Empresas brasileiras estão demitindo seus funcionários mais por precaução do que necessariamente por enfrentar dificuldades causadas pela crise financeira. A conclusão faz parte do estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira (04/03).
O Ipea considera que "a velocidade da queda do emprego e da atividade industrial recente não parece ser explicada totalmente por dificuldades no mercado de crédito".
O estudo do Ipea indica ainda que a preocupação com as notícias de demissões fizeram com que os trabalhadores ainda empregados reduzissem seus gastos. Para formar poupança, eles reduzem o consumo e acabam afetando as vendas das empresas.
O ritmo acentuado dos cortes de emprego no Brasil, segundo o estudo, resulta de um fenômeno que os economistas chamam de "profecia auto-realizável": esperando um futuro adverso, empresas e trabalhadores reduzem seus gastos no presente, e o resultado acaba sendo, de fato, um futuro adverso.
"O setor industrial espera para o ano de 2009 uma queda no nível de utilização da capacidade instalada, uma redução na contratação de mão de obra e uma diminuição da margem de lucro", afirma o estudo.
Como consequência, "o crescimento econômico e o nível de emprego estão comprometidos, de forma bastante negativa, neste primeiro trimestre", diz o estudo.
Os pesquisadores, no entanto, ressalvam que não se trata de atribuir a culpa pela crise aos empresários.
"Os indivíduos são racionais e tomam decisões buscando segurança. Empresários tentam proteger seus negócios e trabalhadores tentam defender a sua capacidade de gasto ao longo do tempo", diz o documento. "Mas as decisões individuais racionais nem sempre são aquelas que produzem os melhores resultados coletivo-sociais."
Fonte: epocanegocios.globo.com
O Ipea considera que "a velocidade da queda do emprego e da atividade industrial recente não parece ser explicada totalmente por dificuldades no mercado de crédito".
O estudo do Ipea indica ainda que a preocupação com as notícias de demissões fizeram com que os trabalhadores ainda empregados reduzissem seus gastos. Para formar poupança, eles reduzem o consumo e acabam afetando as vendas das empresas.
O ritmo acentuado dos cortes de emprego no Brasil, segundo o estudo, resulta de um fenômeno que os economistas chamam de "profecia auto-realizável": esperando um futuro adverso, empresas e trabalhadores reduzem seus gastos no presente, e o resultado acaba sendo, de fato, um futuro adverso.
"O setor industrial espera para o ano de 2009 uma queda no nível de utilização da capacidade instalada, uma redução na contratação de mão de obra e uma diminuição da margem de lucro", afirma o estudo.
Como consequência, "o crescimento econômico e o nível de emprego estão comprometidos, de forma bastante negativa, neste primeiro trimestre", diz o estudo.
Os pesquisadores, no entanto, ressalvam que não se trata de atribuir a culpa pela crise aos empresários.
"Os indivíduos são racionais e tomam decisões buscando segurança. Empresários tentam proteger seus negócios e trabalhadores tentam defender a sua capacidade de gasto ao longo do tempo", diz o documento. "Mas as decisões individuais racionais nem sempre são aquelas que produzem os melhores resultados coletivo-sociais."
Fonte: epocanegocios.globo.com
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