O mercado de história em quadrinhos, ou HQs, já deixou de ser segmentado há muito tempo. Hoje, o perfil de seus consumidores são homens e mulheres entre 10 e 40 anos, com os mais variados gostos e preferências. Devido ao envelhecimento de velhos leitores de quadrinhos, a demanda por títulos de temática mais adulta foi crescendo. Isso explica a recente ida das histórias em quadrinhos para as livrarias, que aproveitam para fisgar novos consumidores com um maior poder aquisitivo do que os adolescentes, consumindo e tratando essa arte como literatura, sem que necessariamente sejam habituais leitores desse tipo de publicação.
Os títulos distribuídos em livrarias se destacam por possuir uma qualidade física superior, diferente dos títulos distribuídos em bancas, além do preço mais salgado. “Hoje, a editora Conrad oferece ao mercado histórias em quadrinhos adultas em vários formatos não só no ponto de vista de estrutura, mas também de temática. Temos histórias em quadrinhos de teor jornalístico até títulos de conteúdo erótico, passando por quadrinhos de terror e aqueles destinados ao público feminino. Estimulamos também a produção de uma base de obras brasileiras, publicando quadrinhos de autores nacionais”, explica Sérgio Monteiro, Gerente de Marketing da editora Conrad, que desde 2003 lançou 21 coleções de quadrinhos no mercado.
Essa prática acaba atraindo um tipo de leitor casual, que não tem tanto interesse por histórias em quadrinhos, disseminando ainda mais esse tipo de produto. Uma das surpresas mais agradáveis que a editora Devir teve no ano passado foram os livros da Luluzinha. “Acreditamos que a maior parte das vendas seja feita para pessoas que compram por impulso em uma livraria, e que não são leitoras habituais de quadrinhos”, conta Douglas Quintas Reis, diretor editorial da editora Devir.
Novos mercados
A empresa chegou ao mercado em 1987, inicialmente apostando no nicho de mercado consumidor de quadrinhos através de um “sistema de reservas” para importação de material importado e trocas de informações, serviço que mantém até hoje. Atualmente, a Devir lança títulos nacionais e estrangeiros em português exclusivamente nas livrarias.
O sucesso entre os leitores habituais pode ser percebido com a coleção de tiras Calvin & Haroldo, cujos primeiros números lançados pela Conrad no ano passado foram um dos maiores sucessos editorais do mercado brasileiro em 2007. O título acabou entrando na lista de livros mais vendidos de diversas publicações, com uma tiragem de cerca de 30 mil exemplares. “A Conrad pretende lançar até o fim de abril outro título focado no público infanto-juvenil, Mouse Guard, uma espécie de conto de fábulas para crianças e adultos”, adianta Sérgio.
Outra forma que editoras como Conrad e Devir encontram para conquistarem mais consumidores é o investimento em ponto-de-venda, palestras, pesquisas e eventos não necessariamente ligados ao mercado de quadrinhos, como feiras de livros até em escolas. Um grande destaque é a parceria da distribuidora Dinap com a Conrad Editora na criação do Território HQ (THQ). A parceria firmada há quatro anos consistiu em um trabalho de pesquisa aprofundada no PDV, quando foram descobertos os locais com maior concentração de consumidores de quadrinhos entre todos os cantos do Brasil e foi elaborado o perfil e as características desses leitores.
Ações de Marketing
A partir daí, foram desenvolvidas ações de Marketing exclusivas para esses locais, com uma padronização de displays, faixas, aramados e outros materiais para PDV. “Atualmente, estamos elaborando uma reformulação e atualização do THQ. Além disso, criamos novos selos por conta dessa diversificação temática de títulos, de forma que possa atrair outros leitores que ainda não se interessam por publicações da Conrad por relacionar a marca ao que eu chamaria de ‘jovem nervoso’, mais politizado e adepto da contra-cultura, que sempre foi o público-alvo da editora”, conta Sérgio.
