para as pessoas.
Fonte: Por Marcelo Miyashita, in www.mundodomarketing.com.br
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