A empresa A monitora cuidadosamente as necessidades de seus clientes, e lança novos produtos com base nas informações sobre o que está e estará mudando.
A empresa B vai além. Ela acompanha de perto também os não clientes ("Por que escolhem as concorrentes…?") e os ex-clientes ("Por que deixaram de ser clientes? Há algo que os faça voltar?").
A empresa C observa o mercado como um todo, como ele está evoluindo e se transformando: tenderá a crescer? Incrementalmente? Alguma descontinuidade, alguma ruptura?
A empresa D monitora outros mercados. O que acontece "lá fora" irá influenciar os mercados em que atua? Possíveis fusões de mercados? Esmaecimento dos limites entre mercados? Estratégias preventivas na forma de "embriões" de negócios inéditos?
(Há também as empresas que não fazem nada disso. Executam cegamente estratégias definidas por outros: por sua matriz ou por consultorias, que pensam por ela e implantam "pacotes prontos". Mas esse é um tema para uma outra coluna.)
Neste artigo, quero destacar a "Empresa Alfa", que pensa em estratégia de forma bem diferente de tudo que descrevemos acima. Para ela, "mercado" é simplesmente uma abstração, algo artificialmente definido ("vou chamar este espaço de meu mercado").
A Empresa Alfa não se sente presa a esse tipo de abstração e transcende de forma natural o conceito tradicional de "mercado". Alfa está atenta ao todo maior: a sociedade na qual todo "mercado" está inserido. Ela está permanentemente "antenada" às necessidades da sociedade. Que estão em permanente transformação.
Mesmo sediada no Brasil, Alfa está atenta à evolução das necessidades dos vários povos da Terra e do próprio planeta. Esse estado de alerta a faz entrar pioneiramente em novos negócios e atividades. Cada necessidade da sociedade e do planeta que não esteja sendo satisfatoriamente atendida representa uma área de oportunidade, de inovação.
Na filosofia de gestão de Alfa, empresa socialmente responsável é aquela que percebe as necessidades da sociedade como algo a levar em conta ao renovar suas estratégias de atuação. Nessa filosofia, empresa útil é empresa eterna, de sucesso sustentado.
Essa filosofia faz Alfa criar continuamente embriões de novos negócios voltados a necessidades da sociedade que ela pode atender, mesmo que esses novos negócios nada tenham a ver com o que ela faz hoje. (O raciocínio é que, provavelmente, em dez anos ela estará fazendo coisas muito distantes do que faz hoje…)
Ao refletir estrategicamente e preparar planos para o futuro, sua empresa foca clientes e mercados específicos ou está "antenada" às necessidades do todo maior?
E ainda: até que ponto sua empresa se vê como útil à sociedade e ao planeta? Essa é uma questão que ressoa na cultura vigente em sua organização?
Ou o "realismo" da busca cega por resultados de curto prazo rejeita esse tipo de reflexão?
Fonte: Por Oscar Motomura, in epocanegocios.globo.com
A empresa B vai além. Ela acompanha de perto também os não clientes ("Por que escolhem as concorrentes…?") e os ex-clientes ("Por que deixaram de ser clientes? Há algo que os faça voltar?").
A empresa C observa o mercado como um todo, como ele está evoluindo e se transformando: tenderá a crescer? Incrementalmente? Alguma descontinuidade, alguma ruptura?
A empresa D monitora outros mercados. O que acontece "lá fora" irá influenciar os mercados em que atua? Possíveis fusões de mercados? Esmaecimento dos limites entre mercados? Estratégias preventivas na forma de "embriões" de negócios inéditos?
(Há também as empresas que não fazem nada disso. Executam cegamente estratégias definidas por outros: por sua matriz ou por consultorias, que pensam por ela e implantam "pacotes prontos". Mas esse é um tema para uma outra coluna.)
Neste artigo, quero destacar a "Empresa Alfa", que pensa em estratégia de forma bem diferente de tudo que descrevemos acima. Para ela, "mercado" é simplesmente uma abstração, algo artificialmente definido ("vou chamar este espaço de meu mercado").
A Empresa Alfa não se sente presa a esse tipo de abstração e transcende de forma natural o conceito tradicional de "mercado". Alfa está atenta ao todo maior: a sociedade na qual todo "mercado" está inserido. Ela está permanentemente "antenada" às necessidades da sociedade. Que estão em permanente transformação.
Mesmo sediada no Brasil, Alfa está atenta à evolução das necessidades dos vários povos da Terra e do próprio planeta. Esse estado de alerta a faz entrar pioneiramente em novos negócios e atividades. Cada necessidade da sociedade e do planeta que não esteja sendo satisfatoriamente atendida representa uma área de oportunidade, de inovação.
Na filosofia de gestão de Alfa, empresa socialmente responsável é aquela que percebe as necessidades da sociedade como algo a levar em conta ao renovar suas estratégias de atuação. Nessa filosofia, empresa útil é empresa eterna, de sucesso sustentado.
Essa filosofia faz Alfa criar continuamente embriões de novos negócios voltados a necessidades da sociedade que ela pode atender, mesmo que esses novos negócios nada tenham a ver com o que ela faz hoje. (O raciocínio é que, provavelmente, em dez anos ela estará fazendo coisas muito distantes do que faz hoje…)
Ao refletir estrategicamente e preparar planos para o futuro, sua empresa foca clientes e mercados específicos ou está "antenada" às necessidades do todo maior?
E ainda: até que ponto sua empresa se vê como útil à sociedade e ao planeta? Essa é uma questão que ressoa na cultura vigente em sua organização?
Ou o "realismo" da busca cega por resultados de curto prazo rejeita esse tipo de reflexão?
Fonte: Por Oscar Motomura, in epocanegocios.globo.com
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