Para o professor da escola de administração da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, Dave Ulrich, esse é um dos pontos críticos das companhias que deve ser olhado com bastante atenção. "Um dado alarmante mostra que 70% das estratégias de negócios não chegam ao fim", aponta. "Ou seja, elas até saem do papel, no entanto se perdem no meio do caminho". Apesar de ser uma missão complicada equilibrar o dois lados da moeda, Ulrich é categórico em afirmar que um bom executivo sabe pensar tanto no curto quanto no longo prazo. "Ele precisa saber atravessar o rio".
Na sua opinião, alguns fatores podem contribuir para melhorar a eficiência dos processos, como o maior envolvimento do capital humano. "Tarefa que começa de cima para baixo", defende o também consultor e reconhecido especialista mundial em gestão aplicada ao RH. Ulrich estará na próxima quarta-feira no Rio de Janeiro, onde participa do "Balanced Scorecard Summit 2007", evento promovido pela Symnetics que reunirá alguns dos principais executivos brasileiros, além de contar com a presença dos criadores da famosa metodologia de gestão, o Balanced Scorecard, David Norton e Robert Kaplan - que fará uma prévia do seu novo livro, previsto para ser lançado já em 2008.
Há dez anos, Ulrich estuda a importância da liderança como agente transformador de uma empresa e seu papel primordial junto a equipe nos processos de construção do capital intelectual, de desenvolvimento da clareza estratégica e de promoção de mudanças. Possui ao todo 12 livros publicados, um deles no Brasil - Liderança Orientada para Resultados, editado pela Campus. "Para obter resultados é preciso que haja o comprometimento dos funcionários, engajamento que só é alcançado se houver o desenvolvimento do capital humano", afirma.
Ter clareza na estratégia, segundo o professor da Universidade de Michigan, representa um importante passo para as organizações na obtenção dos seus objetivos de negócios. E a comunicação interna é fator fundamental. Ulrich diz que as empresas não podem esquecer de pautar ações tangíveis para melhorar a execução da estratégia, priorizando o envolvimento do capital humano. "As pessoas têm mais motivação quando sabem o que está acontecendo. Se for preciso explicar dez vezes para deixar claro o que se pretende, faça", aconselha.
Uma pesquisa feita pela Symnetics em 2005, com 107 companhias, mostrou que a média gerência e as áreas operacionais das organizações não conhecem os objetivos e muito menos os planos propostos por acionistas e diretores. Segundo o estudo, uma das questões mais críticas vividas pelas empresas é a falta de compreensão das metas propostas pelos acionistas. Só 53% dos gerentes das empresas ouvidas disseram conhecer os objetivos dos donos dos negócios.
Nos níveis operacionais, só 40% têm a noção clara do que buscam os acionistas. A informação só é clara para a camada mais alta da administração, ou seja presidência e diretoria, onde 83% sabem definir os desafios propostos pelos donos das empresas. De acordo com Reinaldo Manzini, diretor da Symnetics, esses indicadores ainda refletem o que acontece atualmente nas organizações. A consultoria brasileira está finalizando a nova edição estudo, com previsão para ser divulgada no início de outubro, mas Manzini acredita que muita coisa não mudou. "As decisões e objetivos ficam ainda nas mãos da alta administração e não chegam aos colaboradores que são aqueles que colocarão as estratégias para funcionar", diz.
A principal razão detectada pela pesquisa está relacionada à necessidade dos executivos gerarem resultados imediatos. "E as empresas têm parcela de culpa porque estimulam esse cenário ao concederem bônus polpudos quando há o cumprimento de metas anuais", destaca Manzini. Esse, aliás, será um dos pontos discutidos durante o evento. "Por essa razão, os executivos direcionam o foco para o lado operacional, deixando de lado questões estratégicas".
