Caso existisse o empregado ideal, com o qual todos gostariam de trabalhar, esse deveria apresentar certas virtudes essenciais. Segundo um estudo recente da Cátenon, empresa espanhola de seleção de pessoal, o candidato ideal para qualquer companhia deveria reunir a criatividade, inovação e imaginação de J.K. Rowling (a autora da saga de Harry Potter), a mente aberta e multicultural de Vigo Mortensen (ator), e o senso de orientação e resultados de Fernando Alonso (bicampeão mundial de Fórmula-1).
Aparentemente, ser chefe de um funcionário com essas qualidades seria um paraíso. Entretanto, esse não é o caso de alguns executivos, que enfrentam certos empregados "destruidores de chefes", capazes de fazer com que qualquer superior levante a bandeira branca. O departamento de pesquisas da Otto Walter realizou um estudo, no qual 650 executivos opinaram sobre os tipos de comportamento mais irritantes de subordinados diretos que precisaram suportar.
A análise permitiu agrupar esses empregados em sete grandes categorias, que refletem 97,2% dos comportamentos mais exasperantes e prejudiciais dos subordinados, que merecem o apelido de "tóxicos", devido ao dano que causam às companhias. A primeira categoria é formada pelos "provocadores de conflitos." Cerca de 90% dos chefes dizem ter enfrentado funcionários que geram, de vez em quando, situações desesperadoras.
A segunda categoria é a do causador de greves ou morosidade. Para Paco Muro, principal executivo de Otto Walter, "a sobrevivência da empresa e, portanto, dos postos de trabalho que gera, depende hoje mais do que nunca, de obter uma grande produtividade, e que a equipe renda em alto nível." Muro acrescenta, entretanto, que cerca de 62% dos executivos disseram ter enfrentado empregados com algumas das condutas mais irritantes, o ócio e a embromação, enquanto apenas fingem trabalhar. "Isso afeta brutalmente o grupo."
O informe assinala que "aparentemente a solução é fácil: despedir esse tipo de funcionário. Entretanto, nem sempre as coisas são assim fáceis, pois em certos casos esses mesmos empregados ocupam cargos em sindicatos que os protegem e que, ao mesmo tempo, são afetados, porque a imagem do sindicato perde, diante de um representante tão relapso. Além disso, despedir esse tipo de pessoa, às vezes, é muito dispendioso, e outras vezes o chefe simplesmente não tem autoridade suficiente para mandá-lo embora."
A terceira categoria é a dos "incompetentes." O principal executivo da Otto Walter adverte sobre as enormes dificuldades para despedi-los. "Com freqüência, um executivo que denuncia tal subordinado, ouve as seguintes frases: ‘agüenta, porque não é o momento’ ou ‘sabemos que é incompetente, mas não temos com quem substituí-lo’." Tudo isso o chefe deve ouvir, mas os objetivos ou os resultados exigidos pela empresa continuam a ser os mesmos, e é preciso alcançá-los.
A quarta situação, muito grave, é a de que "cerca de 40% dos chefes e gestores já foram alvo de fraude, mentiras e roubos por parte de funcionários nos quais confiavam plenamente." O presidente da Otto Walter assegura que "diante dos fatos apresentados, é preciso ser muito forte para superar tal situação sem perder a cabeça." Cada vez que um executivo vive tal experiência, sente uma grande decepção e poderá passar a desconfiar de todos por causa de um. "Entretanto, a maioria supera esse choque e prefere ver nesse tipo de empregado desonesto uma exceção."
A categoria seguinte é muito irritante. Segundo Otto Walter, um em cada três executivos (ou 33%) já enfrentou empregados que perdem tempo intencionalmente, por exemplo, cuidando de assuntos particulares, causando assim uma falta de coordenação na equipe. Isso, segundo ele, dá um péssimo exemplo e provocando uma sobrecarga injusta para os demais colegas.
A sexta categoria foi identificada por aproximadamente 27% dos pesquisados. Ou seja, um em cada cinco já enfrentou tal situação. O principal executivo da Otto Walter assinala que "existem funcionários que, talvez por terem passado por más experiências anteriores com seus chefes, ou por uma atitude pessoal negativa, estão sempre contra os superiores, tentando complicar o trabalho de propósito, como se o chefe fosse o eterno inimigo a combater." Tais atitudes hostis nem sempre são identificadas com facilidade e, portanto, são estressantes.
O último grupo, detectado por cerca de 27% dos executivos pesquisados, é o relacionado com a arrogância. Não existem apenas superiores arrogantes, mas também empregados soberbos e impertinentes.