Como descreve Sérgio, “a Conrad é uma editora que repercute tendências”. Além de ser uma das primeiras a lançar HQs nas livrarias, a editora também é apontada como a primeira a investir no sentido de leitura original para quadrinhos japoneses, ou “mangás”, com os títulos Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco lançados no ano 2000, ao invés de adaptá-los para o mercado brasileiro, como até então era comum.
O que é surpreendente nesta história é que a iniciativa não partiu da editora brasileira. “A Conrad tem o mérito de perceber esse aumento da demanda por mangá em outros países e repetir no Brasil. Mas o mérito maior foi da própria editora Shueisha, detentora dos títulos no Japão, que exigiu uma reprodução fiel do material original. Não poderia inverter a leitura nem colorizar os quadrinhos, por exemplo. Acredito que essa fidelidade explica o sucesso desse tipo de quadrinhos no ocidente”, diz Sérgio.
Diversificação
O lançamento desses dois títulos pela Conrad em 2000 provocou uma expansão no número de títulos japoneses no Brasil. A fidelização com a cultura japonesa tornou-se o grande diferencial, com a manutenção de leitura invertida e páginas em preto e branco, além de uma estética que valoriza a imagem e investe em temas diversos e com um enredo finito, em contraste com os super-heróis das HQs americanas mais populares, gênero que vinha sofrendo um declínio de popularidade.
Os quadrinhos japoneses sempre se destacaram ainda por atender a um público diverso em seu país de origem, que atrai desde crianças até altos executivos e aposentados. Um dos grandes sucessos editoriais do Japão no início desta década é o mangá que conta como o brasileiro Carlos Ghosn recuperou a Nissan da falência durante sua gestão como CEO da empresa no país, título que foi bastante consumido por renomados executivos japoneses.
A Japan Brazil Communication, ou, como é conhecida, JBC, é uma das editoras que compartilharam esse “boom” inicial dos quadrinhos japoneses. A empresa já vinha trabalhando com o Jornal Tudo Bem, distribuído no Japão e voltado a brasileiros residentes no país, e em 1997 lançou no Brasil a revista Made in Japan, focada na comunidade nipo-brasileira, além de ter lançado por aqui vários livros abordando diversos aspectos da cultura japonesa.
Fidelização
"A JBC percebeu que a cultura asiática vinha fazendo sucesso no ocidente e vimos no mangá uma oportunidade de investir no consumidor jovem, que não é o público alvo das nossas outras publicações. O que aconteceu com essa nova linha foi que conseguimos um público muito além da comunidade nipônica e dos habituais fãs fervorosos de HQs japonesas, a ponto que as nossas ações não se concentram apenas neles, o que vai de acordo com o posicionamento da empresa de divulgar a cultura japonesa no Brasil e vice-versa”, explica Douglas Eiji, Gerente de Comunicação e Marketing da editora. Já tendo publicado mais de 30 títulos no Brasil, o foco ainda é o mangá para jovem distribuído em bancas, mas isso começa a mudar com o lançamento de “Socrates In Love”, um romance muito popular no Japão adaptado para os quadrinhos que traz uma qualidade mais sofisticada e é distribuído em livrarias.
Engana-se quem pensa que ações focadas no típico leitor de quadrinhos foram esquecidas. Editoras marcam presença em eventos que reúnem esse tipo de consumidor, como o Fest Comix, Animecon e AnimeFriends. A JBC também tem focado no Marketing Digital, ao perceber que boa parte dos que consomem seus mangás é antenada às mais recentes tecnologias. “Em um evento para fãs de mangás, que reúnem mais de 50 mil pessoas, fizemos uma pesquisa e apontamos que 80% dos entrevistados tinham celular. Por conta disso, entramos em contato com a Vivo e elaboramos um quiz diário sobre os títulos da editora, que poderia ser acessado por qualquer usuário da operadora”, conta Douglas.
Outra campanha de sucesso foi realizada no YouTube, promovendo o lançamento do mangá Full Metal Alchemist, com um vídeo que simulava a espionagem de um consumidor no escritório da empresa, revelavando o novo título. A Conrad também planeja investir em internet no segundo semestre, com o objetivo de gerar um mapeamento forte na rede virtual em busca de seus consumidores, de forma a atingir as comunidades de fãs específicas para cada obra. A JBC realiza ainda o World Cosplay Summit, evento que elege leva para competir no Japão os melhores cosplayers do Brasil, como são chamados aqueles que se vestem e atuam como seus personagens favoritos em eventos temáticos.
