Se os produtos estão cada vez mais parecidos, se o consumidor não é mais o mesmo, as ações de marketing é que precisam mudar. Há até quem já pense em fazer campanha política pelo Second Life e aqueles que buscam um caminho que passa pela inovação para se diferenciarem. Em comum, a necessidade de se aproximar do potencial cliente, mostrar suas qualidades únicas e fidelizá-lo. Se vender um apartamento pelos meios tradicionais é difícil, por que não tentar fisgar o cliente pela Internet? Foi isso que a Tecnisa fez.
A construtora foi a primeira a comercializar seus produtos pela web em 2001 e hoje, 30% das vendas são concretizadas pela rede, o que traz um faturamento de R$ 150 milhões. O atendimento é feito por 20 corretores até a meia noite e em breve será estendido para as 24h do dia. “O cliente não tem tempo para ver imóveis e prefere fazer isso no sossego do seu lar”, afirma Romeo Busarello, Diretor de Marketing da companhia e Professor de Marketing Estratégico do MBA executivo na ESPM.
A Tecnisa também foi a primeira a posicionar suas vendas para o público gay. Como resultado, tem 12% de seus clientes com este perfil sem construir apartamentos cor de rosa, mas fazendo publicidade segmentada e atendendo este público com a mesma presteza dos demais a partir de um estudo de comportamento. Nas áreas comuns dos prédios há ainda o PetCare, um espaço destinado a receber profissionais especializados e todos os utensílios necessários para cuidar de animais, desde banho e tosa até aplicação de vacina. “Estudamos e pesquisamos muito para buscar o que há de mais moderno não só no mercado imobiliário, mas em outros segmentos e empresas de sucesso”, explica Busarello em entrevista ao Mundo do Marketing.
O mundo mudou
O consumidor passivo, aquele com comportamento previsível, que escuta rádio ou lê jornal no caminho para o trabalho e na volta para casa, que senta diante da TV para assistir ao Jornal Nacional e à novela das oito, é uma espécie em extinção, afirma Mentor Muniz Neto (foto), Vice-Presidente de Criação da Bullet. Por isso, os profissionais estão se valendo de uma infinidade de ferramentas para encontrar um consumidor muito mais difícil de se agarrar do que no passado. A Bullet chama de Talkability o conjunto de ferramentas diferenciadas.
Numa das ações de marketing fora do comum, a Bullet produziu uma ação com “robôs” para o lançamento do Audi A3 Sportback a partir da idéia da Almap-BBDO. As máquinas foram colocadas em plena rua para esculpir o veículo em escala real que seria lançado durante o Salão do Automóvel e a ação promocional pôde ser acompanhada ao vivo pela internet. “Os resultados têm sido altamente compensadores para nossos clientes e nos indicam que realmente está tomando forma, nos planos de marketing, uma inteligência nova, voltada a um trabalho de comunicação multidisciplinar”, conta Muniz Neto.
Quando o produto ainda não é percebido como de consumo, como os alimentos, a tarefa de criar ações de marketing diferenciadas para promovê-los pode ser uma tarefa ainda mais complexa. É o caso das Tintas Suvinil. A empresa do grupo Basf sabe que, para muitas pessoas, pintar a casa ainda é visto como um investimento que deve ser programado e que dá trabalho. Por isso, a companhia criou o Suvinil ColorTest, uma forma de produzir a quantidade certa para pintar um pedaço de parede com o objetivo de testar sua aplicação nos ambientes.
Desafios
O novo produto toca numa ferida da companhia, já que é preciso estimular o consumidor brasileiro a utilizar mais cores na decoração e a trocá-las de tempos em tempos. Lançado há dois anos, o dispositivo espalhado por centenas de pontos de vendas nasceu a partir de uma ação conjunta de áreas da empresa como tecnologia, comunicação, produção, gerência de produtos e de marketing. “O ColorTeste veio para atender a esta demanda”, aponta Mirian Zanchetta, gerente de Propaganda e Promoção da Suvinil. “Assim, o consumidor pinta, se acostuma e depois compra a tinta”, atesta em entrevista ao site.
Para estimular o consumidor, a Suvinil já investiu R$ 200 milhões em marketing entre os anos de 2006 e 2007. Mas não é preciso tanto dinheiro para realizar ações inovadoras de marketing, garante Romeo Busarello, da Tecnisa. “O profissional de marketing que só trabalha da cabeça para baixo será um grande executador, mas vai ter uma escassez de idéias muito grande e, para ter idéias, é preciso ler, sem esquecer de ter uma boa rede de relacionamento”, ressalta.