A maioria dos especialistas assegura que o último recurso deve ser a demissão de um desses "empregados tóxicos." Os diretores de RH apostam na paciência e persistência para mudar essas pessoas, mas o real problema é quando o funcionário, apesar de classificado dentro de uma dessas sete categorias, acaba trazendo resultados muito positivos para a empresa.
Fonte: Por Tino Fernández/Expansión, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
Aparentemente, ser chefe de um funcionário com essas qualidades seria um paraíso. Entretanto, esse não é o caso de alguns executivos, que enfrentam certos empregados "destruidores de chefes", capazes de fazer com que qualquer superior levante a bandeira branca. O departamento de pesquisas da Otto Walter realizou um estudo, no qual 650 executivos opinaram sobre os tipos de comportamento mais irritantes de subordinados diretos que precisaram suportar.
A análise permitiu agrupar esses empregados em sete grandes categorias, que refletem 97,2% dos comportamentos mais exasperantes e prejudiciais dos subordinados, que merecem o apelido de "tóxicos", devido ao dano que causam às companhias. A primeira categoria é formada pelos "provocadores de conflitos." Cerca de 90% dos chefes dizem ter enfrentado funcionários que geram, de vez em quando, situações desesperadoras.
A segunda categoria é a do causador de greves ou morosidade. Para Paco Muro, principal executivo de Otto Walter, "a sobrevivência da empresa e, portanto, dos postos de trabalho que gera, depende hoje mais do que nunca, de obter uma grande produtividade, e que a equipe renda em alto nível." Muro acrescenta, entretanto, que cerca de 62% dos executivos disseram ter enfrentado empregados com algumas das condutas mais irritantes, o ócio e a embromação, enquanto apenas fingem trabalhar. "Isso afeta brutalmente o grupo."
O informe assinala que "aparentemente a solução é fácil: despedir esse tipo de funcionário. Entretanto, nem sempre as coisas são assim fáceis, pois em certos casos esses mesmos empregados ocupam cargos em sindicatos que os protegem e que, ao mesmo tempo, são afetados, porque a imagem do sindicato perde, diante de um representante tão relapso. Além disso, despedir esse tipo de pessoa, às vezes, é muito dispendioso, e outras vezes o chefe simplesmente não tem autoridade suficiente para mandá-lo embora."
A terceira categoria é a dos "incompetentes." O principal executivo da Otto Walter adverte sobre as enormes dificuldades para despedi-los. "Com freqüência, um executivo que denuncia tal subordinado, ouve as seguintes frases: ‘agüenta, porque não é o momento’ ou ‘sabemos que é incompetente, mas não temos com quem substituí-lo’." Tudo isso o chefe deve ouvir, mas os objetivos ou os resultados exigidos pela empresa continuam a ser os mesmos, e é preciso alcançá-los.
A quarta situação, muito grave, é a de que "cerca de 40% dos chefes e gestores já foram alvo de fraude, mentiras e roubos por parte de funcionários nos quais confiavam plenamente." O presidente da Otto Walter assegura que "diante dos fatos apresentados, é preciso ser muito forte para superar tal situação sem perder a cabeça." Cada vez que um executivo vive tal experiência, sente uma grande decepção e poderá passar a desconfiar de todos por causa de um. "Entretanto, a maioria supera esse choque e prefere ver nesse tipo de empregado desonesto uma exceção."
A categoria seguinte é muito irritante. Segundo Otto Walter, um em cada três executivos (ou 33%) já enfrentou empregados que perdem tempo intencionalmente, por exemplo, cuidando de assuntos particulares, causando assim uma falta de coordenação na equipe. Isso, segundo ele, dá um péssimo exemplo e provocando uma sobrecarga injusta para os demais colegas.
A sexta categoria foi identificada por aproximadamente 27% dos pesquisados. Ou seja, um em cada cinco já enfrentou tal situação. O principal executivo da Otto Walter assinala que "existem funcionários que, talvez por terem passado por más experiências anteriores com seus chefes, ou por uma atitude pessoal negativa, estão sempre contra os superiores, tentando complicar o trabalho de propósito, como se o chefe fosse o eterno inimigo a combater." Tais atitudes hostis nem sempre são identificadas com facilidade e, portanto, são estressantes.
O último grupo, detectado por cerca de 27% dos executivos pesquisados, é o relacionado com a arrogância. Não existem apenas superiores arrogantes, mas também empregados soberbos e impertinentes.
A maioria dos especialistas assegura que o último recurso deve ser a demissão de um desses "empregados tóxicos." Os diretores de RH apostam na paciência e persistência para mudar essas pessoas, mas o real problema é quando o funcionário, apesar de classificado dentro de uma dessas sete categorias, acaba trazendo resultados muito positivos para a empresa.
Fonte: Por Tino Fernández/Expansión, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
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