Volta dos super-heróis
O mercado também vem notando uma retomada na popularização das histórias em quadrinhos americanas de super-herói, após o sucesso das adaptações para Hollywood, como é o caso de títulos da Marvel, editora dos Estados Unidos detentora de títulos como Homem-Aranha e X-Men, e DC Comics, de Superman e Batman. Ambas são representadas no Brasil pela editora Panini, multinacional italiana famosa por seus álbuns de figurinhas e que, desde 2002, vem apostando em quadrinhos no mercado brasileiro.
A expansão do público, porém, não conseguiu acompanhar tantos lançamentos. “O mercado editorial de quadrinhos teve uma menor vendagem em 2007, devido ao grande número de títulos lançados por diversas editoras”. Alguns quadrinhos, como a maioria dos mangás, têm a característica de produto colecionável que, a cada edição, sofre menores vendagens, uma vez que é difícil um novo consumidor se interessar e colecionar a partir do meio de uma história. Isso acaba gerando tiragens menores durante a coleção, a ponto de que a última edição não tem o mesmo número da primeira. Segundo Sérgio, da Conrad, a variação das tiragens dos quadrinhos da editora é de 5 a 25 mil exemplares. No entanto, não é comum a divulgação de tiragem de quadrinhos, já que não há um número fixo para cada título e edição.
Para ganhar mercado, a Conrad chegou a fazer grandes promoções com seus produtos em canais que domina como a Loja Conrad (www.lojaconrad.com.br). “Mas, esse ano, evitaremos ações agressivas como essas, pois pode se tornar um tiro no pé, ao gerar insatisfação com os responsáveis pelos ponto-de-venda com que trabalhamos e com o consumidor final que adquiriu o produto sem a promoção”, disse Sérgio, da Conrad. Entre outras estratégias, a empresa pretende trabalhar com periodicidades mais curtas em seus títulos, e coleções de quadrinhos menos longas, para evitar a perda de interesse de compradores em grandes intervalos entre o início e fim de uma publicação.
Fonte: Por Guilherme Neto, in www.mundodomarketing.com.br
Os títulos distribuídos em livrarias se destacam por possuir uma qualidade física superior, diferente dos títulos distribuídos em bancas, além do preço mais salgado. “Hoje, a editora Conrad oferece ao mercado histórias em quadrinhos adultas em vários formatos não só no ponto de vista de estrutura, mas também de temática. Temos histórias em quadrinhos de teor jornalístico até títulos de conteúdo erótico, passando por quadrinhos de terror e aqueles destinados ao público feminino. Estimulamos também a produção de uma base de obras brasileiras, publicando quadrinhos de autores nacionais”, explica Sérgio Monteiro, Gerente de Marketing da editora Conrad, que desde 2003 lançou 21 coleções de quadrinhos no mercado.
Essa prática acaba atraindo um tipo de leitor casual, que não tem tanto interesse por histórias em quadrinhos, disseminando ainda mais esse tipo de produto. Uma das surpresas mais agradáveis que a editora Devir teve no ano passado foram os livros da Luluzinha. “Acreditamos que a maior parte das vendas seja feita para pessoas que compram por impulso em uma livraria, e que não são leitoras habituais de quadrinhos”, conta Douglas Quintas Reis, diretor editorial da editora Devir.
Novos mercados
A empresa chegou ao mercado em 1987, inicialmente apostando no nicho de mercado consumidor de quadrinhos através de um “sistema de reservas” para importação de material importado e trocas de informações, serviço que mantém até hoje. Atualmente, a Devir lança títulos nacionais e estrangeiros em português exclusivamente nas livrarias.
