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Informação truncada

Quem já não recebeu em casa duas ou três malas diretas idênticas, mas com algum erro no nome? Para aqueles que têm nomes que não são tão comuns (eu que o diga) a variação é bem grande. Pior ainda é receber uma carta de determinada empresa felicitando-o pelo aniversário e dizendo que você é muito importante para aquela organização, sendo que seu aniversário só será daqui a dois meses. Esses são alguns exemplos não raros do que acontece por causa de informações cadastrais erradas. Ou seja, desperdício de papel, tempo, dinheiro e da chance de causar uma boa impressão naquele atual ou futuro cliente.

O que falta? Qualidade da informação, base para que qualquer estratégia de CRM dê certo. “Antes as empresas pensavam em produtos e se 5% de clientes reclamavam de erro nas informações cadastrais isso era apenas mais uma estatística. Hoje as empresas pensam em clientes e consumidores, e 5% de erro é um índice muito alto. As organizações não podem se dar ao luxo de não ter 100% de acerto. Essa tem de ser uma busca constante”, comenta Paulo Vasconcelos, executivo da Assesso. Segundo Vasconcelos, a empresa, que se especializou em qualidade de dados quando foi contratada para fazer a gestão de cadastro de assinantes da Editora Abril, é a única brasileira certificada pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology).

O software desenvolvido pela Assesso checa as variáveis das informações geradas em diferentes pontos de contato e aponta quando há dados conflitantes. Se, por exemplo, há num registro que determinado cliente tem 12 anos de idade e em outro a informação de que aquela mesma pessoa é cliente da empresa há 25 anos, há algo errado. “Nosso desafio é minimizar o back office. O importante é definir o que pode estar errado”, comenta Vasconcelos.

Para qualificar as informações, o software é customizado de acordo com as necessidades de cada cliente. Assim, numa empresa que vende planos de previdência, uma das informações que merece atenção, e que tem de estar certa, é a idade do cliente. Já a cor dos olhos, nesse caso, não impacta nos negócios, diferente de uma empresa que vende lentes de contato.

Talvez o maior desafio para as organizações esteja em conscientizar quem está na linha de frente sobre a importância de colocar no sistema as informações exatas sobre os clientes/consumidores e sobre os impactos que uma informação incorreta pode gerar. Mas não é tão simples já que não é só uma questão de ter a ferramenta adequada. É uma questão de cultura corporativa.


Fonte: Por Christye Cantero, in www.consumidormoderno.com.br

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