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Anunciantes estariam burlando links patrocinados

Os links patrocinados do Google, uma importante fonte de receita publicitária da empresa de tecnologia, estão sendo burlados por empresas menores que "pegam carona" nas marcas, slogans ou outras palavras que identifiquem um produto das maiores, numa tática conhecida em inglês como "piggybacking", que acaba fisgando internautas para os seus próprios websites. Por exemplo, uma busca pelas palavras "Holiday Inn Orlando", trouxe um link patrocinado com o mesmo nome, mas levava para um link de uma outra empresa.

Isso está causando revolta nos anunciantes, pois eles acham que o Google, apesar de ter uma política contra este tipo de manobra, não estaria fazendo o suficiente para contê-la. Empresas como Marriott International, InterContinental Hotels, American Airlines e Northwest Airlines, reclamam que o uso de termos delas no texto de links patrocinados de outras companhias confunde os prospects e aumenta o custo do negócio.

As empresas ameaçam o Google, além dos outros sites de busca, com retaliação na tentativa de pegar uma fatia maior de outros nichos da publicidade online, como banners e anúncios em vídeo. "Isso influi na nossa decisão de investimento, em geral", diz Michael Menis, diretor de serviços de marketing da InterContinental. "Se o Google não tem capacidade de nos ajudar a resolver questões sobre abusos da nossa marca, isso terá impacto na participação em futuros formatos publicitários", esbreveja John Gustafson, diretor de internet da Northwest Airlines. A American Airlines chegou a abrir um processo contra o Google, buscando restituição por danos causados por violação da marca registrada na ferramenta de busca. "A prática está utilizando uma marca construída há mais de 80 anos em benefício de outros", diz o porta-voz Billy Sanez.

Para o Google, "a política da marca tem um equilíbrio entre os interesses das marcas e a escolha do consumidor". A empresa reconhece a tática do "pegar carona", e diz que se esforça para acabar com a prática, após reclamações. Yahoo e Microsoft, que também atuam neste mercado, dizem ter políticas parecidas com as do líder.


Fonte: www.meioemensagem.com.br, com informações do The Wall Street Journal

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