O sucesso entre os leitores habituais pode ser percebido com a coleção de tiras Calvin & Haroldo, cujos primeiros números lançados pela Conrad no ano passado foram um dos maiores sucessos editorais do mercado brasileiro em 2007. O título acabou entrando na lista de livros mais vendidos de diversas publicações, com uma tiragem de cerca de 30 mil exemplares. “A Conrad pretende lançar até o fim de abril outro título focado no público infanto-juvenil, Mouse Guard, uma espécie de conto de fábulas para crianças e adultos”, adianta Sérgio.
Outra forma que editoras como Conrad e Devir encontram para conquistarem mais consumidores é o investimento em ponto-de-venda, palestras, pesquisas e eventos não necessariamente ligados ao mercado de quadrinhos, como feiras de livros até em escolas. Um grande destaque é a parceria da distribuidora Dinap com a Conrad Editora na criação do Território HQ (THQ). A parceria firmada há quatro anos consistiu em um trabalho de pesquisa aprofundada no PDV, quando foram descobertos os locais com maior concentração de consumidores de quadrinhos entre todos os cantos do Brasil e foi elaborado o perfil e as características desses leitores.
Ações de Marketing
A partir daí, foram desenvolvidas ações de Marketing exclusivas para esses locais, com uma padronização de displays, faixas, aramados e outros materiais para PDV. “Atualmente, estamos elaborando uma reformulação e atualização do THQ. Além disso, criamos novos selos por conta dessa diversificação temática de títulos, de forma que possa atrair outros leitores que ainda não se interessam por publicações da Conrad por relacionar a marca ao que eu chamaria de ‘jovem nervoso’, mais politizado e adepto da contra-cultura, que sempre foi o público-alvo da editora”, conta Sérgio.
Como descreve Sérgio, “a Conrad é uma editora que repercute tendências”. Além de ser uma das primeiras a lançar HQs nas livrarias, a editora também é apontada como a primeira a investir no sentido de leitura original para quadrinhos japoneses, ou “mangás”, com os títulos Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco lançados no ano 2000, ao invés de adaptá-los para o mercado brasileiro, como até então era comum.
O que é surpreendente nesta história é que a iniciativa não partiu da editora brasileira. “A Conrad tem o mérito de perceber esse aumento da demanda por mangá em outros países e repetir no Brasil. Mas o mérito maior foi da própria editora Shueisha, detentora dos títulos no Japão, que exigiu uma reprodução fiel do material original. Não poderia inverter a leitura nem colorizar os quadrinhos, por exemplo. Acredito que essa fidelidade explica o sucesso desse tipo de quadrinhos no ocidente”, diz Sérgio.
Diversificação
O lançamento desses dois títulos pela Conrad em 2000 provocou uma expansão no número de títulos japoneses no Brasil. A fidelização com a cultura japonesa tornou-se o grande diferencial, com a manutenção de leitura invertida e páginas em preto e branco, além de uma estética que valoriza a imagem e investe em temas diversos e com um enredo finito, em contraste com os super-heróis das HQs americanas mais populares, gênero que vinha sofrendo um declínio de popularidade.
Os quadrinhos japoneses sempre se destacaram ainda por atender a um público diverso em seu país de origem, que atrai desde crianças até altos executivos e aposentados. Um dos grandes sucessos editoriais do Japão no início desta década é o mangá que conta como o brasileiro Carlos Ghosn recuperou a Nissan da falência durante sua gestão como CEO da empresa no país, título que foi bastante consumido por renomados executivos japoneses.
A Japan Brazil Communication, ou, como é conhecida, JBC, é uma das editoras que compartilharam esse “boom” inicial dos quadrinhos japoneses. A empresa já vinha trabalhando com o Jornal Tudo Bem, distribuído no Japão e voltado a brasileiros residentes no país, e em 1997 lançou no Brasil a revista Made in Japan, focada na comunidade nipo-brasileira, além de ter lançado por aqui vários livros abordando diversos aspectos da cultura japonesa.
