Quais as características de um bom CEO? Há tempos os especialistas se engalfinham nesse debate. Um polêmico estudo da Universidade de Chicago reacende a discussão, ao concluir que os líderes agressivos e obstinados são mais bem-sucedidos do que os que adotam um estilo de liderança brando e gentil. De acordo com a pesquisa, persistência e eficiência contam mais do que flexibilidade e capacidade de trabalhar em equipe.
Os pesquisadores analisaram cuidadosamente as qualidades pessoais de 313 candidatos a CEO. Ouviram as entrevistas de quatro horas feitas com cada um por uma empresa de recrutamento americana, nas quais falam de suas carreiras em detalhes. Classificaram os diferentes tipos de personalidade e, depois, acompanharam o desempenho dos 225 que foram contratados como presidentes de empresa. "Descobrimos que as empresas supervalorizam, em suas contratações, qualidades como postura aberta e capacidade de trabalhar coletivamente", afirmam os pesquisadores. Para os autores do estudo, características como rapidez e agressividade são relegadas injustamente a um segundo plano.
O estudo levou em conta apenas as qualidades de CEOs de empresas controladas por 20 fundos de private equity, entre eles os gigantes Blackstone Group e Bain Capital. São grupos especializados em assumir empresas para, depois de reformulá-las, vendê-las com lucro. Os pesquisadores admitem não saber se os resultados são válidos para empresas abertas, onde o presidente precisa, por exemplo, saber lidar com os acionistas.
Tudo indica, porém, que as características apontadas pela Universidade de Chicago são decisivas também para as empresas com ações negociadas nas bolsas de valores. Até porque os acionistas exigem atualmente resultados imediatos do comando de suas companhias. Uma pesquisa realizada pela consultoria Egremont nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia mostra que o tempo médio de permanência de um presidente no cargo caiu de 11,5 para 8,3 anos. A maioria é defenestrada por não corresponder às expectativas dos acionistas. Nos últimos dois anos, trocaram de presidente companhias como a Ford, a Hewlett-Packard, a Home Depot, a Pfizer e a Nike. É uma vida instável, pela qual os CEOs são muito bem pagos - os líderes das 500 maiores empresas americanas recebem 369 vezes mais do que o trabalhador médio.
A última corporação a mudar seu comando foi a americana Motorola. Em novembro, Edward Zander foi avisado que será substituído por Greg Brown. Zander foi responsabilizado pela queda da empresa, do segundo para o terceiro lugar, no mercado mundial de celulares. O setor é liderado hoje pela finlandesa Nokia, seguida pela coreana Samsung. Segundo analistas, Brown foi alçado à presidência justamente por sua capacidade de execução. Ou seja, um profissional dotado das características positivas apontadas pelos pesquisadores.
Fonte: epocanegocios.globo.com
Os pesquisadores analisaram cuidadosamente as qualidades pessoais de 313 candidatos a CEO. Ouviram as entrevistas de quatro horas feitas com cada um por uma empresa de recrutamento americana, nas quais falam de suas carreiras em detalhes. Classificaram os diferentes tipos de personalidade e, depois, acompanharam o desempenho dos 225 que foram contratados como presidentes de empresa. "Descobrimos que as empresas supervalorizam, em suas contratações, qualidades como postura aberta e capacidade de trabalhar coletivamente", afirmam os pesquisadores. Para os autores do estudo, características como rapidez e agressividade são relegadas injustamente a um segundo plano.
O estudo levou em conta apenas as qualidades de CEOs de empresas controladas por 20 fundos de private equity, entre eles os gigantes Blackstone Group e Bain Capital. São grupos especializados em assumir empresas para, depois de reformulá-las, vendê-las com lucro. Os pesquisadores admitem não saber se os resultados são válidos para empresas abertas, onde o presidente precisa, por exemplo, saber lidar com os acionistas.
Tudo indica, porém, que as características apontadas pela Universidade de Chicago são decisivas também para as empresas com ações negociadas nas bolsas de valores. Até porque os acionistas exigem atualmente resultados imediatos do comando de suas companhias. Uma pesquisa realizada pela consultoria Egremont nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia mostra que o tempo médio de permanência de um presidente no cargo caiu de 11,5 para 8,3 anos. A maioria é defenestrada por não corresponder às expectativas dos acionistas. Nos últimos dois anos, trocaram de presidente companhias como a Ford, a Hewlett-Packard, a Home Depot, a Pfizer e a Nike. É uma vida instável, pela qual os CEOs são muito bem pagos - os líderes das 500 maiores empresas americanas recebem 369 vezes mais do que o trabalhador médio.
A última corporação a mudar seu comando foi a americana Motorola. Em novembro, Edward Zander foi avisado que será substituído por Greg Brown. Zander foi responsabilizado pela queda da empresa, do segundo para o terceiro lugar, no mercado mundial de celulares. O setor é liderado hoje pela finlandesa Nokia, seguida pela coreana Samsung. Segundo analistas, Brown foi alçado à presidência justamente por sua capacidade de execução. Ou seja, um profissional dotado das características positivas apontadas pelos pesquisadores.
Fonte: epocanegocios.globo.com
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