Fonte: Por Bruno Mello, in www.mundodomarketing.com.br
A construtora foi a primeira a comercializar seus produtos pela web em 2001 e hoje, 30% das vendas são concretizadas pela rede, o que traz um faturamento de R$ 150 milhões. O atendimento é feito por 20 corretores até a meia noite e em breve será estendido para as 24h do dia. “O cliente não tem tempo para ver imóveis e prefere fazer isso no sossego do seu lar”, afirma Romeo Busarello, Diretor de Marketing da companhia e Professor de Marketing Estratégico do MBA executivo na ESPM.
A Tecnisa também foi a primeira a posicionar suas vendas para o público gay. Como resultado, tem 12% de seus clientes com este perfil sem construir apartamentos cor de rosa, mas fazendo publicidade segmentada e atendendo este público com a mesma presteza dos demais a partir de um estudo de comportamento. Nas áreas comuns dos prédios há ainda o PetCare, um espaço destinado a receber profissionais especializados e todos os utensílios necessários para cuidar de animais, desde banho e tosa até aplicação de vacina. “Estudamos e pesquisamos muito para buscar o que há de mais moderno não só no mercado imobiliário, mas em outros segmentos e empresas de sucesso”, explica Busarello em entrevista ao Mundo do Marketing.
O mundo mudou
O consumidor passivo, aquele com comportamento previsível, que escuta rádio ou lê jornal no caminho para o trabalho e na volta para casa, que senta diante da TV para assistir ao Jornal Nacional e à novela das oito, é uma espécie em extinção, afirma Mentor Muniz Neto (foto), Vice-Presidente de Criação da Bullet. Por isso, os profissionais estão se valendo de uma infinidade de ferramentas para encontrar um consumidor muito mais difícil de se agarrar do que no passado. A Bullet chama de Talkability o conjunto de ferramentas diferenciadas.
Numa das ações de marketing fora do comum, a Bullet produziu uma ação com “robôs” para o lançamento do Audi A3 Sportback a partir da idéia da Almap-BBDO. As máquinas foram colocadas em plena rua para esculpir o veículo em escala real que seria lançado durante o Salão do Automóvel e a ação promocional pôde ser acompanhada ao vivo pela internet. “Os resultados têm sido altamente compensadores para nossos clientes e nos indicam que realmente está tomando forma, nos planos de marketing, uma inteligência nova, voltada a um trabalho de comunicação multidisciplinar”, conta Muniz Neto.
Quando o produto ainda não é percebido como de consumo, como os alimentos, a tarefa de criar ações de marketing diferenciadas para promovê-los pode ser uma tarefa ainda mais complexa. É o caso das Tintas Suvinil. A empresa do grupo Basf sabe que, para muitas pessoas, pintar a casa ainda é visto como um investimento que deve ser programado e que dá trabalho. Por isso, a companhia criou o Suvinil ColorTest, uma forma de produzir a quantidade certa para pintar um pedaço de parede com o objetivo de testar sua aplicação nos ambientes.
Desafios
O novo produto toca numa ferida da companhia, já que é preciso estimular o consumidor brasileiro a utilizar mais cores na decoração e a trocá-las de tempos em tempos. Lançado há dois anos, o dispositivo espalhado por centenas de pontos de vendas nasceu a partir de uma ação conjunta de áreas da empresa como tecnologia, comunicação, produção, gerência de produtos e de marketing. “O ColorTeste veio para atender a esta demanda”, aponta Mirian Zanchetta, gerente de Propaganda e Promoção da Suvinil. “Assim, o consumidor pinta, se acostuma e depois compra a tinta”, atesta em entrevista ao site.
Para estimular o consumidor, a Suvinil já investiu R$ 200 milhões em marketing entre os anos de 2006 e 2007. Mas não é preciso tanto dinheiro para realizar ações inovadoras de marketing, garante Romeo Busarello, da Tecnisa. “O profissional de marketing que só trabalha da cabeça para baixo será um grande executador, mas vai ter uma escassez de idéias muito grande e, para ter idéias, é preciso ler, sem esquecer de ter uma boa rede de relacionamento”, ressalta.
Fonte: Por Bruno Mello, in www.mundodomarketing.com.br
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