O economista Arthur C. Brooks, professor da Universidade de Syracuse, provocou no ano passado um barulho enorme na academia americana ao lançar o livro Who Really Cares ("Quem realmente se importa"), ao revelar que americanos conservadores, vistos tradicionalmente como individualistas, doavam muito mais dinheiro para causas sociais do que os que se diziam liberais, tradicionais defensores de políticas contra a pobreza. Em um artigo recentemente publicado na revista Portfolio, desenvolve um tema que havia tocado rapidamente em seu livro e que, novamente, vai de encontro ao senso comum. Mostra que a máxima cristã do "é dando que se recebe" está correta, pelo menos do ponto de vista financeiro.
Brooks mergulhou numa pesquisa que ouviu 30 mil americanos sobre suas relações com familiares, vizinhos e instituições civis - patrocinada por instituições como a Universidade Harvard - e constatou que a filantropia é um bom negócio. Já se sabia que as pessoas ficam mais generosas à medida que enriquecem. A novidade revelada por Brooks, tradicional colaborador do Wall Street Journal, é que a filantropia torna essas pessoas ainda mais endinheiradas. O altruísmo dá lucro. Pelos seus cálculos, quem doa US$ 1 recebe, mais tarde, US$ 3,75.
É vontade divina? Não, garante Brooks. A prática da caridade, desde que tornada pública, edulcora a imagem do doador, aumenta sua autoridade no trabalho e facilita sua ascensão na carreira. Descobertas da neurociência revelam ainda que o cérebro registra os benefícios dos atos filantrópicos. Uma pesquisa recente da Universidade do Oregon revela que a caridade ativa duas áreas primitivas do cérebro - o núcleo caudato e o núcleo accumbens - normalmente acionadas quando as necessidades básicas, como alimentação e abrigo, são satisfeitas. Ou seja, nosso cérebro entende a caridade como uma coisa individualmente positiva. Parece saber dos benefícios apontados por Brooks. A pesquisa da universidade americana revela ainda que aquelas áreas do cérebro são ativadas mesmo quando as pessoas pagam taxas para projetos sociais. "Muita gente fala que não liga de pagar impostos desde que sejam dirigidos para boas causas", diz Ulrich Mayr, um dos pesquisadores. "Conseguimos mostrar que isso é , de fato, verdadeiro, e pode ser constatado em imagens captadas do cérebro."
Brooks acredita que os benefícios financeiros não se restringem aos doadores individuais. Seus cálculos revelam que o aumento do PIB (a soma dos bens e serviços produzidos num país) tende a se traduzir num aumento de doações, que, por sua vez, vitaminam a prosperidade econômica. Cada US$ 100 destinados a ações de caridade elevam o PIB em US$ 1,8 mil. "As doações têm um papel positivo no crescimento da economia americana", diz.
Fonte: epocanegocios.globo.com
Brooks mergulhou numa pesquisa que ouviu 30 mil americanos sobre suas relações com familiares, vizinhos e instituições civis - patrocinada por instituições como a Universidade Harvard - e constatou que a filantropia é um bom negócio. Já se sabia que as pessoas ficam mais generosas à medida que enriquecem. A novidade revelada por Brooks, tradicional colaborador do Wall Street Journal, é que a filantropia torna essas pessoas ainda mais endinheiradas. O altruísmo dá lucro. Pelos seus cálculos, quem doa US$ 1 recebe, mais tarde, US$ 3,75.
É vontade divina? Não, garante Brooks. A prática da caridade, desde que tornada pública, edulcora a imagem do doador, aumenta sua autoridade no trabalho e facilita sua ascensão na carreira. Descobertas da neurociência revelam ainda que o cérebro registra os benefícios dos atos filantrópicos. Uma pesquisa recente da Universidade do Oregon revela que a caridade ativa duas áreas primitivas do cérebro - o núcleo caudato e o núcleo accumbens - normalmente acionadas quando as necessidades básicas, como alimentação e abrigo, são satisfeitas. Ou seja, nosso cérebro entende a caridade como uma coisa individualmente positiva. Parece saber dos benefícios apontados por Brooks. A pesquisa da universidade americana revela ainda que aquelas áreas do cérebro são ativadas mesmo quando as pessoas pagam taxas para projetos sociais. "Muita gente fala que não liga de pagar impostos desde que sejam dirigidos para boas causas", diz Ulrich Mayr, um dos pesquisadores. "Conseguimos mostrar que isso é , de fato, verdadeiro, e pode ser constatado em imagens captadas do cérebro."
Brooks acredita que os benefícios financeiros não se restringem aos doadores individuais. Seus cálculos revelam que o aumento do PIB (a soma dos bens e serviços produzidos num país) tende a se traduzir num aumento de doações, que, por sua vez, vitaminam a prosperidade econômica. Cada US$ 100 destinados a ações de caridade elevam o PIB em US$ 1,8 mil. "As doações têm um papel positivo no crescimento da economia americana", diz.
Fonte: epocanegocios.globo.com
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