Quem transforma informação em instrumento de trabalho? É incrível como o processo de capacitar os novos profissionais a formularem conceitos e a efetuarem julgamentos corretos ainda é fonte de insegurança nas empresas. E isso não se aplica somente aos executivos. Se desejo qualidade, necessito de uma visão crítica da realidade. Imagine uma empresa fabricante de calças. Em algumas ocasiões, é possível que alguém tenha de decidir se é mais lucrativo comprar tecidos de um fornecedor nacional ou de um concorrente asiático.
Em outras ocasiões, a decisão se dará internamente. Alguém terá de decidir se determinado tecido será ou não utilizado na confecção de peças. Esse funcionário, evidentemente, deverá ser "educado" para analisar a matéria-prima e escolher a alternativa certa.
E aqui vai o alerta! Não basta o know-how dos processos atuais. Deve-se ter em mente o devir dos métodos e instrumentais de produção. As empresas não têm tempo para treinar seus funcionários porque as tecnologias são tão perecíveis quanto caquis. É necessário, portanto, ter um olho no futuro. Há pouco tempo, as transformações muito se restringiam aos produtos e serviços comercializados. Hoje, aplicam-se também a modelos de gestão, formas de atendimento e estratégias de marketing.
Como tratamos de conhecimentos mistos, com múltiplas causas e efeitos, voltamos a uma questão conceitual. O que é, na verdade, a percepção que temos do mundo? Duas pessoas que testemunharam a mesma colisão de veículos têm versões diferentes do acidente. A mente humana costuma preencher os vazios de informação com aquilo que lhe parece mais lógico. Nem sempre nos damos conta do que é real. O mesmo ocorre nas empresas, no âmbito da gestão, da formulação de estratégias ou na escolha de campanhas publicitárias.
Muitas vezes, um clima de pessimismo, criado por conta de fatores políticos, pode contagiar nossa percepção de mundo, inibir investimentos seguros, frear equivocadamente o desenvolvimento de um projeto. Do "catastrofista" ao ingênuo otimista há uma longa escala de tipos humanos que tendem a distorcer, para mais ou para menos, a realidade. Se o conhecimento depende da percepção, também a percepção se torna mais clara e precisa na mente dos que conhecem, dos que exercitam com disciplina as habilidades cognitivas.
Nossas percepções nem sempre identificam o que os olhos vêem ou o que os ouvidos escutam, mas sim a imagem mental que construímos do mundo exterior. E isso tem a ver com nossos sentimentos, com a forma pela qual os estímulos são percebidos por nosso corpo e mente e respondidos muitas vezes pelo coração. O universo tem o retrato que você der a ele.
Para fazermos as escolhas certas, tomarmos decisões pessoais e profissionais importantes, traçarmos um caminho rumo à conquista de nossos desejos, é fundamental sabermos onde queremos chegar. Alguém disse que a vida é a arte das escolhas. E como é possível fazer escolhas certas se não sabemos o que queremos? Toda empresa deve escolher o caminho que a leve aos objetivos desejados. Ou seja, deve ter estratégia. E, nenhuma boa estratégia nasce por geração espontânea. É preciso que pessoas bem-preparadas a elaborem. Mas como fazer tudo isso sem percepção? Afinal, a realidade só existe nas percepções.
Fonte: Por Carlos Alberto Júlio, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 7
Em outras ocasiões, a decisão se dará internamente. Alguém terá de decidir se determinado tecido será ou não utilizado na confecção de peças. Esse funcionário, evidentemente, deverá ser "educado" para analisar a matéria-prima e escolher a alternativa certa.
E aqui vai o alerta! Não basta o know-how dos processos atuais. Deve-se ter em mente o devir dos métodos e instrumentais de produção. As empresas não têm tempo para treinar seus funcionários porque as tecnologias são tão perecíveis quanto caquis. É necessário, portanto, ter um olho no futuro. Há pouco tempo, as transformações muito se restringiam aos produtos e serviços comercializados. Hoje, aplicam-se também a modelos de gestão, formas de atendimento e estratégias de marketing.
Como tratamos de conhecimentos mistos, com múltiplas causas e efeitos, voltamos a uma questão conceitual. O que é, na verdade, a percepção que temos do mundo? Duas pessoas que testemunharam a mesma colisão de veículos têm versões diferentes do acidente. A mente humana costuma preencher os vazios de informação com aquilo que lhe parece mais lógico. Nem sempre nos damos conta do que é real. O mesmo ocorre nas empresas, no âmbito da gestão, da formulação de estratégias ou na escolha de campanhas publicitárias.
Muitas vezes, um clima de pessimismo, criado por conta de fatores políticos, pode contagiar nossa percepção de mundo, inibir investimentos seguros, frear equivocadamente o desenvolvimento de um projeto. Do "catastrofista" ao ingênuo otimista há uma longa escala de tipos humanos que tendem a distorcer, para mais ou para menos, a realidade. Se o conhecimento depende da percepção, também a percepção se torna mais clara e precisa na mente dos que conhecem, dos que exercitam com disciplina as habilidades cognitivas.
Nossas percepções nem sempre identificam o que os olhos vêem ou o que os ouvidos escutam, mas sim a imagem mental que construímos do mundo exterior. E isso tem a ver com nossos sentimentos, com a forma pela qual os estímulos são percebidos por nosso corpo e mente e respondidos muitas vezes pelo coração. O universo tem o retrato que você der a ele.
Para fazermos as escolhas certas, tomarmos decisões pessoais e profissionais importantes, traçarmos um caminho rumo à conquista de nossos desejos, é fundamental sabermos onde queremos chegar. Alguém disse que a vida é a arte das escolhas. E como é possível fazer escolhas certas se não sabemos o que queremos? Toda empresa deve escolher o caminho que a leve aos objetivos desejados. Ou seja, deve ter estratégia. E, nenhuma boa estratégia nasce por geração espontânea. É preciso que pessoas bem-preparadas a elaborem. Mas como fazer tudo isso sem percepção? Afinal, a realidade só existe nas percepções.
Fonte: Por Carlos Alberto Júlio, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 7
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