Pular para o conteúdo principal

Pessoas lidando com pessoas

No fim, não é nada mais do que pessoas resolvendo o problema de outras pessoas. Essa é, na essência, uma central de atendimento. Sim, existem processos, tecnologia, e uma lista extensa de complementos para tornar tudo possível e ágil, mas basicamente são elas, as pessoas, as únicas capazes de reverter uma situação de insatisfação em uma história de final feliz.

Para Malu Oliveira, diretora de customer service do Citibank “não é difícil resolver o problema do cliente quando se pensa em pessoas e não em processos”. Em sua opinião, o contact center falha quando não leva em consideração o ponto de vista do consumidor. “A maioria dos sistemas de URA não são montados pelo consumidor, mas sim pelo ponto de vista técnico”, adverte.

Paulo Leite, presidente da Dedic, acredita que a tecnologia é sim muito importante para agilizar um atendimento, mas dificilmente sua performance como auxiliadora é reconhecida pelo cliente. “O cliente nunca vai dizer ‘oh que belo PABX’, ‘que maravilha este discador automático’. Mas, sim ele será influenciado pelas pessoas. O processo por trás dá o suporte, mas é o atendimento que fará a diferença e deixará a marca”, avalia. Em sua opinião, para ver o índice de satisfação subir é preciso entender que consumidores são diferentes, “portanto têm expectativas diferentes”.

Ter um olhar viciado, focado apenas em seus próprios processos, é outro erro comum. “Cliente quer atenção, satisfação e receber o que foi prometido. Muitas vezes, as empresas não têm processos que visam o cliente, mas que visam controles internos”, opina Luiz Alexandre Garcia, CEO do Grupo Algar.

Por fim, uma cultura interna voltada à gestão de pessoas, sejam elas colaboradores ou consumidores. Sérgio Amoroso, presidente Grupo Orsa, acredita que o problema do cliente é de todas as áreas. “Quando os colaboradores não abraçam essa causa, não há resultado”, diz. A preocupação principal é a falta de verdade nas relações, o que causa desmotivação no colaborador. “Daí a empresa começa a ter problemas em vários níveis, não há energia positiva para tirar o algo mais do colaborador, algo mortal na área de serviços, principalmente”, reconhece.


Fonte: Por Ticiana Werneck, in www.consumidormoderno.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su...

Funcionários da Domino´s Pizza postam vídeo no You Tube e são processados

Dois funcionários irresponsáveis imaginam um vídeo “muito engraçado” usando alimentos e toda sorte de escatologia. O cenário é uma cozinha da pizzaria Domino´s. Pronto, está feito o vídeo que mais chamou a atenção da mídia americana na semana passada. Nele, os dois funcionários se divertem enquanto um espirra na comida, entre outras amostras de higiene pessoal. Tudo isso foi postado no you tube no que eles consideraram “uma grande brincadeira”. O vídeo em questão, agora removido do site, foi visto por mais de 930 mil pessoas em apenas dois dias. (o vídeo já foi removido, mas pode ser conferido em trechos nesta reportagem: http://www.youtube.com/watch?v=eYmFQjszaec ) Mas para os consumidores da rede, é uma grande(síssima) falta de respeito. Restou ao presidente a tarefa de “limpar” a bagunça (e a barra da empresa). Há poucos dias, Patrick Doyle, CEO nos EUA, veio a público e respondeu na mesma moeda. No vídeo de dois minutos no You Tube, Doyle ( http://www.youtube.com/watch?v=7l6AJ49xNS...

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De...