Outro estudo mundial feito pela Palladium, holding responsável pelos negócios de Norton e Kaplan, realizado com 339 empresas, dentro e fora dos Estados Unidos, revela que a principal preocupação das organizações hoje é garantir a execução da estratégia e transformar os planos de negócios em realidade. "É preciso ter equilíbrio entre o curto, médio e longo prazo".
Fonte: Por Andrea Giardino, in jornal Valor Econômico
Na sua opinião, alguns fatores podem contribuir para melhorar a eficiência dos processos, como o maior envolvimento do capital humano. "Tarefa que começa de cima para baixo", defende o também consultor e reconhecido especialista mundial em gestão aplicada ao RH. Ulrich estará na próxima quarta-feira no Rio de Janeiro, onde participa do "Balanced Scorecard Summit 2007", evento promovido pela Symnetics que reunirá alguns dos principais executivos brasileiros, além de contar com a presença dos criadores da famosa metodologia de gestão, o Balanced Scorecard, David Norton e Robert Kaplan - que fará uma prévia do seu novo livro, previsto para ser lançado já em 2008.
Há dez anos, Ulrich estuda a importância da liderança como agente transformador de uma empresa e seu papel primordial junto a equipe nos processos de construção do capital intelectual, de desenvolvimento da clareza estratégica e de promoção de mudanças. Possui ao todo 12 livros publicados, um deles no Brasil - Liderança Orientada para Resultados, editado pela Campus. "Para obter resultados é preciso que haja o comprometimento dos funcionários, engajamento que só é alcançado se houver o desenvolvimento do capital humano", afirma.
Ter clareza na estratégia, segundo o professor da Universidade de Michigan, representa um importante passo para as organizações na obtenção dos seus objetivos de negócios. E a comunicação interna é fator fundamental. Ulrich diz que as empresas não podem esquecer de pautar ações tangíveis para melhorar a execução da estratégia, priorizando o envolvimento do capital humano. "As pessoas têm mais motivação quando sabem o que está acontecendo. Se for preciso explicar dez vezes para deixar claro o que se pretende, faça", aconselha.
Uma pesquisa feita pela Symnetics em 2005, com 107 companhias, mostrou que a média gerência e as áreas operacionais das organizações não conhecem os objetivos e muito menos os planos propostos por acionistas e diretores. Segundo o estudo, uma das questões mais críticas vividas pelas empresas é a falta de compreensão das metas propostas pelos acionistas. Só 53% dos gerentes das empresas ouvidas disseram conhecer os objetivos dos donos dos negócios.
Nos níveis operacionais, só 40% têm a noção clara do que buscam os acionistas. A informação só é clara para a camada mais alta da administração, ou seja presidência e diretoria, onde 83% sabem definir os desafios propostos pelos donos das empresas. De acordo com Reinaldo Manzini, diretor da Symnetics, esses indicadores ainda refletem o que acontece atualmente nas organizações. A consultoria brasileira está finalizando a nova edição estudo, com previsão para ser divulgada no início de outubro, mas Manzini acredita que muita coisa não mudou. "As decisões e objetivos ficam ainda nas mãos da alta administração e não chegam aos colaboradores que são aqueles que colocarão as estratégias para funcionar", diz.
A principal razão detectada pela pesquisa está relacionada à necessidade dos executivos gerarem resultados imediatos. "E as empresas têm parcela de culpa porque estimulam esse cenário ao concederem bônus polpudos quando há o cumprimento de metas anuais", destaca Manzini. Esse, aliás, será um dos pontos discutidos durante o evento. "Por essa razão, os executivos direcionam o foco para o lado operacional, deixando de lado questões estratégicas".
Outro estudo mundial feito pela Palladium, holding responsável pelos negócios de Norton e Kaplan, realizado com 339 empresas, dentro e fora dos Estados Unidos, revela que a principal preocupação das organizações hoje é garantir a execução da estratégia e transformar os planos de negócios em realidade. "É preciso ter equilíbrio entre o curto, médio e longo prazo".
Fonte: Por Andrea Giardino, in jornal Valor Econômico
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