Quase todas as empresas (93%) utilizam programas de remuneração variada. Quatro em cada cinco companhias (81%) oferecem planos de participação em lucros e resultados e 56% delas garantem aos funcionários bônus por desempenho. Além disso, maior parte das empresas tem investido na formalização das práticas de administração salarial. Estas são algumas conclusões da Pesquisa de Aumentos Salariais apresentada ontem pela Hewitt Associates, em São Paulo.
Segundo o levantamento, as companhias estão mais seletivas na concessão dos aumentos salariais por mérito. No total, 61% delas adotam matrizes para a verificação objetiva dos desempenhos (em 2005, este índice era de 55%). Para se ter uma idéia da importância que o assunto vem ganhando no meio empresarial, 42% das companhias treinam os gestores para a concessão de aumento (no ano anterior, o índice era de 28%).
Segundo o diretor da área de remuneração da consultoria, Renato Rovina, as empresas não estão criando, mas sim revisando suas metodologias para a concessão de aumentos salariais. "Elas buscam menos subjetividade. Por isso, estão investindo muito em uma forma de diferenciar seus profissionais por seus méritos".
A consultora sênior da Hewitt, Patrícia Hanai, afirma que a abertura de capital é um dos principais motivos que têm levado as companhias a buscarem critérios mais transparentes de promoção e valorização de seus quadros. "Com isso, a personalização neste processo tende a diminuir cada vez mais", acredita.
O levantamento, realizado anualmente pela consultoria em 35 países, entrevistou 345 executivos, de 126 empresas que atuam no País. As companhias consultadas são dos setores de alimentação, agronegócios, automotivo, bens de consumo, comércio (atacado e varejo), eletro-eletrônico, farmacêutico e químico, entre outros. Maior parte das empresas (55%) têm os Estados Unidos como país de origem. Outras 19% são brasileiras, enquanto 7% são francesas e 6%, alemãs.
Percentuais maiores no topo
De acordo com o levantamento, os executivos receberam, em média, 7,5% de aumento salarial total em 2007, contra 8% dos profissionais intermediários. Para o ano que vem, a projeção de aumento para os gestores é de 7,6%, contra 7,7% dos profissionais.
Por outro lado, os executivos são os que obtêm maiores aumentos salariais por méritos, na comparação com as demais categorias. Em 2007, estes incrementos salariais para os executivos ficaram entre 3,6% e 15,2%. Já os líderes receberam, no máximo, 14,2% de aumento, contra 14,5% de elevação para os profissionais intermediários.
Os executivos também recebem o maior número de salários múltiplos em relação à sua remuneração mensal. Além dos salários acordados no contrato - a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê 13 salários por ano, mas algumas empresas chegam a pagar 15 -, um presidente recebeu em 2007 um total de 5,7 salários como remuneração variável. Já os diretores receberam 5,1 salários extras, contra 3,1 de gerentes, 1,7 de supervisores e 1,4 de profissionais intermediários.
A pesquisa da Hewitt confirma uma tendência já apontada em trabalhos similares. Um levantamento realizado pela Watson Wyatt junto a 153 empresas de vários setores mostrou que os chamados incentivos de longo prazo (ILPs) ainda são restritos aos níveis hierárquicos mais elevados. Segundo o estudo, divulgado em setembro, atualmente os ILPs estão presentes em cerca de um terço (32%) das companhias consultadas (88% delas, multinacionais).
Fonte: Por Marcelo Monteiro, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
Segundo o levantamento, as companhias estão mais seletivas na concessão dos aumentos salariais por mérito. No total, 61% delas adotam matrizes para a verificação objetiva dos desempenhos (em 2005, este índice era de 55%). Para se ter uma idéia da importância que o assunto vem ganhando no meio empresarial, 42% das companhias treinam os gestores para a concessão de aumento (no ano anterior, o índice era de 28%).
Segundo o diretor da área de remuneração da consultoria, Renato Rovina, as empresas não estão criando, mas sim revisando suas metodologias para a concessão de aumentos salariais. "Elas buscam menos subjetividade. Por isso, estão investindo muito em uma forma de diferenciar seus profissionais por seus méritos".
A consultora sênior da Hewitt, Patrícia Hanai, afirma que a abertura de capital é um dos principais motivos que têm levado as companhias a buscarem critérios mais transparentes de promoção e valorização de seus quadros. "Com isso, a personalização neste processo tende a diminuir cada vez mais", acredita.
O levantamento, realizado anualmente pela consultoria em 35 países, entrevistou 345 executivos, de 126 empresas que atuam no País. As companhias consultadas são dos setores de alimentação, agronegócios, automotivo, bens de consumo, comércio (atacado e varejo), eletro-eletrônico, farmacêutico e químico, entre outros. Maior parte das empresas (55%) têm os Estados Unidos como país de origem. Outras 19% são brasileiras, enquanto 7% são francesas e 6%, alemãs.
Percentuais maiores no topo
De acordo com o levantamento, os executivos receberam, em média, 7,5% de aumento salarial total em 2007, contra 8% dos profissionais intermediários. Para o ano que vem, a projeção de aumento para os gestores é de 7,6%, contra 7,7% dos profissionais.
Por outro lado, os executivos são os que obtêm maiores aumentos salariais por méritos, na comparação com as demais categorias. Em 2007, estes incrementos salariais para os executivos ficaram entre 3,6% e 15,2%. Já os líderes receberam, no máximo, 14,2% de aumento, contra 14,5% de elevação para os profissionais intermediários.
Os executivos também recebem o maior número de salários múltiplos em relação à sua remuneração mensal. Além dos salários acordados no contrato - a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê 13 salários por ano, mas algumas empresas chegam a pagar 15 -, um presidente recebeu em 2007 um total de 5,7 salários como remuneração variável. Já os diretores receberam 5,1 salários extras, contra 3,1 de gerentes, 1,7 de supervisores e 1,4 de profissionais intermediários.
A pesquisa da Hewitt confirma uma tendência já apontada em trabalhos similares. Um levantamento realizado pela Watson Wyatt junto a 153 empresas de vários setores mostrou que os chamados incentivos de longo prazo (ILPs) ainda são restritos aos níveis hierárquicos mais elevados. Segundo o estudo, divulgado em setembro, atualmente os ILPs estão presentes em cerca de um terço (32%) das companhias consultadas (88% delas, multinacionais).
Fonte: Por Marcelo Monteiro, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
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