A escassez de talentos no mercado de trabalho não permite reduzir o quadro de funcionários em 10% para fazer frente a momentos de crise. "As demissões são apenas um remendo que pode ter conseqüências negativas; recuperar profissionais quando a crise diminuir de intensidade supõe um custo mais elevado e, em alguns casos, será impossível substituir o talento que foi afastado por ocasião de uma desaceleração econômica", diz Benjamin Sada, diretor de consultoria de salários da Mercer.
Sada adverte sobre o perigo de recorrer às demissões para tentar refrear um momento turbulento que, sem dúvida, põe à prova a capacidade dos gestores de pessoas. A mola mestra, na opinião dos especialistas na área, que participaram de um recente fórum da Mercer, reside em identificar os melhores, alinhar a gestão de pessoas com os objetivos de negócio e, principalmente, ser capaz de motivar quando o "show me the money" (mostre o dinheiro) não funciona.
"O desafio é motivar os executivos de outra maneira. E isso está relacionado com a liderança", assinalou Marijo Bos, diretora associada na Espanha da Oliver Wyman Delta, que identificou outro desafio nos momentos de tormenta econômica: "Conseguir que a liderança fique em consonância com o negócio e a inovação que buscamos".
Marijo considera que a formação é uma das ferramentas às quais as empresas estão recorrendo para alcançar esse objetivo, que se materializou na criação de universidades corporativas. "As organizações pretendem assim ser seu próprio ‘Grilo Falante’." Entretanto, na sua opinião, a chave nesses momentos reside no executivo equilibrar suas capacidades sabendo como e quando recorrer a elas.
Para a consultora, cabeça, tripas e coração são os atributos de um líder completo. No primeiro caso, se trata de proporcionar propósitos, direção e estratégia claras; nas tripas reside a qualidade de fazer o que precisa ser feito com base em alguns valores, e o coração tem a ver com compreender, trabalhar em equipe e desenvolver os outros. "Essa capacidade é a que o executivo precisa provar nos momentos de turbulência para poder ajudar muitos a serem líderes." Marijo se referiu a empresas como Nike que destinaram 25% de seu orçamento para formar alguns empregados que irão liderar e levar a cultura da empresa para países emergentes como a China
A nova cara do RH
Ignasi Buyreu, sócio responsável pela área de capital humano da Mercer, assegurou que "contar com uma estratégia de capital humano é o principal para poder enfrentar o desaquecimento econômico." Assegurou que esse modelo "permite dispor das pessoas adequadas em termos de competência para enfrentar os objetivos das organizações a um custo razoável".
Entretanto isso não é habitual; apenas 55% das empresas definem uma estratégia de pessoal, e 88% dessas estão alinhadas com os objetivos do negócio. Buyreu considera que o RH deve focar mais na estratégia e menos nos trâmites administrativos, burocráticos e de controle interno próprios do departamento, que atualmente representam 40% de seu tempo.
Fonte: Por Expansión, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
Sada adverte sobre o perigo de recorrer às demissões para tentar refrear um momento turbulento que, sem dúvida, põe à prova a capacidade dos gestores de pessoas. A mola mestra, na opinião dos especialistas na área, que participaram de um recente fórum da Mercer, reside em identificar os melhores, alinhar a gestão de pessoas com os objetivos de negócio e, principalmente, ser capaz de motivar quando o "show me the money" (mostre o dinheiro) não funciona.
"O desafio é motivar os executivos de outra maneira. E isso está relacionado com a liderança", assinalou Marijo Bos, diretora associada na Espanha da Oliver Wyman Delta, que identificou outro desafio nos momentos de tormenta econômica: "Conseguir que a liderança fique em consonância com o negócio e a inovação que buscamos".
Marijo considera que a formação é uma das ferramentas às quais as empresas estão recorrendo para alcançar esse objetivo, que se materializou na criação de universidades corporativas. "As organizações pretendem assim ser seu próprio ‘Grilo Falante’." Entretanto, na sua opinião, a chave nesses momentos reside no executivo equilibrar suas capacidades sabendo como e quando recorrer a elas.
Para a consultora, cabeça, tripas e coração são os atributos de um líder completo. No primeiro caso, se trata de proporcionar propósitos, direção e estratégia claras; nas tripas reside a qualidade de fazer o que precisa ser feito com base em alguns valores, e o coração tem a ver com compreender, trabalhar em equipe e desenvolver os outros. "Essa capacidade é a que o executivo precisa provar nos momentos de turbulência para poder ajudar muitos a serem líderes." Marijo se referiu a empresas como Nike que destinaram 25% de seu orçamento para formar alguns empregados que irão liderar e levar a cultura da empresa para países emergentes como a China
A nova cara do RH
Ignasi Buyreu, sócio responsável pela área de capital humano da Mercer, assegurou que "contar com uma estratégia de capital humano é o principal para poder enfrentar o desaquecimento econômico." Assegurou que esse modelo "permite dispor das pessoas adequadas em termos de competência para enfrentar os objetivos das organizações a um custo razoável".
Entretanto isso não é habitual; apenas 55% das empresas definem uma estratégia de pessoal, e 88% dessas estão alinhadas com os objetivos do negócio. Buyreu considera que o RH deve focar mais na estratégia e menos nos trâmites administrativos, burocráticos e de controle interno próprios do departamento, que atualmente representam 40% de seu tempo.
Fonte: Por Expansión, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9
Comentários