Fidelização
"A JBC percebeu que a cultura asiática vinha fazendo sucesso no ocidente e vimos no mangá uma oportunidade de investir no consumidor jovem, que não é o público alvo das nossas outras publicações. O que aconteceu com essa nova linha foi que conseguimos um público muito além da comunidade nipônica e dos habituais fãs fervorosos de HQs japonesas, a ponto que as nossas ações não se concentram apenas neles, o que vai de acordo com o posicionamento da empresa de divulgar a cultura japonesa no Brasil e vice-versa”, explica Douglas Eiji, Gerente de Comunicação e Marketing da editora. Já tendo publicado mais de 30 títulos no Brasil, o foco ainda é o mangá para jovem distribuído em bancas, mas isso começa a mudar com o lançamento de “Socrates In Love”, um romance muito popular no Japão adaptado para os quadrinhos que traz uma qualidade mais sofisticada e é distribuído em livrarias.
Engana-se quem pensa que ações focadas no típico leitor de quadrinhos foram esquecidas. Editoras marcam presença em eventos que reúnem esse tipo de consumidor, como o Fest Comix, Animecon e AnimeFriends. A JBC também tem focado no Marketing Digital, ao perceber que boa parte dos que consomem seus mangás é antenada às mais recentes tecnologias. “Em um evento para fãs de mangás, que reúnem mais de 50 mil pessoas, fizemos uma pesquisa e apontamos que 80% dos entrevistados tinham celular. Por conta disso, entramos em contato com a Vivo e elaboramos um quiz diário sobre os títulos da editora, que poderia ser acessado por qualquer usuário da operadora”, conta Douglas.
Outra campanha de sucesso foi realizada no YouTube, promovendo o lançamento do mangá Full Metal Alchemist, com um vídeo que simulava a espionagem de um consumidor no escritório da empresa, revelavando o novo título. A Conrad também planeja investir em internet no segundo semestre, com o objetivo de gerar um mapeamento forte na rede virtual em busca de seus consumidores, de forma a atingir as comunidades de fãs específicas para cada obra. A JBC realiza ainda o World Cosplay Summit, evento que elege leva para competir no Japão os melhores cosplayers do Brasil, como são chamados aqueles que se vestem e atuam como seus personagens favoritos em eventos temáticos.
Volta dos super-heróis
O mercado também vem notando uma retomada na popularização das histórias em quadrinhos americanas de super-herói, após o sucesso das adaptações para Hollywood, como é o caso de títulos da Marvel, editora dos Estados Unidos detentora de títulos como Homem-Aranha e X-Men, e DC Comics, de Superman e Batman. Ambas são representadas no Brasil pela editora Panini, multinacional italiana famosa por seus álbuns de figurinhas e que, desde 2002, vem apostando em quadrinhos no mercado brasileiro.
A expansão do público, porém, não conseguiu acompanhar tantos lançamentos. “O mercado editorial de quadrinhos teve uma menor vendagem em 2007, devido ao grande número de títulos lançados por diversas editoras”. Alguns quadrinhos, como a maioria dos mangás, têm a característica de produto colecionável que, a cada edição, sofre menores vendagens, uma vez que é difícil um novo consumidor se interessar e colecionar a partir do meio de uma história. Isso acaba gerando tiragens menores durante a coleção, a ponto de que a última edição não tem o mesmo número da primeira. Segundo Sérgio, da Conrad, a variação das tiragens dos quadrinhos da editora é de 5 a 25 mil exemplares. No entanto, não é comum a divulgação de tiragem de quadrinhos, já que não há um número fixo para cada título e edição.
Para ganhar mercado, a Conrad chegou a fazer grandes promoções com seus produtos em canais que domina como a Loja Conrad (www.lojaconrad.com.br). “Mas, esse ano, evitaremos ações agressivas como essas, pois pode se tornar um tiro no pé, ao gerar insatisfação com os responsáveis pelos ponto-de-venda com que trabalhamos e com o consumidor final que adquiriu o produto sem a promoção”, disse Sérgio, da Conrad. Entre outras estratégias, a empresa pretende trabalhar com periodicidades mais curtas em seus títulos, e coleções de quadrinhos menos longas, para evitar a perda de interesse de compradores em grandes intervalos entre o início e fim de uma publicação.
Fonte: Por Guilherme Neto, in www.mundodomarketing.com.br
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