A primeira vez em que Juan Carlos Pinheiro, 30 anos, apresentou seu rastreador de pessoas em forma de tornozeleira aos empresários da Paraíba foi chamado de louco. "Como alguém pode ganhar dinheiro com uma coisa que só se vê no cinema?", questionavam os mais conservadores. Paraibano, formado em engenharia eletrônica e telecomunicação, ele não se abatia. "Desde o começo eu queria montar um negócio de alto cunho tecnológico e diferente de tudo o que havia no mercado", diz. Sua empresa, a Insiel Tecnologia Eletrônica, foi aberta em 2001, próximo ao pólo de tecnologia de Campina Grande, distante 125 quilômetros de João Pessoa, na Paraíba.
O primeiro produto lançado foi um software de segurança empresarial, sem similares no Brasil. Mas foi o rastreador de pessoas que projetou a empresa no cenário nacional. O produto, que também pode ser adotado para garantir a segurança de executivos e de crianças, segundo Pinheiro, funciona a bateria e tem uma trava eletrônica. Seus sinais são captados através de satélite e localizados pela central da Insiel em qualquer lugar do país onde a pessoa estiver. "É um produto sem risco de violação, que pode ser usado com discrição", diz o empresário. Cada tornozeleira custa R$ 350 e o kit de rastreamento, contendo equipamentos e softwares, custa em média R$ 10.000, bem abaixo dos similares importados, na faixa dos R$ 200.000. A primeira penitenciária a usar o produto para os detentos em regime semi-aberto foi a de Guarabira, na Paraíba. Hoje há dois projetos pilotos em andamento em presídios de Belo Horizonte e Brasília.
Com 22 distribuidores e cobertura nacional, a Insiel acaba de tirar do forno um novo kit, desta vez para o rastreamento de equipes de vendas. Com ele pode-se monitorar on-line as visitas aos clientes e o cumprimento das metas de cada profissional. O potencial do novo produto, segundo Pinheiro, é de 20.000 clientes e ele espera elevar o faturamento anual da empresa dos atuais R$ 3 milhões para R$ 19 milhões ainda em 2008.
Segundo Francilene Garcia, diretora geral da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, esses são apenas alguns dos exemplos da inquietude de Pinheiro em busca do novo. "Desde o início ele deixava claro que seus parâmetros não eram os concorrentes locais, mas as grandes empresas internacionais com suas tecnologias inovadoras. E que não estava nos seus planos deixar a região", diz a executiva.
Na visão de Pinheiro, manter uma empresa de tecnologia na Paraíba tem vantagens. A mão-de-obra qualificada custa 30% menos do que no Sudeste e os incentivos fiscais são semelhantes aos da Zona Franca de Manaus. Mas a distância também impõe desafios. Para ter abrangência nacional, a empresa precisa firmar uma parceria forte com distribuidores e montar um escritório em São Paulo ou no Rio de Janeiro, já que o cliente busca a tecnologia nos grandes centros. A Insiel optou por São Paulo para abrir sua primeira filial. "O retorno não poderia ser melhor", diz Pinheiro.
Fonte: empresas.globo.com/empresasenegocios
O primeiro produto lançado foi um software de segurança empresarial, sem similares no Brasil. Mas foi o rastreador de pessoas que projetou a empresa no cenário nacional. O produto, que também pode ser adotado para garantir a segurança de executivos e de crianças, segundo Pinheiro, funciona a bateria e tem uma trava eletrônica. Seus sinais são captados através de satélite e localizados pela central da Insiel em qualquer lugar do país onde a pessoa estiver. "É um produto sem risco de violação, que pode ser usado com discrição", diz o empresário. Cada tornozeleira custa R$ 350 e o kit de rastreamento, contendo equipamentos e softwares, custa em média R$ 10.000, bem abaixo dos similares importados, na faixa dos R$ 200.000. A primeira penitenciária a usar o produto para os detentos em regime semi-aberto foi a de Guarabira, na Paraíba. Hoje há dois projetos pilotos em andamento em presídios de Belo Horizonte e Brasília.
Com 22 distribuidores e cobertura nacional, a Insiel acaba de tirar do forno um novo kit, desta vez para o rastreamento de equipes de vendas. Com ele pode-se monitorar on-line as visitas aos clientes e o cumprimento das metas de cada profissional. O potencial do novo produto, segundo Pinheiro, é de 20.000 clientes e ele espera elevar o faturamento anual da empresa dos atuais R$ 3 milhões para R$ 19 milhões ainda em 2008.
Segundo Francilene Garcia, diretora geral da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, esses são apenas alguns dos exemplos da inquietude de Pinheiro em busca do novo. "Desde o início ele deixava claro que seus parâmetros não eram os concorrentes locais, mas as grandes empresas internacionais com suas tecnologias inovadoras. E que não estava nos seus planos deixar a região", diz a executiva.
Na visão de Pinheiro, manter uma empresa de tecnologia na Paraíba tem vantagens. A mão-de-obra qualificada custa 30% menos do que no Sudeste e os incentivos fiscais são semelhantes aos da Zona Franca de Manaus. Mas a distância também impõe desafios. Para ter abrangência nacional, a empresa precisa firmar uma parceria forte com distribuidores e montar um escritório em São Paulo ou no Rio de Janeiro, já que o cliente busca a tecnologia nos grandes centros. A Insiel optou por São Paulo para abrir sua primeira filial. "O retorno não poderia ser melhor", diz Pinheiro.
Fonte: empresas.globo.com/empresasenegocios
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