Como remunerar o presidente da empresa? Eis aí um tema recorrente nas reuniões de conselhos de administração. Se é assim, o exemplo dado pela American Express, nos Estados Unidos, é uma contribuição valiosa para conselheiros preocupados em manter o principal executivo motivado, focado no retorno ao acionista e comprometido com desempenho de longo prazo.
Entre novembro de 2007 e janeiro deste ano, a Amex remunerou seu CEO, Ken Chenault, com opções sobre 2,75 milhões de ações. Pela lógica das stock options, pode ou não ser uma bolada, já que o executivo só ganha dinheiro se as cotações subirem até o momento acordado para a conversão das opções em ações. Com a bolsa americana em baixa devido à crise no mercado de crédito, é um risco e tanto.
Mas não é só isso. Para converter suas opções, Chenault terá de cumprir várias metas ao longo dos próximos seis anos - um período extraordinariamente longo pelos padrões do mercado. De acordo com uma recente reportagem da revista Fortune, os lucros por ação terão de crescer ao menos 15% ao ano; as receitas devem aumentar pelo menos 10% ao ano, e o retorno médio anual terá de ser, no mínimo, de 36%.
O pacote de Chenault é calcado em dois ingredientes raros no meio corporativo brasileiro: opções de ações e metas de longo prazo. "Stock options são um mecanismo novo por aqui, que só começou a se disseminar com a onda de IPOs", diz o headhunter Dárcio Crespi, sócio-diretor da consultoria Heidrick & Struggles. "E objetivos de longo prazo também não são comuns, até pelo nosso passado de mudanças freqüentes no ambiente econômico." Sua sugestão, para quem se anima com o "modelo Amex", é a negociação de metas graduais, aferidas em prazos menores.
O exemplo da Amex vem a calhar em uma fase marcada por pagamentos inflados. Em 1980, um CEO ganhava, em média, 42 vezes mais do que um trabalhador comum nos Estados Unidos. Em 2005, essa proporção havia saltado para 411 vezes. De acordo com um estudo da Kellogg School of Management, o tamanho da empresa, seu desenho organizacional e a estrutura do mercado onde ela atua determinam os salários dos executivos. Algumas conclusões: quanto maior o mercado em questão, maiores serão os salários dos CEOs; a popularidade do executivo e seu desempenho anterior são determinantes para sua remuneração; quanto maior a competição por participações de mercado, melhores os bônus aos presidentes. Pelo modelo da Kellogg, há dois tipos de empresas: as transparentes, nas quais o desempenho de cada um é visível a todos, e as não transparentes, nas quais apenas o desempenho coletivo é perceptível. No primeiro tipo, a remuneração é maior.
Fonte: epocanegocios.globo.com
Entre novembro de 2007 e janeiro deste ano, a Amex remunerou seu CEO, Ken Chenault, com opções sobre 2,75 milhões de ações. Pela lógica das stock options, pode ou não ser uma bolada, já que o executivo só ganha dinheiro se as cotações subirem até o momento acordado para a conversão das opções em ações. Com a bolsa americana em baixa devido à crise no mercado de crédito, é um risco e tanto.
Mas não é só isso. Para converter suas opções, Chenault terá de cumprir várias metas ao longo dos próximos seis anos - um período extraordinariamente longo pelos padrões do mercado. De acordo com uma recente reportagem da revista Fortune, os lucros por ação terão de crescer ao menos 15% ao ano; as receitas devem aumentar pelo menos 10% ao ano, e o retorno médio anual terá de ser, no mínimo, de 36%.
O pacote de Chenault é calcado em dois ingredientes raros no meio corporativo brasileiro: opções de ações e metas de longo prazo. "Stock options são um mecanismo novo por aqui, que só começou a se disseminar com a onda de IPOs", diz o headhunter Dárcio Crespi, sócio-diretor da consultoria Heidrick & Struggles. "E objetivos de longo prazo também não são comuns, até pelo nosso passado de mudanças freqüentes no ambiente econômico." Sua sugestão, para quem se anima com o "modelo Amex", é a negociação de metas graduais, aferidas em prazos menores.
O exemplo da Amex vem a calhar em uma fase marcada por pagamentos inflados. Em 1980, um CEO ganhava, em média, 42 vezes mais do que um trabalhador comum nos Estados Unidos. Em 2005, essa proporção havia saltado para 411 vezes. De acordo com um estudo da Kellogg School of Management, o tamanho da empresa, seu desenho organizacional e a estrutura do mercado onde ela atua determinam os salários dos executivos. Algumas conclusões: quanto maior o mercado em questão, maiores serão os salários dos CEOs; a popularidade do executivo e seu desempenho anterior são determinantes para sua remuneração; quanto maior a competição por participações de mercado, melhores os bônus aos presidentes. Pelo modelo da Kellogg, há dois tipos de empresas: as transparentes, nas quais o desempenho de cada um é visível a todos, e as não transparentes, nas quais apenas o desempenho coletivo é perceptível. No primeiro tipo, a remuneração é maior.
Fonte: epocanegocios.globo.com
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